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Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - Wikipédia

Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (sigla NM) é a tradução bíblica usada pelas Testemunhas de Jeová. É propriedade legal da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, sendo editada em português brasileiro pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Nova Iorque, Inc. A editora responsável pela sua publicação é a Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados do Brasil, em Cesário Lange, São Paulo. Encontra-se disponível em vários formatos e línguas, incluindo o Braile, em Cd-rom e On-line. Até 2005, a tradução completa estava disponível em 35 idiomas, e as Escrituras Gregas Cristãs em outros 20 idiomas, num total de 55 idiomas, com uma tiragem superior a 120 milhões de exemplares, em várias edições. Em 2006, 33 equipas de tradução continuam empenhadas em aumentar o número de línguas em que a Tradução do Novo Mundo pode ser obtida.


Índice

[editar] Comissão de Tradução do Novo Mundo

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, no seu Prefácio datado de 1 Janeiro de 1984, expressa os sentimentos da Comissão da Tradução do Novo Mundo referentes ao seu trabalho, com as seguintes palavras:

"É um assunto de muita responsabilidade traduzir as Escrituras Sagradas dos idiomas originais, hebraico, aramaico e grego, para um idioma moderno. A tradução das Escrituras Sagradas significa verter em outro idioma os pensamentos e as declarações do Autor celestial, Jeová Deus, desta biblioteca sagrada de sessenta e seis livros, escritos sob inspiração por homens santos da antiguidade para nosso benefício na atualidade. Isto induz a reflexões sóbrias. Os tradutores desta obra, que temem e amam o Autor divino das Escrituras Sagradas, sentem de modo especial a responsabilidade para com Ele, no sentido de transmitir Seus pensamentos e Suas declarações do modo mais exato possível. Sentem também a responsabilidade para com os leitores pesquisadores que dependem duma tradução da Palavra inspirada do Deus Altíssimo para a sua salvação eterna."

[editar] Os tradutores e as suas qualificações académicas

Quando a Comissão da Tradução do Novo Mundo doou todos os direitos de autor sobre a sua tradução da Bíblia à Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia, pediu que seus membros permanecessem no anonimato, mesmo depois de sua morte.

"Os tradutores não buscavam proeminência para si, mas apenas dar honra ao Autor Divino das Escrituras Sagradas." (As Testemunhas de Jeová no Propósito Divino, 1959, pág. 258, Edição em Inglês; A Sentinela de 15 de Março de 1975, pág. 191)

Outras comissões de tradução adoptaram um conceito similar. Por exemplo, a sobrecapa da Edição de Referências da Nova Bíblia Normal Americana, (1971, em inglês), declara:

"Não usamos o nome de nenhum erudito para referencia ou recomendações, porque cremos que a Palavra de Deus deve destacar-se pelo seu próprio mérito."

Por não se fornecerem nomes nem qualificações académicas, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas tem de ser avaliada pelos seus próprios méritos. Isto pode ser feito, em especial por se usar a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências. Esta edição contém uma Introdução com explicações sobre os fundamentos usados para a tradução, mais de 125.000 referências marginais, mais de 11.000 notas de rodapé, uma concordância extensiva, mapas, e 43 artigos no apêndice.

[editar] Histórico das várias edições da Tradução

Em Outubro de 1946, Nathan Homer Knorr, Presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, propôs que a Sociedade Torre de Vigia produzisse uma tradução inteiramente nova das Escrituras Gregas Cristãs. É então constituída, para esse fim, a Comissão de Tradução do Novo Mundo da Bíblia. A expressão "Escrituras Gregas Cristãs", expressão que as Testemunhas consideram mais correcta do que a popular Novo Testamento, foi adoptada para se distinguir da versão Septuaginta Grega (LXX).

O trabalho de tradução começou em 2 de Dezembro de 1947. Em 3 de Setembro de 1949, numa reunião conjunta das directorias das Sociedades de Torre de Vigia de Bíblias e Tratados de Pensilvânia e de Nova Iorque (apenas um director estando ausente), foi anunciado que a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia havia terminado o trabalho de tradução em linguagem moderna das Escrituras Gregas Cristãs e a havia entregue à Sociedade para publicação. Era uma tradução inteiramente nova. A equipa da Gráfica de Brooklyn começou a trabalhar na primeira parte do manuscrito das Escrituras Gregas Cristãs, em 29 de Setembro de 1949.

Em 2 de Agosto de 1950, é publicada a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em inglês. Tornou-se disponível em português, em 1963. Depois disso, as Escrituras Hebraicas foram traduzidas para o inglês, sendo que a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas foi publicada progressivamente, em 5 diferentes volumes, a partir de 1953.

