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Gino Amleto Meneghetti - Wikipédia

Gino Amleto Meneghetti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Meneghetti e seus disfarces, ao ser preso pela polícia paulistana em 1926
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Meneghetti e seus disfarces, ao ser preso pela polícia paulistana em 1926

Gino Amleto Meneghetti (Pisa, 1 de julho de 1878São Paulo, 25 de maio de 1976) foi um criminoso italiano radicado no Brasil, onde ganhou fama ao ter seus feitos noticiados pela imprensa - de forma muitas vezes sensacionalista - chegando ao ponto de ser taxado pelos jornais de "o bom ladrão" e "o maior gatuno da América Latina".

Índice

[editar] Biografia

Fugindo da polícia italiana, Meneghetti vai parar na França, onde permanece por quase dez anos. Capturado pelas autoridades francesas, é deportado para o Brasil (tratamento comum aos criminosos na época), e desembarca no Porto de Santos em 25 de junho de 1913 a bordo do navio italiano "Tomaso di Savoia". Aos 35 anos de idade e com um histórico criminal já bastante extenso - inclusive fichado na Interpol - sua chegada foi precedida de um dossiê da polícia italiana enviado às autoridades brasileiras que o definia como "un pericoloso pregiudicato condannato numerose volte per reati alla proprietá e per oltraggio e violenza agli agenti della forza publica" ("um elemento perigoso, condenado numerosas vezes por crime contra a propriedade e por violência contra agentes da força pública").

Nesse meio tempo Meneghetti - então morando com uma tia em São Paulo - conhece Concetta Tovani, com quem se casaria e teria dois filhos. Passou a trabalhar como pedreiro, mas perdeu o emprego pouco depois ao brigar com o mestre-de-obras e atirar-lhe um balde de cal na cara. Foi a partir de então que ele passou a se dedicar com mais afinco a outro tipo de profissão: a de assaltante.

Seu primeiro furto de relevo foi contra a Casa Sarli, tradicional loja de armas importadas. Adentrando o porão do estabelecimento Meneghetti conseguiu, depois de muito esforço, arrombar o assoalho e entrar no depósito. Carregou consigo os armamentos de preço e qualidade mais elevados. A polícia, ao ficar sabendo mais tarde do comércio ilegal de armas estrangeiras, não tardou a chegar ao autor do roubo.

[editar] Surgimento de uma lenda

Meneghetti é detido em 1914. Condenado a 8 anos, é mandado para a Cadeia da Luz. Considerado preso de conduta incorrigível, torna-se vítima frequente dos castigos regulamentares - e é numa dessas ocasiões, confinado na solitária (então um poço redondo e isolado), que empreende a primeira de uma série de fugas espetaculares. Escalando as paredes do poço, força a cobertura de ferro até ela ceder, escapando, nu e faminto, pelas ruas de São Paulo.

Passa os anos seguintes perambulando pelo sul do Brasil. Se estabelece como comerciante em Curitiba, passa por Porto Alegre e Florianópolis e cruza a fronteira, empreendendo roubos em Montevidéu e Buenos Aires. Perseguido pela polícia, volta ao Rio Grande do Sul, onde, em 24 de julho de 1924, se apresenta às autoridades para tirar uma carteira de identidade com nome falso. Além de sair de documento novo, ainda arranja com a polícia um atestado de boa conduta.

Decide voltar ao sudeste. Em sua passagem por Juiz de Fora leva, entre dinheiro e jóias, a quantia de 20 contos de réis, valor extremamente alto na época. É apanhado no Rio de Janeiro, mas fingindo-se de louco, é internado no Hospital dos Alienados, na Praia Vermelha. Consegue fugir, voltando a São Paulo sob o nome de Menotti Menichetti. Vai morar no Bixiga com a mulher e os dois filhos, imaginado que ali estaria a salvo do assédio da polícia.

Já então vivia intensamente a vida de gatuno, assaltando casas comerciais e residenciais, arrombando cofres e roubando jóias - sempre das luxuosas mansões das avenidas Brigadeiro Luis Antônio, Angélica e Paulista. Se torna um fenômeno na imprensa, que lhe apelida de "gato dos telhados", devido a sua facilidade de se locomover pelo teto das casas para fugir dos cercos das autoridades. Mas a notoriedade neste caso veio na contra-mão para Meneghetti: a polícia, pressionada pela cobertura dos jornais e a conseqüente repercussão entre o público, decide a qualquer custo apanhar o bandido que só roubava dos ricos.

[editar] "Il Nerone di San Paolo!"

Empreendeu-se então uma frenética busca ao meliante. Sem pistas, a polícia não via solução para os crimes até que, por obra do acaso, chegou a um suspeito. Em meados de junho de 1926 uma mulher procurou a delegacia para prestar queixa contra um vizinho que havia espancado brutalmente o filho; entretanto, o caso só ganha atenção quando ela menciona que seu filho entrara na casa do agressor e vira lá baús repletos de jóias. Estava identificado o autor dos numerosos assaltos em São Paulo.

