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Mato Grosso do Sul - Wikipédia

Mato Grosso do Sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mato Grosso do Sul
Brasão de Mato Grosso do Sul
Bandeira de Mato Grosso do Sul
Brasão Bandeira
Hino
Localização
Localização de Mato Grosso do Sul
Região Centro-Oeste
Capital Campo Grande
Estados limítrofes GO, MG, MT, PR e SP
Mesorregiões 4
Microrregiões 11
Municípios 78
Características geográficas
Área 358.158,7 km²
População 2.297.981 hab. IBGE/2006
Densidade 6,42 hab./km²
Clima subtropical no extremo sul;
tropical de altitude no centro e leste;
tropical no norte e oeste
 Cfa, Cwa, Aw
Indicadores
Analfabetismo 9,5% IBGE/2004
Mortalidade infantil 19,2‰ IBGE/2005
Expectativa de vida 73,2 anos IBGE/2005
Índice Gini 0,531 IBGE/2004
IDH 0,778médio PNUD/2000
PIB R$ 19.953.529.000,00 IBGE/2004
PIB per capita R$ 8.945,00 IBGE/2004
Outros
Gentílico sul-mato-grossense e mato-grossense-do-sul
Sigla BR-MS

Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no sul da região Centro-Oeste e tem como limites Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso a norte, Paraná sul, São Paulo a sudeste, Paraguai a leste e sul e a Bolívia a noroeste. Ocupa uma superfície de 358.159 km2, ligeiramente maior que a Alemanha. Sua capital é a cidade de Campo Grande. Tem como bebida típica o tereré (semelhante ao chimarrão, porém frio), tomado nos encontros entre amigos e familiares.

O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 1977. Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, se estendeu mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação.

Índice

[editar] Origem

Ver artigo principal: História de Mato Grosso do Sul.
  • 1830- Começou de fato o povoamento das terras que hoje constituem a atual Mato Grosso do Sul.
  • 1839- O capitão-tenente Augusto Leverge, cônsul geral do Brasil, foi nomeado com o intuito de estabelecer boas relações como Paraguai, porém este só aceitou em 1843.
  • 1844- O Brasil e o Paraguai iniciaram conversações sobre a navegação do Rio Paraguai, mas essa tentativa fracassou, uma vez que o Brasil não definiu os limites. Agora a Bolívia e o Paraguai reivindicaram as terras por brasileiros. Assim medidas foram tomadas a fim de evitar qualquer movimentação que viesse a ameaçar o território.
  • 1850-Aconteceu a solenidade de fundação do forte no sopé do morro chamado Pão de Açúcar. Também neste ano Carlos Antônio Lopez cercou e abriu fogo contra essa mesma construção, obrigando os soldados do tenente Francisco se retirarem. Os índios guaicurus que viviam ali perto e que eram inimigos dos paraguaios, tentavam socorrer o tenente, porém tudo já havia sido destruído. Revoltados, subiram o Rio Paraguai e atacaram o Forte Olimpo.
  • 1856- Em seis de abril deste ano, Brasil e Paraguai puseram termo aos desentendimentos, dilatando assim a questão por seis anos.
  • 1858- Rio Branco (a missão do Rio Branco) foi a Assunção firmar uma convenção que liberava a navegação dos rios Paraguai e Paraná para os navios de guerra do Paraguai e do Brasil, porém a questão dos limites foi adiada. Estes foram os últimos entendimentos, pois seis anos depois Carlos Antônio Lopez, Solano, seu filho,executariam a invasão das terras disputadas.
  • 1862-O Uruguai envolveu-se na revolução armada dos colorados contra ao poder em mãos dos brancos que apelou para Lopez, fazendo sua diplomacia mostrar ao presidente paraguaio, que disputava limites com o Brasil. Assim os diplomatas brancos diziam a Lopez que o Brasil invadiria o Uruguai para estender as fronteiras até o Rio Negro e a Argentina para incorporar o restante do pequeno país oriental ao seu território, seu ideal era conquistar a América do Sul, como Napoleão tornou-se um monarca poderoso do velho mundo. A mando do ditador, um oficial do seu exército chegou a Corumbá em fins do ano de 1863, um estrategista de alto gabarito disfarçado de fazendeiro com grande interesse em conhecer os campos do sul e suas fazendas de gado.
  • 1864- O sul de Mato Grosso, na colônia de Dourados é invadido pelo próprio espião Isidoro Resquim com uma numerosa guarnição sem obter sucesso sob o comando de Antônio João. Durante a guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se uniu a Argentina e ao Uruguai pára combater o Paraguai, o local foi uma das principais batalhas.
  • 1870- Após a guerra o comércio internacional foi fator predominante para a ocupação da fronteira oeste brasileira.
  • 1870- Terminava a guerra em 1° de março.
  • No dia 23 de novembro de 1891 Marechal Deodoro da Fonseca renunciou tomando posse Marechal Floriano Peixoto.
  • Em 1924 o Banco do Brasil instalava sua 14ª agência aberta no Brasil.
  • A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, considerada um sinônimo de desbravamento da região oeste brasileira, foi responsável pela ruptura de Corumbá com os principais centros comerciais da Bacia do Prata em especial Buenos Aires e Montevidéu. Na época de 1930, na cidade, funcionavam 25 bancos internacionais e a libra esterlina era moeda corrente.
  • Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a região sul aderiu ao movimento, sob a condição de que em caso de vitória obteria a divisão.
  • É criado o Território de Ponta Porã em 13 de setembro de 1943 pelo governo de Getúlio Vargas e extinto em 18 de setembro de 1946 pela Constituição de 1946. Seu governador durante os três anos de existência foi o militar Ramiro Noronha.
  • 1974- O governo federal com base na lei complementar nº 20, estabeleceu a legislação básica para a criação dos estados e territórios reascendendo assim a campanha pela autonomia.
  • Em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei Complementar 31, que criava o território de Mato Grosso do Sul, em área desmembrada do estado de Mato Grosso.
  • 1979- Em 1º de janeiro, Mato Grosso do Sul torna-se oficialmente estado (lei sancionada por Ernesto Geisel) com a posse do governador nomeado, engenheiro gaúcho Harry Amorim da Costa, servidor público do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), autarquia federal hoje extinta.
  • 1982- Primeira eleição direta do estado.
  • 1986- A estrada que liga Campo Grande á Corumbá foi finalmente asfaltada.