Em 1961, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, em inglês, é publicada num único volume. Tornou-se disponível em português, em 1967. Uma segunda revisão foi publicada em 1970, e uma terceira revisão, com notas de rodapé, seguiu-se em 1971.

Em 1984, foi lançada em inglês a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências. Tornou-se disponível em português em 1987. Esta inclui uma actualização do texto e revisão completas das notas marginais que foram inicialmente apresentadas, em inglês, de 1950 a 1960. Elaborada para o estudo do texto bíblico, contém mais de 125 mil referências marginais, mais de 11.400 notas de rodapé, uma concordância extensiva, mapas bíblicos e 43 artigos no Apêndice. Simultaneamente, foi editada para uso corrente, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - Edição Normal, com revisão de 1984. Ficou disponível em português em 1986.

Em 1998, a Tradução do Novo Mundo alcançou os 100 milhões de cópias, tornando-se uma das versões mais distribuídas do Século XX.

[editar] Apresentação da edição impressa

A edição impressa mais comum da Tradução do Novo Mundo foi amplamente distribuída numa versão em capa dura, inicialmente de cor verde e posteriormente em preto. Uma versão considerada de luxo possui capa flexível de couro, de cor preta ou vermelho escuro, com um acabamento a dourado nas páginas. Tanto a edição regular como a de luxo possuem remissões cruzadas dos versículos numa coluna estreita no centro das páginas, bem como uma concordância, alguns mapas e apêndices após o texto bíblico, tendo o título "Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas" a letras gravadas a ouro na capa. Da edição regular foi lançada uma versão em tipos grandes num único volume e da edição de luxo existe ainda uma versão de bolso, ambas sem as remissões cruzadas. A edição com referências marginais de rodapé é de tamanho grande, usualmente de cor castanha ou marrom.

A partir de 2005 a capa dura foi substituída por uma capa flexível em cartão, portanto com um acabamento mais barato, permitindo assim uma distribuição mais ampla. Em menos de um ano, mais de um milhão destas novas Bíblias foram impressas e distribuídas.

[editar] Outros formatos disponíveis

Deu-se atenção aos que têm necessidades especiais. Para ajudar os que têm dificuldades de visão, em 1985 foi publicada em inglês a Tradução do Novo Mundo completa em quatro volumes, em tipos ou letras grandes. Logo depois, essa mesma edição foi impressa em alemão, francês, espanhol e japonês. Antes disso, em 1983, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, em quatro volumes, foi colocada à disposição em braille inglês, grau dois. Depois de cinco anos, a Tradução do Novo Mundo completa havia sido produzida em braille inglês em 18 volumes.

Em 1992, a Tradução do Novo Mundo, toda ou em parte, estava disponível em fitas cassete em 14 idiomas. De início, algumas filiais contratavam os serviços de empresas de fora. Relata-se que até 1992, com o seu próprio equipamento, a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados havia produzido mais de 31.000.000 dessas fitas cassete. Hoje, a Tradução do Novo Mundo encontra-se também disponível em Cd-rom e On-line.

[editar] Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas

Como parte do empenho da Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia de ajudar os leitores a se familiarizarem com o conteúdo do texto original em koiné (grego comum) das Escrituras Gregas Cristãs, a Comissão produziu a versão The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, uma tradução interlinear grego-inglês das Escrituras Gregas. Foi originalmente publicada pela Sociedade Torre de Vigia em 1969 e daí atualizada em 1985. Contém The New Testament in the Original Greek, compilado por Brook Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort. No lado direito da página aparece o texto em inglês da Tradução do Novo Mundo (a revisão de 1984 na edição atualizada). Mas, entre as linhas do texto grego, há outra tradução bem literal, palavra por palavra, do que o grego diz segundo o sentido básico e forma gramatical de cada palavra. Isto faz com que até mesmo estudantes que não saibam ler grego possam descobrir o que consta no texto grego original.

[editar] Fundamentos da tradução

Na sua Introdução, a edição de 1986 da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, considerada uma edição mais completa e adequada ao estudo do texto bíblico, expressou a preocupação dos tradutores da seguinte forma:

"Na Tradução do Novo Mundo fez-se empenho de captar a autoridade, o poder, o dinamismo e a franqueza das originais Escrituras Hebraicas e Gregas, e transmitir estas características em português moderno. Não se apresentam paráfrases das Escrituras. Antes, houve empenho de fazer a tradução o mais literal possível, tanto quanto permite o moderno português idiomático e quando a tradução literal não oculta o sentido pela dificuldade de expressão. Assim se satisfaz o desejo daqueles que são escrupulosos quanto a obter uma declaração quase que palavra por palavra do texto original. Reconhece-se que mesmo uma questão aparentemente tão insignificante como o uso ou a omissão duma vírgula, ou dum artigo definido ou indefinido, pode às vezes alterar o sentido correto da passagem original. Evitou-se tomar liberdades com os textos apenas com o fim de ser mais conciso, ou substituí-los por algum paralelo moderno quando a tradução literal do original tem sentido claro. Manteve-se a uniformidade de tradução por atribuir um só sentido a cada palavra principal e por reter este sentido tanto quanto o contexto permitiu. Isso às vezes impôs limitações à escolha de palavras, mas ajuda nas remissões e na comparação de textos relacionados."

