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Judô - Wikipédia

Judô

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Ideogramas

Judô (judo 柔道 - caminho suave) é uma arte marcial praticada como desporto, fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, para além de desenvolver técnicas de defesa pessoal. Teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência do jiu-jitsu, arte marcial praticada pelos bushi, ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundí-las numa única e básica. O judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (não confundir com kimono), que no judô recebe o nome de judogi, e que com o cinturão forma o equipamento necessário à sua prática. O judogi pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja utilizado normalmente para facilitar as arbitragens.

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico; estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos o judô teve um aumento significativo no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e peso do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

Índice

[editar] História do Judô

[editar] Decadência e renascimento do Ju-jitsu

No ano de 1864, o comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedição naval americana, conseguiu fazer com que os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado "Comércio, Paz e Amizade". Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol Nascente uma tremenda transformação político-social, denominada Era Meiji ou "Renascença Japonesa", promovido pelo imperador Mutsu Hito (1868-1912). Anteriormente, o imperador exercia sobre o povo influência e poderes espirituais, porém com a "Renascença Japonesa" ele passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras.

Nessa dinâmica época de transformações e inovações radicais, os nipônicos ficaram ávidos por modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do ju-jitsu perderam as suas posições oficiais e viram-se forçados a procurar emprego em outros lugares. Muitos se voltaram então para a luta e exibição em feiras.

E a ordem proibindo os samurais de usar espadas em 1871 assinalou um sutil declínio em todas as artes marciais, e o ju-jitsu não foi uma exceção, sendo considerado como uma relíquia do passado. Como não era difícil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrária às inovações radicais. Havia terminada a onda chamada febre ocidental. O ju-jitsu foi recolocado na sua posição de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela polícia e pela marinha. Apesar de sua indiscutível eficiência para a defesa pessoal, o antigo ju-jitsu não podia ser considerado um esporte, muito menos ser praticado como tal. Não haviam regras tratadas pedagogicamente e nem mesmo padronizadas.

Os professores ensinavam às crianças os denominados golpes mortais e os traumatizantes e perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes, machucavam-se seriamente. Valendo-se das suas superioridades físicas, os maiores chegavam a espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o ju-jitsu gozasse de uma certa impopularidade, logicamente, entre as pessoas esclarecidas e que possuíssem um pouco de bom senso. O ju-jitsu entrava em outra fase de decadência.

[editar] Nascimento do judô

Baseado nesses inconvenientes, um jovem que na adolescência se sentia inferiorizado sempre que precisasse desprender muita energia física para resolver um problema, resolveu modificar o tradicional ju-jitsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o em um poderoso veículo de educação física, seu nome era Jigoro Kano.

Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforçado cultor de ju-jitsu. Procurando encontrar explicações científicas aos golpes, baseados em leis de dinâmica, ação e reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de ju-jitsu, dando ênfase principalmente no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de projeção do estilo Kito-Ryu. Inseriu princípios básicos como o do equilíbrio, gravidade e sistema de alavancas nas execuções dos movimentos lógicos.

Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fácil e racional. Idealizou regras para um confronto esportivo, baseado no espírito do ippon-shobu(luta pelo ponto completo). Procurou demonstrar que o ju-jitsu aprimorado, além de sua utilização para defesa pessoal, poderia oferecer aos praticantes, extraordinárias oportunidades no sentido de serem superadas as próprias limitações do ser humano.

Jigoro Kano tentava dar maior expressão à lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do Coração de Salgueiro), esta se baseava no princípio de “ceder para vencer”, utilizando a não resistência para controlar, desequilibrar e vencer o adversário com o mínimo de esforço. Em um combate o praticante tinha como o único objetivo à vitória. No entender de Kano, isso era totalmente errado. Uma atividade física deveria servir em primeiro lugar, para a educação global dos praticantes. Os cultores profissionais do ju-jitsu não aceitavam tal concepção. Para eles o verdadeiro espírito do ju-jutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar até a morte).