[editar] Etnias

Cor/Raça Porcentagem
Brancos 46%
Negros 4%
Pardos 47%


Ninguém deixa sua terra natal, seus amigos, parentes, seus antepassados, para se aventurar por terras longínquas, estranhas em seus costumes, sua língua, suas tradições e culturas, se não tiver um motivo tão grande quanto a vontade de sobreviver, de deixar seu sofrimento para trás, ir em busca da felicidade.Foram em sua grande maioria, as guerras sangrentas avassaladoras, que os obrigaram a deixar seus países arrasados, para buscar o sonho guardado na alma de cada imigrante.

Á pouco tempo, o Brasil havia abolido a escravidão negra, então as necessidades de mão-de-obra nos campos e nas cidades eram uma questão de emergência, e o interesse em receber imigrantes por parte do governo brasileiro veio a solucionar uma questão que já estava se tornando agravante para o País. Mediação da colônia de Terenos.

Imigração alemã

Em 1.924 a Europa, principalmente a Alemanha, vivia as conseqüências da 1ª Guerra Mundial. Propaganda de fartura e vida melhor era exibida em filmes sobre o sucesso das colônias européias no Sul do País, através de uma Companhia de Colonização Alemã a "Hacker". Esta Companhia providenciou a vinda de um grupo de Alemães, Búlgaros, Poloneses, Russos, Austríacos e Romenos, para estabelecerem na Colônia de Terenos, um núcleo agrícola próximo de Campo Grande, demarcado para receber os novos colonizadores. A Companhia de colonização fracassou e a Prefeitura de Campo Grande se responsabilizou pela total assistência aos colonos imigrantes; fornecia alimentos, material agrícola, sementes, remédios, utensílios domésticos, inclusive o transporte das bagagens das famílias, vindas pela ferrovia. O então Prefeito de Campo Grande, Dr. Vespasiano Barbosa Martins não poupou esforços para que a Colônia progredisse, mas os Colonos acostumados com o trabalho mecanizado nas lavouras da Europa, não se adaptaram ao trabalho dura da enxada, e deixaram esta Colônia voltando alguns para a Europa, outros indo se estabelecer no Sul do País.