Na Introdução informa-se ainda qual a fonte padrão para o texto da Tradução, conforme se segue:

[editar] Texto hebraico

O texto hebraico massorético, usado na preparação do texto da parte das Escrituras Hebraicas (ou Velho Testamento) é o Códice de Leningrado B 19A, conforme apresentado na Bíblia Hebraica de Rudolf Kittel (sigla BHK), na 7.ª, na 8.ª e na 9.ª edição (1951-55). Uma actualização desta obra, conhecida por Bíblia Hebraica Stuttgartensia (sigla BHS), Edição de 1977, foi usada na sua actualização e no sistema de notas da Edição de 1984.

[editar] Texto grego

O texto grego padrão usado na preparação das Escrituras Gregas Cristãs (ou Novo Testamento) é o do O Novo Testamento no Grego Original, dos eruditos bíblicos Brook Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort (reimpresso em 1948, originalmente publicado em 1881). Também foram consultados os textos gregos de Bover, de Merk, da Sociedades Bíblicas Unidas (sigla UBS), de Nestle-Aland e de outros. Usualmente, as transliterações da Septuaginta Grega (sigla LXX), foram baseadas no texto de A. Rahlfs, Deutsche Bibelgesellschaft, Stuttgart, 1935. Outras fontes gregas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Texto siríaco

É usada a Siríaco Peshitta, S. Lee, Edição de 1826, reimpressa pelas Sociedades Bíblicas Unidas (UBS), 1979. O seu texto foi traduzido do hebraico, no Século II EC e era o Texto-padrão dos cristãos sírios. Peshito, que significa "simples", "vulgar" ou "comum". Posteriormente, foi feita uma revisão do texto usando a Septuaginta Grega. Outras versões siríacas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Texto latino

A edição da Vulgata Latina (sigla Vg) usada é a Biblia Sacra, Iuxta Vulgatam Versionem, Württembergische Bibelanstalt, Stuttgart, 1975. Existem cerca de 8 mil manuscritos da Vulgata Latina. Esta tradução bíblica foi feita no ano 404 EC por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso I. Tornou-se na Bíblia oficial da Igreja Católica durante toda a Idade Média, na Europa Ocidental. Outras versões latinas são indicadas pelos seus respectivos símbolos.

[editar] Uso dos apócrifos

Os livros que a Igreja Católica chama de livros deuterocanónicos ("segundo Cânon") e as adições aos livros bíblicos de Daniel e Ester (chamados de protocanónicos, "primeiro Cânon"), são considerados pelas Testemunhas de Jeová como livros não canónicos, ou seja, livros apócrifos. Porém, reconhece-se valor histórico aos livros de Macabeus. Veja também os artigos Bíblia, Cânon Bíblico e Apócrifos.

[editar] Opinião de críticos e defensores

Apesar do pedido de anonimato, alguns críticos afirmam que a identidade dos membros da Comissão da Tradução do Novo Mundo era bem conhecida por todos os que, nesse tempo, trabalhavam na Sede da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA), em Brooklyn, Nova Iorque. Acrescentam que uma das razões de não aparecerem os nomes dos membros da Comissão de Tradução é por que estes não possuíam habilitações académicas para serem tradutores bíblicos. Afirmam que os membros desta Comissão foram Frederick Franz, Nathan Knorr, Albert Schroeder, Karl Klein, Mílton Henschel e George Gangas.

Segundo os críticos, Frederick Franz era o único membro capaz entre os membros da Comissão da Tradução do Novo Mundo para fazer um trabalho de tradução. Afirmam ainda que George Gangas, um turco que falava grego, sabia pouco de grego biblico (ou grego koiné). Também acrescentam que Albert Schroeder e Karl Klein fizeram as numerosas notas de rodapé e referências cruzadas e notas marginais, que nos 6 volumes originais da Tradução do Novo Mundo eram mais numerosos que na edição revisada de 1984. Outros elementos anónimos como assistentes desta Comissão, talvez possuíndo melhores habilitações, poderão ter contribuido na sua elaboração, nas sucessivas revisões, bem como na tradução em outros idiomas.

