Partido da Frente Liberal
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O Partido da Frente Liberal (PFL) é considerado o principal partido de direita política do Brasil, apesar de seu presidente Jorge Bornhausen ter declarado, em entrevista concedida à Revista Veja no início de 2006, que se trata de um partido de centro e que defende o liberalismo social, afiliando-se à Internacional Democrática de Centro (e não à Internacional Liberal, que une os partidos de ideologia puramente liberal). Seu código eleitoral é o 25 e suas cores são o azul e o amarelo. O partido é também, o que mais tem milionários segundo a Revista Época, com 83 deles.
O partido é herdeiro das facções liberais da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), denominação política de apoio à Ditadura Militar de 1964 e da União Democrática Nacional (UDN - força política da década de 1950). O partido surge de uma dissidência do PDS (ex-ARENA), como Frente Liberal em 1985, para apoiar a candidatura de Tancredo Neves do PMDB, contra o candidato oficial Paulo Maluf.
Entre suas diretrizes programáticas estão a defesa da democracia, economia de mercado e o liberalismo econômico. Propõe também a promulgação de uma nova Constituição.
Um dos seus pontos altos ocorreu durante a década de 1990, quando costurou uma duradoura aliança com o PSDB e elegeu o vice-presidente Marco Maciel para dois mandatos no governo Fernando Henrique Cardoso. Durante o período, possuía a maior bancada do Congresso Nacional.
Com a saída de José Serra e Alckmin para as eleições de 2006, Gilberto Kassab e Cláudio Lembo assumiram a prefeitura da cidade de São Paulo e o governo do estado de São Paulo, respectivamente. O partido também irá compor a vice-presidência do candidato a presidente pelo PSDB.
O PFL possui representatividade principalmente nos estados do Nordeste, tendo na Bahia um importante reduto, conduzido pelo senador Antonio Carlos Magalhães, mas conta também com representação em diversos estados, como no Rio de Janeiro, Pernambuco e Amazonas. Entretanto, é fraco no maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo. Algumas cidades brasileiras tendem a eleger políticos do partido como prefeitos, ou, ao menos, em coligação com o partido, como é, tradicionalmente, o caso do Rio de Janeiro e de Curitiba.
Atualmente, o PFL compõe junto com o PSDB a base de oposição ao governo Lula.
O partido passou em 2005 por um processo de "refundação", em que alterou alguns pontos de seu programa.
Pretendeu lançar candidato próprio à presidência em 2006, tendo por favorido o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia. No entanto, o próprio Maia recuou da candidatura em favor de uma aliança com o candidato do PSDB. O único candidato próprio do PFL à presidência foi Aureliano Chaves em 1989, quando recebeu inexpressiva votação, pouco menos de 1% dos votos.
Lançou o senador José Jorge, ex-Ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique Cardoso, como candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin.
O PFL perdeu 19 cadeiras na Câmara dos Deputados e uma cadeira no Senado da República nas eleições, além de conquistar apenas o governo do Distrito Federal, perdendo boa parte de sua influência. Bornhausen anunciou também que o partido não conversará com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apoiá-lo em seu segundo mandato, seguindo um caminho diferente de lideranças do PSDB.
Após a derrota de Geraldo Alckmin no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, o senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, anunciou que o partido pretende lançar candidato próprio à Presidência da República em 2010 ao invés de apoiar novamente o candidato tucano. São cogitados o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e Guilherme Afif Domingos, que foi derrotado nas eleições para senador em São Paulo pelo petista Eduardo Suplicy, mas recebeu 8,5 milhões de votos, sendo o quinto candidato mais votado das eleições.