Imigração espanhola

Nas primeiras décadas do século XX, os Espanhóis chegaram à Campo Grande: Os Cubel, os Vasques, os Gomes, Sobral, Pettengil, Caminha e outros. Na década de 20, Francisco Cubel Pastor chega a Campo Grande com esposa e filhos, e funda a Padaria Hodierna Espanhola, e os bisnetos dos imigrantes que aqui vieram, hoje atuam nos mais variados ramos das atividades sociais, políticas e comerciais da cidade.

Imigração italiana

Bernardo Franco Baís foi o primeiro Italiano que chegou a Campo Grande e aqui constituiu uma grande família que contribui até hoje para o desenvolvimento político, econômico e social de Campo Grande. Depois, influenciado por ele, vários outros imigrantes aportaram no Sul de Mato Grosso em busca de novas terras, como é o caso de Francisco Giordano que em 1912 junto com sua família fixou-se nesta cidade.

Muitos outros italianos deram grande parcela de contribuição para a cidade, entre eles: Lacava, Antonio Mandetta, Molitemo, Menotti Panutti, Carmelo Interlando, Leteniello, Bacchi Bertoni, Camilo, Cândia, Dissoli, Espósito, Fragelli, Laburu, Matioli, Maymone, Mayolino, Metello, Oliva, Muzzi, Pache, Oliva, Simioli, Tognini, Trivelato, Trombini, Zardo, e vários outros. Todos fizeram e fazem nossa história.

Imigração japonesa

A crise que abalou o Japão com suas guerras, desempregos e superpopulação, fez com que criassem a Companhia Imperial de Imigração, e através dela no dia 18 de Junho de 1908, o navio chamado Kassato Maru, chegou ao porto de Santos, trazendo 781 imigrantes, sendo que 26 famílias viriam para Mato Grosso, informados de suas terras férteis, pouco exploradas, e de clima agradável.

A notícia da necessidade de mão-de-obra para a construção da Ferrovia no Estado de Mato Grosso, com remuneração muito boa na época, exaltou os ânimos daqueles imigrantes que se desiludiram nas fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais, e partiram com destino ao Sul de Mato Grosso. Em 1909 um grupo de 75 imigrantes, a maioria de Okinawa partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia. Vieram pelo Sul até o estuário do Rio da Prata, percorreram parte do território Argentino até o Rio Paraguai, seguindo seu curso até seu destino em Porto Esperança, na base das obras da ferrovia, já em Mato Grosso. Outros vieram pelo Peru, também informados pelos serviços da Ferrovia Noroeste do Brasil.

Aqui as dificuldades também eram desanimadoras, mosquitos, febre amarela, ataque dos índios, com a morte de muitos imigrantes, obrigando alguns a desistirem do trabalho na construção da ferrovia. Com o final da construção da Ferrovia Noroeste do Brasil entre 1914 e 1915, muitos Japoneses se fixaram em Campo Grande. As condições para aqui se estabelecerem eram tentadoras, pela oferta de lotes a preços baixo, com a condição de neles se construir. Como havia deficiência na produção de hortifrutigranjeiros na região, e os preços dos alimentos eram exorbitantes, um grupo de sete famílias, formaram um núcleo de colonização que se chamou Mata do Segredo, e foram estes pioneiros que impulsionaram o surgimento de outros núcleos de Japoneses na região.

A venda de frutas e verduras ainda hoje se concentra nas mãos dos japoneses no Mercado Municipal e na Feira Central com quase 80 anos de existência, e transformando-se também, em ponto turístico da cidade, com suas barracas estilizadas, do sobá, yakisoba e ao espetinho de carne. Gerações de nisseis escolheram profissões liberais como, a medicina, odontologia, engenharia, política, ou comércio, dando continuidade ao crescimento econômico e cultural de Campo Grande.

Imigração paraguaia

A instabilidade que sempre existiu no Paraguai desde a sua independência, obrigando o País a passar por várias guerras, golpes e ditaduras militares, fez com que milhares de Paraguaios deixassem seu País em busca de tranqüilidade e sustento para suas famílias. Devido à grande extensão fronteiriçade Mato Grosso do Sul com este País, e a facilidade em suas fronteiras, ajudou que muitos imigrassem, e continuaram a imigrar para nosso Estado.Em Campo Grande a maior colônia de imigrantes é a Paraguaia, exercendo sua influência em todas as atividades econômicas, sociais, políticas e culturais.