Certos eruditos afirmam que a Tradução do Novo Mundo é uma paráfrase e não uma tradução literal do idiomas originais. Segundo a opinião de outros críticos, é uma obra deturpada, tendenciosa e cheia de interpolações. H. H. Rowley, um estudioso do Velho Testamento, da Inglaterra, escreveu sobre o primeiro volume da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicos:

"A tradução é marcada por um literalismo que só exasperará qualquer leitor inteligente - se é que eles tem um leitor inteligente - e em vez de mostrar reverência para a Bíblia, que os tradutores professam, é um insulto à Palavra de Deus." (Rowley, H.H., "Jehovah's Witnesses' Translation of the Bible" The Expository Times 67:107, Janeiro 1956).

Para avaliar a confiabilidade da obra dos tradutores, o erudito Dr. Jason D. BeDuhn, professor-associado de estudos religiosos da Universidade do Norte do Arizona, em Flagstaff, Arizona, Estados Unidos, examinou e comparou a exatidão de oito importantes traduções, inclusive a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová. Embora criticasse algumas opções de tradução que foram usadas na Tradução do Novo Mundo, referindo que a Comissão de Tradução "mudou o texto biblico para se adequar à sua própria teologia em muitos lugares", BeDuhn classificou-a como "notavelmente boa", "muito melhor" e "consistentemente melhor" do que algumas das outras avaliadas. De modo geral, concluiu BeDuhn, a Tradução do Novo Mundo "é uma das traduções em inglês mais exatas do Novo Testamento que estão disponíveis" e "a mais exata das traduções que foram comparadas". BeDuhn disse também que muitos tradutores estavam sujeitos à pressão de "parafrasear o que a Bíblia diz ou de fazer acréscimos para harmonizá-la com o que os leitores modernos querem e precisam que ela diga". Por outro lado, a Tradução do Novo Mundo é diferente, observou BeDuhn, por ser "mais exacta como tradução literal e conservar as expressões originais dos escritores do Novo Testamento". Acrescentou quanto à opinião dos críticos:

"A sinceridade e a fé de cada Testemunhas de Jeová não estão em questão, nem a sua confiança na qualidade do trabalho de tradução da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. O que acontece é que eruditos, tanto cristãos como não-cristãos, têm atacado fortemente a exegese da Tradução do Novo Mundo quando esta apresenta uma determinada posição teológica, pois essa exegese tem influenciado as vidas de milhões de pessoas em todo o mundo." ("Verdade e Tradução: Exatidão e Tendenciosidade nas Traduções em Inglês do Novo Testamento", de Dr. Jason D. BeDuhn, Lanham, University Press of America, 2003, pág. 114-6, 162-3)

Apesar das críticas, esta tradução possuí também os seus defensores. Por exemplo, em 1989, o professor Benjamin Kedar, de Israel, disse:

"Em minha pesquisa linguística relacionada com a Bíblia hebraica e suas traduções, várias vezes eu consulto a edição em inglês do que é conhecido como Tradução do Novo Mundo. Ao fazer assim, confirmo repetidamente meu conceito de que essa obra reflecte um esforço honesto de obter uma compreensão do texto tão precisa quanto é possível. Dando evidência de amplo domínio da língua original, verte inteligivelmente as palavras originais para um segundo idioma sem se desviar desnecessariamente da estrutura específica do hebraico. (...) Toda a declaração lingüística permite certa latitude de interpretação ou de tradução. Assim, a solução linguística em qualquer dado caso pode ser discutida. Mas, eu nunca descobri na Tradução do Novo Mundo intento preconceituoso de dar ao texto uma interpretação que este não contenha."

Também, o erudito e crítico bíblico britânico Alexander Thomson, por ocasião do lançamento do primeiro volume da "Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas", escreveu:

"São pouquíssimas as traduções das Escrituras Hebraicas vertidas do idioma original para o inglês. Portanto, dá-nos muita satisfação acolher a publicação da primeira parte da Tradução do Novo Mundo, de Gênesis a Rute. Esta versão fez evidentemente esforço especial de ser muitíssimo fácil de ler. Ninguém poderia dizer que é deficiente na sua novidade e originalidade. A sua terminologia não se baseia de forma alguma na de versões anteriores." ("The Differentiator", de junho de 1954, p. 131)

Quanto às Escrituras Gregas Cristãs, ele observou que a Tradução do Novo Mundo é notável na tradução exacta do tempo presente do grego. Para ilustrar isso, referiu o exemplo de Efésios 5:25 que a Tradução do Novo Mundo verte: "Maridos, continuai a amar as vossas esposas", em vez de dizer apenas: "Maridos, amai as vossas mulheres." (Tradução Matos Soares) Concluiu então:

"Nenhuma outra versão parece ter demonstrado esta particularidade notável com tal plenitude e frequência. (...) A tradução é evidentemente obra de eruditos peritos e talentosos, que procuraram ressaltar o verdadeiro sentido do texto grego tanto quanto a língua inglesa seja capaz de expressar." ("The Differentiator", Abril de 1952, páginas 52-7)

Referente à Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, Edgar J. Goodspeed, tradutor do "Novo Testamento" grego na versão "An American Translation", escreveu numa carta de 8 de Dezembro de 1950 dirigida à Sociedade Torre de Vigia:

"Estou interessado na obra missionária realizada por vós, e no seu alcance mundial, e agrada-me muito a tradução livre, franca e vigorosa. Ela exibe uma ampla gama de erudição séria e sólida, conforme posso atestar."