Diz a lenda que durante uma caminhada nos bosques nevados do Japão, o mestre Jigoro Kano parou para observar um salgueiro que era atingido pela neve. Percebeu que enquanto os galhos mais grossos acumulavam a neve e depois de um tempo se quebravam, os galhos mais finos e flexíveis simplesmente se dobravam e deixavam a neve escorrer, mantendo-se intactos.

Por suas idéias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos educadores da época, mas não mediu esforços para idealizar o novo ju-jitsu, diferente, mais completo, mais eficaz, muito mais objetivo e racional, denominado de judô, e transformando-o num poderoso veículo de educação física. Chamando o seu novo sistema de judô, ele pretendeu elevar o termo “jitsu” (arte ou prática) para “do”, ou seja, para caminho ou via, dando a entender que não se tratava apenas de mudança de nomes, mas que o seu novo sistema repousava sobre uma fundamentação filosófica.

Em fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de judô, denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade), já que “Ko” significa fraternidade, irmandade; “Do” significa caminho, via; e “Kan” instituto.

[editar] No Brasil

O judô surgiu no Brasil por volta de 1922, através de Eisei Maeda. O conde Koma, como também era conhecido, fez sua primeira apresentação no país em Porto Alegre. Partiu para as demonstrações pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, transferindo-se depois para o Pará, onde popularizou seus conhecimentos dessa arte. Outros mestres também faziam exibições e aceitavam desafios em locais públicos. Mas foi um início difícil para um esporte que viria a se tornar tão difundido.

Um fator decisivo na história do judô foi a chegada ao país de um grupo de nipônicos em 1938. Tinham como líder o professor Riuzo Ogawa e fundaram a Academia Ogawa, com o objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, por meio do esporte do quimono. Daí por diante disseminaram-se a cultura e os ensinamentos do mestre Jigoro Kano e em 18 de março de 1969 era fundada a Confederação Brasileira de Judô, sendo reconhecida por decreto em 1972. Hoje em dia o judô é ensinado em academias e clubes e reconhecido como um esporte saudável que não está relacionado à violência. Esse processo culminou com a grande oferta de bons lutadores brasileiros atualmente, tendo conseguido diversos títulos internacionais.

[editar] Os três princípios

Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealização do judô foram:

  • Princípio da Máxima Eficácia do Corpo e do Espírito (Seiryoku Zen’Yo).
É ao mesmo tempo a utilização global, racional e utilitária da energia do corpo e do espírito. Jigoro Kano afirmava que este princípio deveria ser aplicado no aprimoramento do corpo. Servir para torná-lo forte, saudável e útil. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrição, o vestuário, a habitação, a vida em sociedade, a atividade nos negócios na maneira de viver em geral. Estando convencido que o estudo desse princípio, em toda a sua grandeza e generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prática de uma luta. Realmente, a verdadeira inteligência deste princípio não nos permite aplicá-lo somente na arte e na técnica de lutar, mas também nos presta grandes serviços em todos os aspectos da vida. Segundo Jigoro Kano, não é somente através do judô que podemos alcançar este princípio. Podemos chegar à mesma conclusão por uma interpretação das operações cotidianas, através de um raciocínio filosófico.
  • Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos (Jita Kyoei).
Diz respeito à importância da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal. Achava ainda que a idéia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao próximo, pois acreditava que a eficiência e o auxílio aos outros criariam não só um atleta melhor como um ser humano mais completo.
  • Princípio da Suavidade (Ju).
Ju ou suavidade, é o mais diretamente físico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princípio durante um discurso proferido na University of Southern Califórnia, por ocasião das Olimpíadas de 1932:
"Deixem-me agora explicar o que significa, realmente esta suavidade ou cedência.
Supondo que a força do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a força de um homem que está na minha frente é representada por dez unidades, enquanto que a minha força, menor que a dele, se apresenta por sete unidades.
Então se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei certamente impulsionado para trás ou atirado ao chão, ainda que empregue toda minha força contra ele.
Isso aconteceria porque eu tinha usado toda a minha força contra ele, opondo força contra força. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse a força recuando o meu corpo tanto quanto ele o havia empurrado mantendo, no entanto, o equilíbrio então ele inclinar-se-ia naturalmente para frente perdendo assim o seu próprio equilíbrio.
Nesta posição ele poderia ter ficado tão fraco, não em capacidade física real, mas por causa da sua difícil posição, a ponto de a sua força ser representada, de momento, por digamos apenas três unidades, em vez das dez unidades normais.
Entretanto eu, mantendo o meu equilíbrio conservo toda a minha força tal como de início, representada por sete unidades.
Contudo, agora estou momentaneamente numa posição vantajosa e posso derrotar o meu adversário utilizando apenas metade da minha energia, isto é, metade das minhas sete unidades ou três unidades e meia da minha energia contra as três dele.
Isso deixa uma metade da minha energia disponível para qualquer outra finalidade.
No caso de ter mais força do que o meu adversário poderia sem dúvida empurrá-lo também.
Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurrá-lo igualmente e pudesse fazê-lo, seria melhor para eu ter cedido primeiro, pois procedendo assim teria economizado minha energia."