O primeiro núcleo de paraguaios se deu onde se localiza hoje a Vila Carvalho, com registro da chegada da família de Eugênio Escobar em 1905. A Vila Popular também é formada em sua maioria por Paraguaios que aqui chegaram em 1959, e ali se estabeleceram próximo ao frigorífico, na época o FRIMA, que os empregavam por serem especialista na lida com o gado, principalmente na charqueada, sendo que outras vilas agrupam grande quantidade de Paraguaios. Introduziram-se nas mais variadas atividades do comércio, colocando em prática seus conhecimentos adquiridos no seu País, uns trabalhando com o couro nas selarias e sapatarias; outros como barbeiros, donos de bares, restaurantes e lanchonetes. Alguns, filhos de imigrantes são hoje, advogados, médicos, políticos, dando sua contribuição ao desenvolvimento de Campo Grande.

A influência cultural paraguaia tornou-se a mais marcante no cotidiano do Campo-grandense, com as rodas de tereré (erva-mate com água fria), a polca paraguaia aguarônia e o chamamé, a festa de Nossa Senhora de Caacupê com missas, terços, muita comida e danças. Na alimentação, a "chipa" e a "sopa paraguaia" fazem parte do cardápio Campo-grandense. O uso de ervas medicinais exerce uma influência significante do costume paraguaio, onde se depara em cada esquina do centro da cidade, com um vendedor de ervas chamado "raizeiro". Temos também em Campo Grande, graças a um imigrante Paraguaio, o Hospital Adventista do Pênfigo, que trata, entre outras, da doença do "fogo selvagem", que foi fundado pelo Pastor Alfredo Barbosa, nos anos 50, curou muitos doentes, graças ao emprego de uma fórmula fornecida por um homem vindo do Paraguai, de nome Jamar. Hoje o atendimento é feito à pessoas do mundo todo, e é um orgulho para nossa gente.

Imigração portuguesa

Em 1913 chega a Campo Grande Antonio Secco Thomé com seus filhos Manoel e Joaquim Maria Secco Thomé. Especialistas na arte da Marcenaria e Carpintaria, logo conseguiu trabalho, e em seguida abriram seu próprio negócio.Com o passar dos anos abriram a Firma Thomé S. Irmãos, a mais importante do Município, responsáveis por obras importantíssimas para a cidade e vários Municípios do Estado de Mato Grosso.

Outros Portugueses aqui se estabeleceram e deram sua participação no desenvolvimento da cidade: Os Oliveira, Cação, Figueira, Figueiredo, Pereira, Fonseca, Pedrosa, Duarte, Gonçalves, Cardoso, Mateus, Marques, e muitos outros.

Imigração sirio-libanesa

A partir de 1912, fugindo das guerras sangrentas que assolavam o Oriente; Sírios, Libaneses, Turcos e Armênios, chegavam ao Porto de Santos. De Santos partiram para Porto de Corumbá, que era o portal de entrada para o Centro Oeste, e o pólo comercial de Mato Grosso. Alguns seguiram para Campo Grande, em lombos de burros e carretas puxados por juntas de bois outros através da estrada de ferro Noroeste do Brasil, chegaram cheios de esperança e dispostos ao trabalho, na próspera Vila de Campo Grande. No início, mascateavam pelo interior do Estado levando suas mercadorias, ao mais distante vilarejo ou fazendas. O mascate virou comerciante, e na rua 14 de Julho, Av. Calógeras e rua 26 de Agosto começaram a montar suas lojas, fartas de mercadorias das mais variadas categorias.Amim Scafe foi o primeiro comerciante Árabe que chegou a Campo Grande em 1894. A partir daí, outros foram chegando e instalando suas lojas comerciais, sendo eles: Salomão e Felipe Saad, Moisés Maluf e Marão Abalem, Moisés Sadalla, Salim Maluf, Felix Abdalla, Eduardo Contar, João Siufi, Chaia Jacob, Aikel Mansour, Abrão Julio Rahe, Elias Baixa, entre outros. Continuaram contribuindo para o crescimento de Campo Grande de geração em geração, atuando nas mais variadas atividades comerciais, liberais e políticos da capital de Mato Grosso do Sul.

