Metonímia
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Chama-se de metonímia à figura de estilo que substitui um elemento pela citação de outro que lhe está relacionado (por exemplo: "sem teto", para alguém que não possui uma casa).[1]
[editar] Formas mais usuais
- Efeito pela causa:
- Sócrates tomou a morte. (O efeito é a morte, a causa é o veneno.)
- Causa pelo efeito:
- Por favor, não fume dentro de casa: sou alérgica a cigarro. ( O cigarro é a causa: a fumaça, o efeito. Podemos ser alérgicos a fumaça, mas não ao cigarro)
- Marca pelo produto:
- O meu irmãozinho adora danone.(Danone é a marca de um iogurte; o menino gosta de iogurte)
- Autor pela obra:
- Lemos Machado de Assis por interesse. (Ninguém, na verdade, lê o autor, mas as obras dele em geral.)
- Continente pelo conteúdo:
- Bebeu o cálice da salvação. (Ninguém engole um cálice, mas sim a bebida que está nele.)
- Parte pelo todo:
- A choupana não suportou quatro invernos.
- Singular pelo plural:
- O homem, que é mortal, imortaliza-se por meio de suas conquistas.
- Possuidor pelo possuído:
- Ir ao barbeiro. (O barbeiro trabalha na barbearia, onde se vai - de facto, ninguém vai a uma pessoa, mas ao local onde ela está)
- Matéria pelo objecto:
- Quem por ferro mata... (ferro substitui, aqui, espada)
- O lugar pela coisa:
- Uma garrafa de Porto. (Porto é o nome da cidade conotada com a bebida - mas não é a cidade que fica na garrafa, mas sim a bebida.)
- O instrumento pela causa ativa:
- Sou um bom garfo (em substituição de "alguém que come bastante").
- A coisa pela sua representação:
- És a minha âncora (em substituição de "segurança").
[editar] Sinédoque
A sinédoque é um caso especial de metonímia, onde você troca a palavra que indica o todo de um ser por outra que indica apenas uma parte dele.
- Exemplo:
- O rebanho tinha mil cabeças. (cabeça [parte] -> animal [todo])