Prudente de Morais
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- Nota: Para outros significados de Prudente de Morais, ver Prudente de Morais (desambiguação).
Presidente do Brasil | |
Mandato: | 15 de Novembro de 1894 até 15 de Novembro de 1898 |
Vice-Presidente | Manuel Vitorino Pereira |
Precedido por: | Floriano Peixoto |
Sucedido por: | Campos Sales |
Data de nascimento: | 4 de outubro de 1841 |
Local de nascimento: | Itu (SP) |
Data da morte: | 3 de Dezembro de 1902 |
Local da morte: | Piracicaba (SP) |
Primeira-dama: | Adelaide Benvinda Silva Gordo |
Partido político: | PRP |
Profissão: | Advogado |
Prudente José de Morais e Barros (Itu, 4 de outubro de 1841 — Piracicaba, 3 de dezembro de 1902) foi um político brasileiro, terceiro presidente do Brasil e primeiro civil a assumir este cargo. Prudente de Morais representava a ascensão da oligarquia cafeicultora ao poder nacional, após um período em que essa oligarquia mantinha-se dominando apenas o legislativo.
Bacharel em direito, já 1866 ingressa na política como deputado. Prudente de Morais fez sua carreira no Partido Republicano Paulista (PRP), ao qual se filiou em 1870. Em 1890, após um ano como presidente da junta governativa de São Paulo, é eleito senador; no cargo, chegou a presidir a Assembléia Nacional Constituinte e ser vice-presidente do senado. Disputou a presidência da república em 1891, perdendo o pleito (indireto) para Deodoro da Fonseca por pequena margem de votos.
Com a fundação do Partido Republicano Federal (PRF), consegue a indicação para a presidência, e vence as eleições presidenciais de 1894, tomando posse no dia 15 de novembro daquele ano.
Durante seu governo, abandonou uma a uma as medidas inovadoras de Floriano Peixoto. Essa cautela de Prudente foi necessária, já que os florianistas ainda tinham uma certa força, principalmente no Exército. Além disso, o vice-presidente estava ligado às idéias de Floriano. Resumindo, Prudente de Morais imprime uma direção ao governo que atende mais aos cafeicultores.
No início do seu governo consegue pacificar a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, assinando a paz com os rebeldes, que receberam anistia. Mas pouco tempo depois enfrentaria um movimento rebelde ainda maior: a Guerra de Canudos, no sertão baiano.
Se afastou do poder entre 10 de novembro de 1896 e 4 de março de 1897, por estar com a saúde debilitada. Assumiu nesse período o Vice-Presidente, Manuel Vitorino Pereira.
As divergências internas no PRF e a Guerra de Canudos desgastam o governo. Mesmo com a vitória das tropas do governo na guerra, os ânimos não se acalmam. Prudente de Morais sofreu um atentado a 5 de novembro de 1897; escapou ileso, mas perdeu seu Ministro da Guerra, Carlos Machado Bittencourt. O presidente decretou, então, estado de sítio, para o Distrito Federal (Rio de Janeiro e Niterói) conseguindo assim livrar-se dos oposicionistas mais incômodos.
Terminado o mandato, Prudente de Morais retirou-se para Piracicaba, onde exerceria a advocacia por alguns anos. Faleceu devido a uma tuberculose em 1902.
[editar] Governo de Prudente de Morais
- Ministros de Estado
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- Ministério da Justiça e Negócios Interiores: Antônio Gonçalves Ferreira (15 de Novembro de 1894 — 30 de Agosto de 1896), Alberto de Seixas Martins Torres (30 de Agosto de 1896 — 7 de Janeiro de 1897), Bernardino José de Campos Júnior (interinamente - 7 de Janeiro de 1897 — 19 de Janeiro de 1897), Amaro Bezerra Cavalcânti De Albuquerque (19 de Janeiro de 1897 — 15 de Novembro de 1898);
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- Ministério da Marinha: Elisiário José Barbosa, Almirante (15 de novembro de 1894 — 21 de Novembro de 1896), Manuel José Alves Barbosa (21 de Novembro de 1896 — 15 de Novembro de 1898);
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- Ministério da Guerra: Bernardo Vasques, general-de-divisão (15 de Novembro de 1894 — 23 de Novembro de 1896), Dionísio Evangelista De Castro Cerqueira, general-de-brigada (interinamente - 23 de Novembro de 1896 — 4 de Janeiro de 1897), Francisco de Paula Argollo, general-de-brigada (4 de Janeiro de 1897 — 17 de Maio de 1897), Carlos Machado de Bittencourt, marechal (17 de Maio de 1897 — 5 de Novembro de 1897), João Tomás de Cantuária, general-de-divisão (6 de Novembro de 1897 — 15 de Novembro de 1898);
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- Ministério das Relações Exteriores: Carlos Augusto de Carvalho (15 de Novembro de 1894 — 1 de Setembro de 1896), Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (1 de Setembro de 1896 — 15 de Novembro de 1898);
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- Ministério da Fazenda: Francisco de Paula Rodrigues Alves (15 de Novembro de 1894 — 20 de Novembro de 1896), Bernardino José de Campos Júnior (20 de Novembro de 1896 — 15 de Novembro de 1898);
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- Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas: Antônio Olinto dos Santos Pires (15 de Novembro de 1894 — 20 de Novembro de 1896 ), Joaquim Duarte Murtinho (20 de Novembro de 1896 — 1 de Outubro de 1897), Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira (1 de Outubro de 1897 — 13 de Novembro de 1897), Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda (13 de Novembro de 1897 — 27 de Junho de 1898), Jerônimo Rodrigues de Morais Jardim, marechal (27 de Junho de 1898 — 15 de Novembro de 1898).
Precedido por: junta governativa |
Presidente de São Paulo 1889 — 1890 |
Sucedido por: Jorge Tibiriçá Piratininga |
Precedido por: Floriano Peixoto |
Presidente do Brasil 1894 — 1898 |
Sucedido por: Campos Sales |