[editar] Graduações

Os judocas são classificados em duas graduações: kyu e dan. Há oito graus de kyu, os quais se distinguem pelas cores das faixas:

KYU
KYU Faixa Branca
KYU Shitikyu Faixa Cinza
KYU Rokyu Faixa Azul
KYU Gokyu Faixa Amarela
KYU Yonkyu Faixa Laranja
KYU Sankyu Faixa Verde
KYU Nikyu Faixa Roxa
KYU Ikyu Faixa Marrom

As graduações de dan, ao contrário das de kyu, avançam de 1º dan (shodan) para 10º dan (juda ou dyodan), o mais alto grau. Esses graus se diferenciam pelas seguintes cores das faixas:

DAN
DAN Shodan Faixa Preta
DAN Nidan Faixa Preta
DAN Sandan Faixa Preta
DAN Yondan Faixa Preta
DAN Godan Faixa Preta
DAN Rokudan Faixa Vermelha e Branca
DAN Shitchidan Faixa Vermelha e Branca
DAN Ratchidan Faixa Vermelha e Branca
DAN Kyodan Faixa Vermelha
10º DAN Judan ou Dyodan Faixa Vermelha

As promoções tanto para as graduações de kyu como para as de dan baseiam-se em exames que incidem sobre requisitos tais como: duração de tempo de treino, idade, caráter moral, execução das técnicas especificadas nos regulamentos e comportamento em competições. No caso de promoção de kyu, faixa branca a marrom é outorgada pela associação, no caso de promoção as graduações de dan, até 3º dan são realizadas pela banca examinadora da liga de judô estadual, as outras graduações superiores pela Comissão Nacional de Graus. O sucesso em torneios, campeonatos, por si só não constitui motivo de promoção, é preciso comprovar idoneidade moral e conhecimentos do judô.

O mais alto grau no judô.

Bem como ja vimos os graus de eficiência no Judô dividem-se em aluno (Kiu) e mestre (Dan). O mais alto grau concidido é a extremamente rara faixa vermelha Judan (10º Dan) que até o ano de 1965 fora concedida apenas a 7 homens.

O Judô prevê ainda um décimo primeiro dan (Juichidan), que tambem usaria uma faixa vermelha, e ainda um décimo segundo dan que usaria uma rarissima faixa branca, duas vezes mais larga que a faixa comun, simbolizando o auge da pureza, cores essas tanto vermelha como branca que simbolizam a flor de cerejeira, simbolo do Judô. Estas duas ultimas faixas ainda não foram concedidas a ninguém.

[editar] Pontuação

O objetivo é conseguir ganhar a luta valendo-se dos seguintes pontos:

  • Koka - menor pontuacão no judô, um koka vale um quarto de um ponto inteiro, mesmo sendo acumulativos não significam o final da luta ao se completar 4 koka´s.
  • Yuko - um terço de um ponto, tambem idem regra acima.
  • Wazari - meio ponto, dois wazari valem um ippon e termina o combate logo após o segundo wazari.
  • Ippon - ponto completo, o nocaute do judô, finaliza o combate no momento deste golpe. Derrubar o adversário, provocando sua queda de costas no chão.