[editar] Geografia

Relevo

O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná. Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600m.

O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui a projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região Sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400m a 1.000m de altitude. A baixada do rio Paraguai domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias.

Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto brasileiro, a leste, da cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá.

Clima

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 26o C na baixada do Paraguai e 23o C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima tropical de altitude, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20o C, com queda abaixo de 18o C no mês mais frio do ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm.

Vegetação

Os cerrados recobrem a maior parte do estado. Na planície aluvial do Pantanal surge o chamado complexo do Pantanal, revestimento vegetal em que se combinam cerrados e campos, com predominância da vegetação de campos. Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo Grande.

Hidrografia

O território estadual é drenado pelos sistemas dos rios Paraná (principais afluentes: Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinheima), a leste, e Paraguai (principal afluente: Miranda), a oeste. Pelo Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada produzem-se anualmente inundações de longa duração.

A linha da divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios.

[editar] Economia

A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Agropecuária

A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho bovino, e os suínos assumem importância nas áreas agrícolas. No pantanal, a oeste, estão as melhores pastagens do estado.

Energia e mineração

A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por vinte por cento desse consumo.

O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário.

Indústria

A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério de Urucum

Transporte e comércio

O estado é servido por uma única linha ferroviária, que corta o Mato Grosso do Sul, da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, até Santa Cruz, na Bolívia. A mesma linha serve as cidades de Campo Grande, Aquidauana e Corumbá, com um ramal em direção a Ponta Porã.

O principal eixo rodoviário é o que liga Campo Grande a Porto Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos SP. O sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é o de Corumbá, ao qual seguem-se os de Ladário, Porto Esperança e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai.

Turismo

O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.

Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
Ano PIB (R$) PIB per capta (R$)
1999 10.901.030.000,00 5.280,00
2000 11.861.168.000,00 5.656,00
2001 13.736.055.000,00 6.449,00
2002 15.342.782.000,00 7.092,00
2003 18.969.505.000,00 8.634,00
2004 19.953.529.000,00 8.945,00

[editar] Demografia

Vista parcial da capital do estado, Campo grande
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Vista parcial da capital do estado, Campo grande

As migrações de contingentes oriundos dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo foram fundamentais para o povoamento do Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. Essa área era a mais povoada do antigo estado do Mato Grosso, com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com topografia regular.

Ao ser constituído, no final da década de 1970, o estado contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado. Alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado, em contraste com o norte (atual Mato Grosso), praticamente vazio. Vivem no estado vários grupos indígenas. Antes do desmembramento Campo Grande já era considerada a maior cidade do estado de Mato Grosso(atualmente Mato Grosso do Sul) e a cidade continua sendo a maior cidade e mais importante do Mato Grosso do Sul.

A capital é Campo Grande com 765 247 habitantes (julho de 2006). As demais cidades importantes são:

Três Lagoas vista do espaço.
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Três Lagoas vista do espaço.
Crescimento populacional
1940 238.640
1950 309.395
1960 579.652
1970 980.560
1980 1.369.769
1991 1.780.373
1996 1.927.834
2000 2.078.001
2005 2.264.468
2006 2.297.981
Migração para MS (est. 2000)
Região/estado Nº de migrantes masculinos Nº de migrantes femininos Total geral
Nordeste 57.519 51.278 108.797
Norte 3.705 4.680 8.385
Sudeste 129.781 126.479 256.260
Sul 82.343 81.669 164.012
Mato Grosso 11.167 12.837 24.004
Goiás 5.821 6.012 11.833
Distrito Federal 596 563 1.159
Exterior 87.722 36.744 124.466
Cor e raça (est. 2004)
Brancos 46,9 %
Negros 4,2 %
Pardos 47,2 %
Amarelos 1,7 %

[editar] Filhos ilustres

Administração comercial
Artes plásticas
Artes cênicas
Ciências políticas
Esportes
Literatura
Música

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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Públicas
UEMS | UFGD | UFMS
Privadas
UNIGRAN | UNAES | UCDB | UNIDERP
Estado do Mato Grosso do Sul, Centro-Oeste
Geografia, Política, Cultura, Esportes
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