O periódico Andover Newton Quarterly, de Janeiro de 1963, disse a respeito da tradução das Escrituras Gregas Cristãs:

"A tradução do Novo Testamento é evidência da presença, no movimento, de peritos habilitados a lidar de forma inteligente com os muitos problemas da tradução bíblica."

Em 1987, a revista Veja, semanário de destaque no Brasil, descreveu a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências como a "mais completa versão da Escrituras" no país até então.

Concernente à Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas (The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures), sobre a qual se dão informações em subtópico específico neste artigo, Thomas N. Winter, da Universidade de Nebraska, Estados Unidos da América, escreveu numa crítica no "The Classical Journal", referindo:

"Não se trata de uma interlinear comum: a integridade do texto é preservada, e o inglês que aparece embaixo dele é simplesmente o sentido básico da palavra grega. Assim, o caráter interlinear desse livro realmente não é de tradução. Seria mais corretamente chamado de texto com vocabulário instantâneo. Uma tradução em inglês fluente aparece numa coluna estreita na margem direita das páginas."

Também o já acima referido Dr. Jason BeDuhn escreveu para a Sociedade Torre de Vigia descrevendo a The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures (Tradução Interlinear do Reino das Escrituras Gregas), da seguinte forma:

"Acabei de dar um curso para o Departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Indiana, em Bloomington. Esse é basicamente um curso sobre os Evangelhos. Os senhores me ajudaram através dos vários exemplares de The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, que meus alunos usaram como um dos compêndios para as aulas. Esses pequenos volumes foram inestimáveis para o curso e muito populares entre os estudantes."

Ele esclareceu ainda porque preferia esta versão nos seus cursos, escrevendo:

"Simplesmente porque é o melhor Novo Testamento interlinear disponível. Sou erudito qualificado em assuntos bíblicos, familiarizado com os compêndios e instrumentos usados atualmente no estudo da Bíblia. A propósito, não sou Testemunha de Jeová. Mas conheço uma publicação de qualidade quando a vejo, e a sua 'Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia' fez um bom trabalho. Sua tradução interlinear para o inglês é correcta e tão consistente que obriga o leitor a encarar as diferenças linguísticas, culturais e conceituais entre o mundo de língua grega e o nosso. A sua "Tradução do Novo Mundo" é uma obra de alta qualidade e literal, que evita interpretações tradicionais a fim de ser fiel ao grego. É, em muitos sentidos, superior às traduções mais vendidas em uso atualmente."

[editar] Algumas opções de tradução controversas

Alguns escolhas efectuadas pela Comissão da Tradução do Novo Mundo para apresentar determinadas passagens das Escrituras Hebraicas e Gregas têm merecido comentários negativos de alguns críticos visto que, em alguns casos, divergem da maioria das traduções disponíveis. Para fundamentar as sua opções, a Comissão da Tradução incluiu nas notas de rodapé bem como nos apêndices da Edição Com Referências, as razões que levaram à escolha de determinados termos em detrimento de outros. Também indicaram as formas alternativas que consideram aceitáveis para traduzir diversas passagens. Ao longo dos anos, várias publicações da Sociedade Torre de Vigia também apresentaram razões para tais escolhas.

[editar] Porque há versículos que faltam

Mateus 18:11; 23:14; Marcos 7:16; 9:44 e 46; 11:26; Lucas 17:36; João 5:4; Atos 8:37; 15:34; 24:7; e Romanos 16:24 não se encontram nos manuscritos mais antigos. Por isso, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas possuí um traço em seu lugar. Mas esses versículos também não são encontrados em algumas traduções. Uma comparação com traduções modernas, como The New English Bible (NEB) e a Bíblia de Jerusalém (BJ), mostra que outras comissões tradutoras também reconheceram, em notas de rodapé, que os versículos em questão não fazem parte do texto bíblico. Em alguns casos, foram copiados de outra parte da Bíblia e acrescentados ao texto por um escriba. (A Sentinela de 15 de Novembro de 1978, pág. 11-4; Raciocínios à Base das Escrituras, editado pela Sociedade Torre de Vigia, pág. 396)

[editar] Versículos controversos

Em todos os versículos apresentados para análise abaixo é utilizada a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas - com Referências, edição de 1986, editada pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia.

