Teatro Municipal Severino Cabral
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O Teatro Severino Cabral é o teatro mais importante da cidade de Campina Grande, Paraíba, sendo sede de diversos eventos e palestras na cidade.
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[editar] História
O Teatro Severino Cabral foi inaugurado no dia 30 de novembro de 1963, às 10 horas da manhã. Foi contruído por Severino Bezerra Cabral, prefeito de Campina que lhe deu nome. Às 21:00h do mesmo dia, apresentou-se no palo o ator José de Vasconcelos, um dos maiores humoristas do rádio e da TV brasileira. Com a inauguração do Teatro Municipal, a cidade ganhou a mais importante casa para espetáculos da região.
Durante suas quatro décadas de vida, o teatro serviu a produções artísticas tanto da Paraíba, quanto da própria Campina Grande. O teatro se encontra no centro da cidade, na Avenida Floriano Peixoto, a principal avenida do Centro. Sua arquitetura moderna tem inegável importância história, artística e patrimonial, tendo sido palco de eventos nacionais e regionais.
[editar] Idealização
Nos anos sessenta, durante o regime ditatorial, as manifestações artísticas enfrentam um período de desprezo e censura. Nesse peíodo, em Campina Grande, um grupo de artistas amadores reivindicam a construção de um teatro, para que se pudesse expor a criatividade e o trabalho dos artistas. Até então, todas as apresentações teatrais na cidade eram realizadas nos Cinemas Capitólio e Babilônia, os cine-teatros. O prefeito Severino Bezerra Cabral, amante das artes, sensibiliza-se com a preocupação dos artistas e assim surge o Teatro Municipal de Campina Grande.
[editar] Arquitetura e infra-estrutura
O prédio já passou por duas reformas, a primeira delas foi em 1975, durante a administração do prefeito Evaldo Cavalcanti Cruz (mesmo prefeito que criou o Parque Evaldo Cruz, ou Açude Novo). A segunda só veio a se iniciar em 24 de setembro de 1986 e a concluir em 20 de abril de 1988, na administração do prefeito Ronaldo Cunha Lima.
O teatro possui uma área edificada de 4.816 m², bar social, camarotes com 58 lugares, 10 camarins, galeria de arte, palco de 400 m² de profundidade e sanitários públicos, com 14 unidades individuais em cada. Em 1988, a parte central foi melhorada, contendo 586 lugares.
O Teatro Municipal Severino Cabral tem uma central de ar-condicionado, um sistema de combate a incêndio (33 extintores, alarmes, mangueiras para hidrantes), um elevador social (capacidade para 8 pessoas) e uma subestação elétrica.
[editar] Arquiteto
Geraldino Pereira Duda, conhecido como Duda entre amigos, era formado em Engenharia Civil e foi o arquiteto responsável pelo projeto do Teatro Municipal Severino Cabral. Seu trabalho foi considerado conteporâneo, levando em consideração as contruções encontradas na época.
Geraldino diz que quando pensa em seus projetos, idealiza os ganhos ou contribuições que ele manifestará 40 ou 50 anos mais tarde, como foi o caso do teatro. Ele afirma que enquanto estava projetando o teatro, na década de 50, muitos diziam que ele era grande demais para a cidade, que não o comportaria. Hoje, diz ele, não se arrepende de ter mantido o projeto com a mesma magnitude.
O teatro que no passado era gigante a ponto de todos o chamarem de Elefante Branco, hoje se mostra pequeno para as apresentações de grande porte (como o Encontro da Nova Consciência) que se mostram nele.
Mais tarde, na década de 80, ao concluir o curso de Engenharia Civil, Geraldino retorna a seu teatro para colar grau, já com 17 anos de existência, sendo o primeiro paraibano a colar grau num prédio que ele mesmo construiu.
Outras obras realizadas por Geraldino para a cidade foram: a Igreja de Nossa Senhora da Guia; a Escola da Jovem; a reforma da década de 60 no Cine Babilônia, que a conferiu as mais modernas salas de projeção da época; além de diversas residências de pessoas ilustres e importantes da cidade. Destacou-se ainda em projetos importantes nos estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará e São Paulo.
[editar] Design
Primeiramente, o teatro estava planejado para cobrir apenas o centro do terreno onde hoje se encontra. No entanto, Geraldino sempre afirmava que ao se projetar uma construção, deve-se aproveitar o formato do terreno para moldar o seu design. Sendo o terreno inclinado e triângular, lhe veio a idéia de se fazer um instrumento musical, pois no teatro há música e música inspira arte. Com isso, o teatro foi inspirado em um apito ou bico de flauta, ao mesmo tempo, no seu projeto. Sua arquitetura moderna tem inegável importância história, artística e patrimonial para a cidade e região.
[editar] Mini-teatro Paulo Fontes
Além do teatro municipal, não havia um lugar para apresentação de espetáculos mais tímidos, de âmbito menor. Os artistas que fossem apresentar pequenas peças, se sentiam intimidados com o espaço gigante do teatro. Daí, no final da década de 70 e início da década de 80, foi construído, dentro do teatro municipal, o mini-teatro Paulo Fontes, que possui 80 lugares.
[editar] Organização do teatro
Em sua área anterior (nos fundos do teatro), encontra-se a administração, o mini-teatro Paulo Pontes (que tem 80 lugares), a Galeria de Artes Irene Medeiros, 2 camarins individuais, 5 sanitários, um hall e dois depósitos.
O térreo : contém um corredor que às vezes mantém uma mini-exposição de artes e escadarias para os demais pavimentos.
O primeiro andar : pode-se encontrar 2 camarins coletivos, 4 sanitários e hall.
O segundo andar : também 2 camarins coletivos, 4 sanitários e hall.
O terceiro andar : conta com sala de ensaios, vestiário, 2 copas, 6 sanitários e hall.
O quarto andar : possui 2 alojamento, 3 copas, 6 sanitários e hall.
[editar] Escola de dança do Municipal
Para atender crianças carentes e instigar o espírito artístico de cada uma delas, foi criado na década de 90 uma escola de dança no teatro municipal, durante a Gestão do ator Gilmar Albuquerque por Cláudia Saboya. Atualmente, ela atende a 50 crianças carentes que estejam na rede municipal de ensino, ensinando-as o balé clássico.