[editar] Penalizações

Pontuação inversa. Valem pontos para o adversário.

  • 4º Shido = Hansokumake - equivale a um ippon.
  • 3º Shido - equivale a um wazari.
  • 2º Shido - equivale a um yuko.
  • 1º Shido - equivale a um koka.

[editar] Formas de cumprimento (rei-ho)

A prática do judô é regido pela cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: tati-rei ou ritsu-rei (quando em pé) e za-rei (posição de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia. Efetua-se as seguintes saudações:

Tati-rei ou ritsu-rei

Ao entrar no dojo bem como ao sair; Quando subir ao tatame para cumprimentar o professor ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá-lo.

Za-rei

Ao iniciar, bem como ao terminar o treinamento; Em casos especiais, por exemplo, antes e depois dos katas; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá-lo.

[editar] Técnicas

Na aplicação de waza (técnicas), tori é quem aplica a técnica e uke é aquele em que a técnica é aplicada. As técnicas do judô classificam-se em:

  • Nage-waza (técnicas de arremesso)
  • Tachi-waza (técnicas em pé)
  • Te-waza (técnicas de braço)
  • Koshi-waza (técnicas de quadril)
  • Ashi-waza (técnicas de perna)
  • Sutemi-waza (técnicas de sacrifício)
  • Mae-sutemi-waza (técnicas de sacrifício para trás)
  • Yoko-sutemi-waza (técnicas de sacrifício para o lado)
  • Katame-waza (técnicas de domínio no solo)
  • Osaekomi-waza ou osae-waza (técnicas de imobilização)
  • Shime-waza (técnicas de estrangulamento)
  • Kansetsu-waza (técnicas de luxação)

As técnicas de nage-waza são normalmente ensinadas em cinco fases, conhecidas por gokyo-no-waza. Essas fases começam pelas técnicas básicas, prosseguindo até as mais avançadas.

Gokyo-no-waza
Dai-ikyo
De-ashi-harai
Hiza-guruma
Sassae-tsurikomi-ashi
Uki-goshi
O-soto-gari
O-goshi
O-uchi-gari
Seoi-nage
Dai-nikyo
Kosoto-gari
Ko-uchi-gari
Koshi-guruma
Tsurikomi-goshi
Okuriashi-harai

Tai-otoshi
Harai-goshi
Uchimata
Dai-sankyo
Kosoto-gake
Tsuri-goshi
Yoko-otoshi
Ashi-guruma
Hane-goshi
Harai-tsurikomi-ashi
Tomoe-nage
Kata-guruma
Dai-yonkyo
Sumi-gaeshi
Tani-otoshi
Hane-makikomi

Sukui-nage
Utsuri-goshi
O-guruma
Soto-makikomi
Uki-otoshi
Dai-gokyo
O-soto-guruma
Uki-waza
Yoko-wakare
Yoko-guruma
Ushiro-goshi
Ura-nage
Sumi-otoshi
Yoko-gake


[editar] Aplicações das técnicas

Kuzushi

Refere-se às técnicas de desequilíbrio; a prática de judô baseia-se no equilíbrio, portanto é um estudo de grande importância já que através dele aplicamos todas as projeções. Para estudar as direções em que podemos desequilibrar, deve-se considerar o seguinte: O centro de gravidade do homem situa-se no baixo ventre. Sendo assim, quando a perpendicular traçada a partir do centro de gravidade até o solo cair fora do polígono de sustentação, encontra-se desequilibrado. Este desequilíbrio dá origem, nos praticantes, a oito direções designadas por happo-no-kuzushi; para frente; para trás; para direita; para esquerda e quatro oblíquas derivadas, assim como muitas outras. Assim quando o adversário se encontra em desequilíbrio para frente, temos de continuar o desequilíbrio, projetando-o para frente. Faremos para trás, quando se encontra em desequilíbrio para trás. Tendo em conta a advertência anterior e praticando com assiduidade e perseverança, progrediremos constantemente na prática deste desporto.