[editar] Génesis 10:9

  • "Apresentou-se como poderoso caçador em oposição a Jeová. É por isso que há um ditado: 'Igual a Ninrode, poderoso caçador em oposição a Jeová.'"

A maioria das traduções traduz este versículo com a expressão "diante de" ao invés de "em oposição a". É de notar que a edição com Referências inclui a seguinte nota de rodapé: "Literalmente "diante de", mas no sentido de desafio e oposição a, como no caso da mesma expressão em Números 16:2; Josué 7:12, 13; 1 Crónicas 14:8; 2 Crónicas 14:10; Jó 23:4. Hebraico: lif·néh; grego: e·nan·tí·on, em geral 'contra'."

Curiosamente, várias traduções utilizam a expressão "contra" ou similares para traduzir a palavra hebraica lif·néh em outros versículos, como por exemplo em 2 Crónicas 14:10:

  • Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002
"Asa saiu ao seu encontro e tomou posição no vale de Sefata, em Maresa." ("contra esta multidão", no versículo seguinte)
"Então Asa saiu contra ele; e ordenaram a batalha no vale de Zefatá, junto a Maressa."
"Asa foi enfrentá-lo. E se prepararam para a luta no vale de Sefata, em Maresa."

A obra Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume III, página 91, editada pela Sociedade Torre de Vigia em 1990, sob o tópico Ninrode, explica o uso da expressão "em oposição a" para traduzir lif·néh da seguinte forma: "Ele se distinguiu como poderoso caçador "diante de" (em sentido desfavorável; hebraico: lif·néh; "contra" ou "em oposição a"; compare isso com Números 16:2; 1 Crónicas 14:8; 2 Crónicas 14:10) Jeová. (Gên 10:9 nota) Embora, neste caso, alguns peritos atribuam um sentido favorável à preposição hebraica que significa "diante de", os targuns judaicos, os escritos do historiador Josefo e também o contexto do capítulo 10 de Gênesis sugerem que Ninrode era poderoso caçador em desafio a Jeová."

[editar] João 1:1

  • "No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus."

Este é provavelmente um dos versículos mais contestados pelos críticos da Tradução do Novo Mundo. Assim, não surpreende que a Sociedade Torre de Vigia tenha emitido inúmeros comentários sobre a opção tomada pelos tradutores, utilizando diversas publicações ao longo dos anos. Este é um dos versículos mais importantes na defesa da doutrina da Santíssima Trindade que as Testemunhas rejeitam.

Várias traduções em português, vertem este versículo da seguinte forma:

  • Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002
"No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus."
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus."
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."
  • Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002
"No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus."

Os trinitaristas afirmam que estas palavras significam que "o Verbo" ou "a Palavra" (grego: ho lógos) que veio à Terra como Jesus Cristo era o próprio Deus Todo-poderoso. No entanto, as Testemunhas contrapõem que, mesmo que essa ideia pudesse ser daí retirada, ainda assim o versículo não comprovaria a existência de uma Trindade uma vez que a chamada terceira pessoa, o Espírito Santo, não é mencionado ali. Também, ainda do ponto de vista doutrinal, afirmam que a expressão "estar com" ou "estar junto de", contradiz imediatamente que o Verbo pudesse ser Deus porque, arrazoam, se alguém está com outra pessoa não pode, ao mesmo tempo, ser essa outra pessoa.

Ainda assim, a principal razão para a Tradução do Novo Mundo optar por acrescentar o artigo indefinido "um" antes da última ocorrência da palavra Deus tem base gramatical, segundo as Testemunhas. Esta inserção, que não ocorre no texto original, é reconhecida na Tradução pela utilização de parênteses rectos ou colchetes resultando em: "...a Palavra era [um] deus." A justificação para esta inserção é explicada em dois passos:

  1. No versículo em causa, surge duas vezes o substantivo grego theós (em português: deus). Segundo as Testemunhas, a primeira ocorrência refere-se ao Deus Todo-poderoso, com quem a Palavra estava. Isto conclui-se pelo facto de que o primeiro theós é precedido pela palavra ton (em português: o), uma forma do artigo definido grego que aponta para uma identidade distinta, neste caso o Deus Todo-poderoso, sendo uma tradução mais precisa "e a Palavra estava com o Deus".
  2. Por outro lado, não existe artigo antes do segundo theós no versículo. A língua grega koiné possuía artigos definidos como "o", mas não tinha artigos indefinidos como "um". Assim, as Testemunhas e alguns eruditos afirmam que, quando um substantivo predicativo não é precedido por artigo definido, pode ser indefinido, dependendo do contexto.

