Gilberto Kassab
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Gilberto Kassab (São Paulo, 12 de agosto de 1960) é um político brasileiro e atualmente ocupa o cargo de prefeito da cidade de São Paulo. É engenheiro civil, economista e corretor de imóveis.
Estudou no colégio tradicional paulistano Liceu Pasteur, tendo sido seu pai diretor da instituição. Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de Sao Paulo.
Assumiu a prefeitura cidade de São Paulo em 31 de março de 2006, após a renúncia do então prefeito, José Serra, para se candidatar ao governo do estado de São Paulo nas eleições de outubro de 2006.
Atualmente filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL), Kassab já foi vereador da capital paulista, deputado estadual e deputado federal (eleito com o jingle "quem sabe, sabe, vota comigo, federal é Kassab, estadual é Rodrigo" - referindo-se a Rodrigo Garcia, candidato a deputado estadual por São Paulo, também pelo PFL) em duas legislaturas, tendo sido também secretário de planejamento (1997-1998) durante a gestão Celso Pitta (1997-2000), o qual ainda responde por desvio de dinheiro público, superfaturamento em obras e improbidade administrativa.
[editar] Gestão na prefeitura
- Projeto Cidade Limpa
Logo após sua posse na prefeitura, em 2006, Kassab enviou um projeto à Câmara Municipal proibindo a utilização da mídia externa no município (outdoors, painéis eletrônicos, distribuição de planfetos e regulamentação de fachadas comerciais) a partir de janeiro de 2007, exceto no mobiliário urbano (pontos de ônibus e relógios de rua) através de licitação pública. O projeto criou polêmica no meio publicitário, alegando-se o desemprego gerado com a aprovação da lei. [1] Não houve, porém, objeção significativa fora deste meio, visto que grande parte dos paulistanos considera a poluição visual um problema crônico da cidade.
Um dos motivos alegados pela Prefeitura para a restrição quase total da publicidade é o grande número de anúncios publicitários ilegais e a inaptidão do serviço público em identificá-los - dos quase 20 mil anúncios da cidade, cerca de 15.000 são irregulares.
O projeto foi aprovado com pequenas modificações pela Câmara com 45 votos a favor e apenas um contra, em 26 de setembro de 2006.
A locação do mobiliário urbano para a publicidade foi revogada pelos vereadores. Kassab pretendia, com os recursos obtidos pela venda do espaço, iniciar o aterramento de fios na cidade, com a intenção de diminuir a poluição visual das ruas de São Paulo. No fim de outubro, a prefeitura aprovou decreto que obriga as concessionárias de serviço público a aterrarem ao menos 250 km de cabos por ano, com árvores no lugar dos postes. A Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) estima em R$ 250 bilhões o investimento necessário para aterrar os 180 mil km de cabos e fios da capital paulista.[2]
Em 6 de dezembro de 2006 uma liminar suspendeu a aplicação da lei, considerando-a inconstitucional. A prefeitura prometeu recorrer da decisão, que estipula multa mínima de R$10.000 caso a publicidade externa não seja retirada até a data-limite. [3]
- Aumento do IPTU
Ainda em 2006, a prefeitura propôs o reajuste dos valores do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU). O aumento seria maior em áreas consideradas "emergentes", onde a infraestrutura de serviços é mais presente ou o valor venal dos imóveis tenha aumentado significativamente. Bairros como Chácara Klabin e Pinheiros, por exemplo, deveriam ter maiores ajustes, já que houve maior valorização do metro quadrado diante da implementação do metrô. [4] A prefeitura recuou, diante da impopularidade da medida, e reajustará o imposto de acordo com o IPCA.
- Baixa Popularidade
No início de setembro, cinco meses após sua posse como prefeito da capital, a aprovação à sua gestão era de apenas 16%, segundo o Datafolha. [5] Seu antecessor, José Serra, era aprovado por 42% da população pouco antes de deixar o cargo.
- Aumento de Tarifas de Transporte
No fim de novembro as tarifas dos ônibus municipais foram reajustadas em 15%, ante inflação de 7% (IPCA) no período entre o atual ajuste e o anterior. Algumas entidades estudantis promoveram protestos em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, e em terminais urbanos. Sua ação, contudo, não provocou alteração ou manifestações por parte do poder público municipal. Pouco antes do reajuste, em pesquisa realizada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) durante agosto e setembro deste ano, foi demonstrado que a insatisfação dos paulistanos com os ônibus atingiu seu menor nível na década: apenas 48% em 2006. [6][7]
[editar] Referências
- ↑ Sindicato das empresas de outdoor prevê 20 mil demissões em São Paulo
- ↑ Prefeito de SP regulamenta o enterramento de cabos e fios
- ↑ Liminar suspende lei que bane outdoor em São Paulo Folha Online
- ↑ IPTU deve subir mais em bairros emergentes Folha Online
- ↑ Gilberto Kassab mantém baixa aprovação
- ↑ Aprovação a ônibus segue baixa sob Kassab
- ↑ Estudantes voltam a protestar contra reajuste de tarifas em São Paulo
| Precedido por: José Serra |
Prefeito de São Paulo 2006 — atualidade |
Sucedido por: — |