Tsukuri

É a relação entre a sua posição e a do adversário. É colocar o seu corpo na melhor posição para aplicar a projeção, enquanto continua a desequilibrar o adversário. Tentar fazer uma projeção antes de estabelecer um tsukuri correto é pura perda de energia.

Kake

É a aplicação da projeção, obedecendo a seqüência: kuzushi, tsukuri e finalmente kake. Vale ressatar que judô é usar a posição do adversário em benefício próprio e não projetá-lo por superioridade de peso ou força. Ao aplicar uma projeção, usa-se o corpo suavemente como uma só unidade. Todas as partes do corpo devem atuar em harmonia. Se bem que em cada projeção se dê maior ênfase à utilização de determinada parte do corpo, tal como mãos, quadris ou pés, em qualquer projeção é importante o movimento de todo o corpo. A parte do corpo a que se faz menção serve para orientar a projeção do adversário.

Alguns princípios para orientação

Deve-se manter o corpo relaxado, proporcionando maior flexibilidade e certa imprevisibilidade frente ao adversário. Para manter o equilíbrio flexiona-se os joelhos sem dobrar a cintura, demonstrando confiança. Na dúvida, faça um movimento rápido e decidido. Tentativas receosas são inúteis e representam perda de energia. Portanto estas três fases são muito importantes para execução perfeita das técnicas. Elas podem ser observadas no nage-no-kata (formas convencionais de projeção).

[editar] Técnicas de domínio no solo (katame-waza)

Também chamadas de ne-waza, são um grupo composto que incluem técnicas de imobilizações (osaekomi-waza), técnicas de estrangulamentos (shime-waza) e técnicas de articulação (kansetsu-waza). As técnicas de arremesso e as técnicas de domínio no solo são inseparáveis, ambas trabalham juntas auxiliando uma a outra para decidir uma vitória ou uma derrota, sendo katame-waza as seqüências de um arremesso, assim as técnicas de nage-waza possuem um grande poder. A melhor e mais correta ordem a seguir no aprendizado das técnicas de domínio no solo é começar com as imobilizações, seguindo com os estrangulamentos e terminando com as técnicas de articulações. Esforce-se primeiramente no conhecimento das técnicas de imobilização até que os movimentos principais façam parte da reação natural do seu corpo. Esta é a maneira mais eficaz e o caminho mais rápido para progredir nas técnicas de domínio no solo. Desenvolva o seu corpo forte e flexível e um espírito de perseverança.

[editar] Técnicas de amortecimento de quedas (ukemi-no-waza)

O equilíbrio é a lei primordial que rege o judô. Assim quando se perde o equilíbrio sujeita-se a quedas. E, como é natural, se não soubermos amortecer o contato do nosso corpo com o solo, estamos sujeitos a nos machucar. Para evitar isso existe o que chamamos ukemi-no-waza. Saber cair é a base indiscutível das projeções. É necessário um treino metódico e perseverante, para vencer o medo da queda. Essa superação nos permite progredir nos conhecimentos do judô. Assim teremos um espírito aberto para ataque e defesa, aplicando os movimentos com rapidez e precisão. As direções fundamentais para ukemi são:

  • Ushiro-ukemi – queda para trás;
  • Mae-ukemi – queda para frente;
  • Yoko-ukemi – queda para o lado;
  • Tati-zempo-kaitem-ukemi – rolamento.

[editar] Postura (shisei)

Shisei é a posição base para todos os movimentos. Por isso um shisei correto facilita a rapidez e a precisão na aplicação das técnicas. Deve-se adotar sempre o shisei para que a todo o momento seja possível uma pronta mudança de posição. O peso do corpo é igualmente distribuído por ambos os pés, sobretudo sobre a ponta dos dedos. São as seguintes posições:

  • Shizen-hontai – posição natural;
  • Migi-shizentai – posição natural à direita;
  • Hidari-shizentai – posição natural à esquerda;
  • Jigo-hontai – posição de defesa;
  • Migi-jigotai – posição de defesa à direita;
  • Hidari-jigotai – posição de defesa à esquerda.