Portanto, do ponto de vista das Testemunhas, João 1:1 destaca a qualidade da Palavra, que ela era "divina", "semelhante a deus", "um deus", mas não O Deus Todo-poderoso. Isto eliminaria a aparente contradição do texto visto que a Palavra seria um deus que estaria junto ao Deus Todo-poderoso, referindo-se assim o versículo a dus pessoas distintas.

Com esta forma de pensar concordam também algumas traduções em diversas línguas, tais como:

  • 1808: "e a palavra era um deus." - The New Testament in an Improved Version, Upon the Basis of Archbishop Newcome’s New Translation: With a Corrected Text.
  • 1864: "e um deus era a palavra." - The Emphatic Diaglott, versão interlinear, de Benjamin Wilson.
  • 1928: "e a Palavra era um ser divino." - La Bible du Centenaire, L’Evangile selon Jean, de Maurice Goguel.
  • 1935: "e a Palavra era divina." - The Bible—An American Translation, de J. M. P. Smith e E. J. Goodspeed.
  • 1946: "e a Palavra era de espécie divina." - Das Neue Testament, de Ludwig Thimme.
  • 1958: "E a Palavra era um Deus." - The New Testament, de James L. Tomanek.
  • 1975: "e um deus (ou: da espécie divina) era a Palavra." - Das Evangelium nach Johannes, de Siegfried Schulz.
  • 1978: "e da sorte semelhante a Deus era o Logos." - Das Evangelium nach Johannes, de Johannes Schneider.

Num comentário ao versículo, a Bíblia Âncora (em inglês) diz:

"Para preservar em inglês a diferença subtil de theos [deus] com e sem o artigo, alguns traduzem 'A Palavra era divina'."

Alguns afirmam, porém, que estas traduções violam uma regra da gramática do grego koiné publicada pelo perito em grego E. C. Colwell, em 1933. Ele afirmou que, em grego, o substantivo predicativo "tem o artigo [definido] quando se segue ao verbo; não tem o artigo [definido] quando precede ao verbo". A ser correcta esta regra, em João 1:1 o segundo substantivo theós, o predicado, precede o verbo. Assim, segundo Colwell, o texto aqui devia rezar "e [o] Deus era a Palavra." No entanto, a maioria, se não a totalidade das traduções não seguem esta regra em versículos tais como Marcos 11:32; João 4:19; 6:70; 8:44; 9:17; 10:1 e 12:6. Colwell teve de reconhecer isso a respeito do substantivo predicativo, pois admitiu: "É indefinido [um] nessa colocação apenas quando o contexto o exige." Assim, ele mesmo admite que quando o contexto o exige, os tradutores podem inserir um artigo indefinido na frente do substantivo nesse tipo de construção de frase. É isso que as Testemunhas fazem em relação a João 1:1 pois consideram que o testemunho da inteira Bíblia é que Jesus não é o Deus Todo-poderoso.

O facto de que várias traduções inserem o artigo indefinido "um" em João 1:1 e em outros lugares, torna evidente que muitos peritos discordam com a referida regra de Colwell. Por exemplo, Joseph Henry Thayer, teólogo e perito que trabalhou na American Standard Version (Versão Padrão Americana), diz simplesmente:

"O Logos era divino, não o próprio Ser divino."

O jesuíta John L. McKenzie diz no seu Dictionary of the Bible (Dicionário da Bíblia, Nova Iorque, 1965, pág. 317):

"João 1:1 deve ser rigorosamente traduzido 'o verbo estava com o Deus [= o Pai], e o verbo era um ser divino'." — (Os colchetes são dele. Publicado com o nihil obstat e o imprimatur.)

Philip B. Harner, no seu artigo "Substantivos Predicativos Anartros Qualificativos: Marcos 15:39 e João 1:1", publicado no Journal of Biblical Literature (Vol. 92, Filadélfia, EUA, 1973) na página 85, disse sobre cláusulas tais como a de João 1:1:

"...com um predicativo anartro precedendo o verbo, têm primariamente sentido qualificativo. Indicam que o logos tem a natureza de theos. Não há nenhuma base para se considerar o predicativo theos como determinativo."

Harner concluiu na página 87 do artigo:

"Em João 1:1, acho que a força qualificativa do predicativo se destaca tanto, que o substantivo não pode ser considerado como determinativo."

