Radiojornalismo
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Radiojornalismo é a prática profissional do jornalismo aplicada ao rádio. Radiojornais são programas que duram entre segundos e horas e divulgam notícias dos mais variados tipos, utilizando sons e locução por repórteres e apresentadores (chamados de âncoras, no jargão profissional).
As estações de rádio podem apresentar radiojornais como parte da programação normal transmitida diariamente ou mais freqüentemente, em horários fixos. Às vezes, outros programas podem ser interrompidos por plantões de notícias ("news flashes") em casos muito importantes e urgentes.
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[editar] Jornal falado
Em radiojornalismo, no Brasil, um jornal falado corresponde à reunião das principais notícias do dia ou da semana. Pode durar de cinco a trinta minutos. O jornal falado tem divisões bem definidas, com a apresentação de notícias locais, nacionais, internacionais, esportivas e culturais. O ideal é que o jornal seja lido por dois locutores, isso dá mais ritmo e agilidade às notícias e evita a monotonia.
As três ou quatro notícias mais importantes merecem destaque na forma de manchetes. As manchetes abrem a edição de um jornal falado e anunciam para o ouvinte os principais fatos do dia.
[editar] Texto para radiojornalismo
Segundo normas canônicas praticadas no Brasil e em outros países, o texto para radiojornalismo deve ser ainda mais curto e objetivo que o texto jornalístico de mídia impressa e de TV, com vocabulário o mais próximo possível do coloquial. Deve, ainda, utilizar sempre ordem direta (sujeito; verbo; predicado) e ser muito descritivo, para compensar a falta de imagens.
[editar] Âncora
O âncora é o apresentador de um radiojornal. Cabe a ele narrar, anunciar ou comentar as notícias que serão transmitidas, ou chamar repórteres que entram ao vivo na programação. Diz-se que o termo "âncora", neste sentido, teria sido aplicado pela primeira vez em 1952, para se referir ao trabalho de Walter Cronkite na televisão durante a convenção pré-eleitoral do Partido Democrata nos EUA.
No Brasil, alguns âncoras de rádio mais destacados são, entre outros, Ricardo Boechat, Heródoto Barbeiro, Sidney Rezende, Milton Jung, Adalberto Piotto, José Nello Marques, Milton Leite, José Paulo de Andrade, Joseval Peixoto, Maria Lydia Flandoli e Roxane Ré.
[editar] Referências bibliográficas
- BARBEIRO, Heródoto & LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Radiojornalismo, São Paulo: Campus, 2002.
- CESAR, C. Como falar no rádio: prática de locução AM e FM, São Paulo: Ibrasa, 1990.
- CHANTLER, P. e HARRIS, S. Radiojornalismo, São Paulo: Summus, 1992.
- HAUSSEN, Dóris Fagundes. Rádio e Política: tempos de Vargas e Perón, Porto Alegre: EdiPUC-RS, s/d.
- JUNG, Milton. Jornalismo de Rádio, São Paulo: Contexto, 2004.
- ORTRIWANO, Gisela. A Informação no Rádio, São Paulo: Summus, 1985.
- PRADO, E. Estrutura da informação radiofônica, São Paulo: Summus, 1989.
- PORCHAT, M.E. Manual de Radiojornalismo Jovem Pan, São Paulo: Atica. 1990.
[editar] Ver também
- Edição radiofônica
- Dicas de Edição em Rádio
- Inserções sonoras
- Linguagens Sonoras
- Linguagem sonora do rádio
- Manual de Radiojornalismo
- Programação Radiofônica
- Locução
[editar] Ligações externas
- Radiojornalismo (documento do Itamaraty/MRE, Brasil, por Fernando Vieira de Mello, filho)
- Central de Radiojornalismo
- Introdução ao Radiojornalismo (documento do Prof. Pedro Celso Campos, da UNESP, Brasil)