[editar] Técnicas de pegada (kumi-kata)

Para uma eficiente aplicação das técnicas, o judoca deverá procurar a posição adequada, normal ou momentânea, de acordo com o transcorrer da luta, podendo ser natural ou autodefesa.

  • Migi ou hidari-shizentai – posição natural à direita ou esquerda: mão direita na lapela esquerda do oponente e mão esquerda na manga direita do oponente. Para posição natural à esquerda, basta inverter a posição.
  • Migi ou hidari-jigotai – posição de autodefesa à direita ou esquerda: passa-se a mão direita por baixo do braço esquerdo do oponente e coloca-se nas costas dele, e com a mão esquerda agarra-se a manga direita do oponente puxando o braço dele sob a sua axila esquerda. Para posição de autodefesa à esquerda é só inverter a posição.

[editar] Técnicas de movimentação sobre o tatame (shintai)

São as formas corretas de deslocamento sobre o tatame, salientando os seguintes detalhes: andar descontraidamente, mantendo os joelhos e tornozelos flexíveis, sem cruzar os pés. Deslocar-se em todas as direções deslizando os pés, fazendo o contato com o solo com a borda externa da planta dos pés, calcanhares ligeiramente levantados. Acompanhar os passos de seu oponente, se este empurra você recua, se puxa avança. Se o adversário o puxa, não resista mova-se com ele. Do mesmo modo não resista quando empurrado, se resistir o seu corpo torna-se rígido e perde facilmente o equilíbrio. Movendo-se no mesmo sentido do adversário é-lhe mais fácil controlar o corpo dele e desequilibrá-lo.

[editar] Técnicas de esquiva (tai-sabaki)

Para uma eficiente defesa contra as técnicas do adversário, deve-se mover o corpo com a máxima leveza, mantendo-se uma constante posição de equilíbrio. É importante lembrar que um trabalho de pés rápido, mas em perfeita estabilidade, é a base de todos os movimentos do corpo, podemos citar alguns movimentos:

  • Migi-mae-sabaki – esquiva à direita para frente;
  • 'Migi-mae-nawari-sabaki – esquiva rodando à direita para frente;
  • Hidari-ushiro-sabaki – esquiva à esquerda para trás;
  • Hidari-ushiro-nawari-sabaki – esquiva rodando à esquerda para trás.

[editar] Exercícios básicos

No judô cada professor pode estabelecer o seu sistema de exercício, o plano geral de treinamento é o seguinte:

Taiso

Exercício de aquecimento, visa aquecer e tornar o corpo mais flexível, desenvolvendo também a musculatura.

Ukemi-no-waza

Técnicas de amortecimento de queda.

Uchikomi

Repetição de técnicas para treinar a rapidez dos movimentos e suas corretas aplicações.

Randori

Treino livre, tambem conhecido como "combate", pelo qual a aplicação das técnicas é praticada contra um parceiro, atacando e defendendo.

Shiai

Na preparação para se participar de uma competição são necessárias tanto à destreza mental como a física. As técnicas já dominadas no randori têm agora oportunidade de serem executadas a fundo sob um determinado conjunto de regras.

[editar] Kata

É um conjunto de técnicas fundamentais, um método de estudo especial, para transmitir a técnica, o espírito e a finalidade do judô. O mestre Jigoro Kano dizia: "Os katas são a ética do judô, sem o qual é impossível compreender o alcance." Kata oferece ao randori as razões fundamentais de cada técnica. Existem no judô os seguintes katas:

  • Nage-no-kata: formas fundamentais de projeção.
  • Katame-no-kata: formas fundamentais de domínio no solo.
  • Kime-no-kata: formas fundamentais de combate real.
  • Ju-no-kata: formas de agilidade aplicadas em ataque e defesa, utilizando a energia de forma mais eficiente.
  • Koshiki-no-kata: formas antigas é o kata da antiga escola do Jiu-Jitsu. Executava-se antigamente com armadura de samurai.
  • Itsutsu-no-kata: são cinco formas de técnicas. Expressão teórica do judô baseado na natureza.
  • Seiryoku-zenko-kokumin-taiiku-no-kata: é uma forma de educação física, baseada sobre o princípio da máxima eficácia, visa o treino completo do corpo.
  • Goshin-jutsu-no-kata: técnicas de autodefesa.