Um famoso tradutor bíblico, William Barclay, escreveu:

"Agora, normalmente, excepto por motivos especiais, os substantivos gregos sempre têm o artigo definido diante de si. Quando um substantivo grego não tem o artigo diante de si, torna-se mais descrição do que identificação, e tem mais o carácter de adjectivo, em vez de substantivo. Podemos ver exactamente o mesmo em inglês [ou português]: Se eu disser: "Tiago é o homem", então identifico Tiago como certo homem específico, em quem estou pensando; mas, se eu disser: "Tiago é homem", então simplesmente descrevo Tiago como sendo humano, e a palavra homem torna-se uma descrição, não uma identificação. Se João tivesse dito "ho theos en ho logos", usando o artigo definido diante de ambos os substantivos, então ele teria definitivamente identificado o logos [a Palavra] com O Deus, mas, visto que não há artigo definido diante de theos, este se torna descrição, e mais como adjectivo do que como substantivo. A tradução seria então, de modo desajeitada: "A Palavra estava na mesma categoria que Deus, pertencente à mesma ordem de ser como Deus". João não está identificando aqui a Palavra com O Deus. Expresso de modo simples, ele não diz que Jesus era o Deus." (Many Witnesses, One Lord, 1983, páginas 23, 24)

Um versículo às vezes apontado como exemplo da utilização coerente por parte da Tradução do Novo Mundo do artigo indefinido na tradução do texto grego é o de Atos 28:6. O contexto descreve uma ocasião em que uma cobra venenosa mordeu a mão do apóstolo Paulo e os habitantes de uma localidade da ilha de Malta ficaram convencidos que ele morreria. Quando isso não aconteceu, a Bíblia afirma:

"Mas eles esperavam que fosse inchar com uma inflamação ou cair repentinamente morto. Depois de terem esperado por muito tempo e terem observado que nada nocivo lhe acontecia, mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era [um] deus."

Coerente com a forma como traduziu João 1:1, a Comissão de Tradução do Novo Mundo inseriu o artigo indefinido "um" porque entendeu que o contexto exige a sua aplicação. Visto que no grego original os artigos indefinidos eram inexistentes, usam-se ali os parênteses rectos ou colchetes para que o leitor entenda que se trata de uma inserção. No entanto, as mesmas traduções acima mencionadas, que em João 1:1 fazem questão de não colocar o artigo indefinido, não seguem a mesma regra ao traduzir esta passagem, nem sequer indicando a liberdade tomada de colocar o artigo indefinido, conforme se pode verificar em seguida:

  • Bíblia de Jerusalém, nova edição revista e ampliada, de 2002
"Quanto a eles, esperavam que Paulo viesse a inchar, ou caísse morto de repente. Mas, depois de muito esperar, ao verem que não lhe acontecia nada de anormal, mudando de parecer puseram-se a dizer que ele era um deus."
"Julgavam os indígenas que ele viesse a inchar, e que subitamente caísse morto. Mas, depois de esperarem muito tempo, vendo que não lhe acontecia mal nenhum, mudaram de parecer e disseram: Ele é um deus."
"E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus."
  • Bíblia Sagrada Missionários da Difusora Bíblica Fransciscanos Capuchinhos, edição de 2002
"Enquanto eles esperavam que viesse a inchar ou a cair repentinamente morto. Depois de terem aguardado muito tempo e verem que nada de anormal lhe acontecia, mudaram de opinião e começaram a dizer que ele era um deus."

Assim, para as Testemunhas, os trinitaristas não têm base para se queixar do uso de "um" antes de "deus" porque todas as outras traduções bíblicas usam os artigos indefinidos "um" e "uma" centenas de vezes antes de palavras, embora não sejam encontrados em parte alguma no texto original grego. Não apenas isso, mas estas traduções inserem repetidas vezes o artigo definido "o" ou "a" antes de certas palavras onde isso não ocorre no grego. Por exemplo, os muitos casos da ocorrência da palavra "espírito" ou das palavras "espírito santo". Há casos no texto grego em que o artigo definido "o" não ocorre antes destas palavras. Mas muitos tradutores alteram o sentido do texto por inserirem o artigo "o", fazendo-o rezar "o espírito" e "o espírito santo". Em tais casos escrevem também a palavra "Espírito" com letra inicial maiúscula, para dar ao leitor a impressão de que se refere a uma pessoa inteligente, à Terceira Pessoa de uma Trindade.

Ao considerarem João 1:1, as Testemunhas crêem que Jesus é de facto um deus, ou seja é de natureza divina, tal como os anjos são chamados de deuses. Na verdade, até o próprio Satanás é chamado de deus na Bíblia, mas isso não significa que ele seja o Deus Todo-poderoso. Para elas, Jesus continua a ser uma pessoa espiritual poderosa, tal como era antes de nascer como humano, mas sempre esteve e estará sujeito ao seu Deus e Pai, Jeová.

[editar] Ligações externas

[editar] Sites oficiais das Testemunhas de Jeová

[editar] Outras ligações de interesse


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