[editar] Nage-no-kata

É o primeiro kata do judô; compõe-se de quinze projeções divididas em cinco grupos de técnicas:

Nage-no-kata
Te-waza
Uki-otoshi
Ippon-seoi-nage
Kata-guruma
Koshi-waza
Uki-goshi
Harai-goshi
Tsurikomi-goshi
Ashi-waza
Okuriashi-harai

Sasae-tsurikomi-ashi
Uchimata
Ma-sutemi-waza
Tomoe-nage
Ura-nage
Sumi-gaeshi
Yoko-sutemi-waza
Yoko-gake
Yoko-guruma
Uki-waza

Os dois judocas executam com extrema seriedade, concentração mental é muito importante. Inicialmente cumprimentam o joseki ou shomen (lugar de honra, mesa central) na posição de tati-rei, voltando em seguida um para o outro para se saudarem mutuamente em za-rei, levantam-se e avançam um passo iniciando com o pé esquerdo.

Em seguida partindo em ayumi-ashi avançam um para o outro e inicia-se o kata. Todas as projeções são feitas para o lado direito e esquerdo do uke. Voltado para o shomen, o tori fica à esquerda e o uke à direita.

Normalmente em sutemi-waza, o uke se levanta por zempo-kaitem-ukemi, exceto no ura-nage e yoko-gake.

[editar] Atitudes no dojo

Nunca se deve esquecer que o dojo é um lugar tanto de cultura espiritual como de treino técnico. Deve-se cumprimentar ao chegar e ao sair, respeitando-se cuidadosamente as regras de cortesia e as regras particulares do dojo.

Esforça-se em quaisquer circunstâncias para ajudar os seus colegas e nunca ser para eles uma causa de incômodo ou se desagrado;

Respeitar as faixas superiores e aceitar os seus conselhos sem discutí-los. Por outro lado, as faixas superiores devem ajudar a progressão daqueles que estão iniciando com solicitude e cordialidade;

Quando não se treina, deve se guardar uma postura correta, sentado com as pernas cruzadas ou de joelhos, nunca ficar em posição negligente, mesmo que esteja cansado;

Nunca tirar o judogi quando estiver no dojo, ir ao vestiário, salvo com autorização do professor;

Deve-se ter cuidado constante com a correção da sua aparência pessoal, limpeza corporal (unhas, cabelos e barba convenientemente aparados) e do judogi boa disposição deste que deve ser reajustado todas as vezes que forem necessários. Nada deve ser usado sobre o judogi, salvo autorização do professor;

Deve-se respeitar o horário exato dos treinos, salvo autorização do professor, não se deve deixar o dojo antes do término da aula;

Estando no dojo sem poder praticar, deve-se subir ao tatame e cumprimentar o professor, prestar atenção ao que acontece na aula e tirar proveito dos ensinamentos;

Pedir licença ao professor quando tiver que se ausentar do tatame para atender alguém ou ir ao sanitário;

Ao deixar o dojo procure verificar se deixou tudo em ordem;

Deve-se ficar quieto e se tiver que falar, somente sobre a prática, em voz baixa.

Obs.: deve-se entender como professor, não somente o professor titular, mas também seus assistentes encarregados da aula do dia.

[editar] Ideologias

  • Quem teme perder já está vencido.
  • Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo humildade.
  • Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
  • Nunca te orgulhes de haver vencido a um adversário, ao que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
  • O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
  • Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.
  • O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.
  • Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.
  • Praticar judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

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