Pouco depois arma-se para detê-lo um dos maiores esquemas policias de que a cidade tivera notícia até então. O cerco foi armado - mobilizando diversos elementos do Corpo de Bombeiros, da Força Pública e da Guarda Civil - e uma armadilha preparada na casa onde estavam os filhos de Meneghetti. Segundo a crônica policial da época, o bandido, acuado, efetua vários disparos e mata o comissário Valdemar Dória. Foge para o telhado, e de lá grita para os policiais e para a multidão reunida na rua: "Io sono Meneghetti! Il Cesare! Il Nerone di San Paolo!" ("Eu sou Meneghetti! O César! O Nero de São Paulo!")

Depois de passar a tarde e a noite pulando de telhado em telhado na vizinhança da rua dos Gusmões, é preso na casa de número 25 da rua dos Andradas. Obrigado a revelar seu endereço secreto, vê os vários baús cheios de jóias e seus diversos equipamentos usados nas incursões noturnas serem apreendidos pela polícia. Meneghetti é condenado a 43 anos, dois meses e 10 dias de cadeia, pena mais tarde comutada para 25 anos.

[editar] Sucessão de prisões

Como punição pela morte do comissário Valdemar Dória, Meneghetti passa 18 anos dentro de uma cela blindada (um "cubículo sujo, fétido e sem ventilação", segundo reportagens da época) na presídio do Carandiru. É solto em 17 de janeiro de 1945, mas passa apenas 60 dias em liberdade. Daí em diante sua vida se torna uma sucessão de prisões e fugas: ainda em 1945 é preso por tentativa de homicídio, passando sete anos na cadeia. Sai em 1952. Dois anos depois, em março de 1954, tenta assaltar uma casa na Vila Mariana. Preso, passa mais três anos atrás das grades, sendo libertado em 15 de outubro de 1959. Em 3 de março de 1960 ganha do governo uma banca de jornais na esquina da rua Amador Bueno com a avenida Ipiranga.

[editar] Fim de carreira

Nos quatro anos seguintes foi preso mais duas ou três vezes, como na noite de 22 de setembro de 1964, quando é apanhado carregando jóias avaliadas em torno de 150 mil cruzeiros. É libertado a 23 de dezembro de 1966, aos 78 anos de idade, e vai morar com os filhos no bairro de Vila Guarani. É surpreendido pela polícia novamente em fevereiro de 1968 tentando roubar uma casa. Foge pelo telhado, mas a sorte então já não era mais a mesma; num dos saltos quebra as telhas, cai no banheiro de uma casa e é apanhado. Permanece um ano preso, mas não resiste e tenta um novo golpe. É detido novamente. Já resignado de sua condição, declara ao delegado: "Não é possível ser um bom ladrão sem ter os ouvidos em bom funcionamento. Acho que terei de me aposentar."

No começo da década de 70 Meneghetti volta a ter destaque na imprensa. Desta vez transformado em um charmoso anti-herói, ele passa a ser tratado como o símbolo romantizado de um ladrão original, solitário e diferente dos demais.

Em outubro de 1975, o boato de que Meneghetti teria falecido movimenta os jornais. Na verdade, sofrendo de complicações cardíacas, esteve internado no Hospital Samaritano. Morre em maio de 1976, aos 98 anos de idade. Com o passar do tempo seus feitos foram sendo esquecidos, e apesar de atualmente Meneghetti ser praticamente desconhecido de grande parte da população, ele continua a ocupar lugar de destaque entre os maiores bandidos da história brasileira.

[editar] Mídia

[editar] Livros

  • Retalhos da Velha São Paulo (1983)

Livro de Geraldo Sesso Jr. que conta diversos episódios da história recente de São Paulo - e, entre eles, claro, as escapadas de Amleto Meneghetti.

  • O Grande Ladrão (1990)

Renato Modernell relata a vida de Meneghetti nesta biografia romanceada direcionada particularmente ao público jovem.

  • Lendário Meneghetti: Imprensa, Memória e Poder (2000)

Neste livro de Célia de Bernardi a trajetória de Meneghetti é analisada a partir de toda a trama armada pelo poder público e pela imprensa e a polêmica provocada em torno disso. Ao mesmo tempo a autora traça um paralelo com os problemas ocasionados pelo crescimento desordenado e o aumento da criminalidade em São Paulo.

  • O Incrível Meneghetti (2001)

Biografia de autoria de Paulo José da Costa Júnior. Ilustrada com dezenas de fotografias, fala da juventude de Meneghetti, seus roubos e estadias na prisão.

  • O Mistério das Bolas de Gude: Histórias de Humanos Quase Invisíveis (2006)

Meneghetti é uma das figuras retratadas neste livro de Gilberto Dimenstein, que trata da evolução da criminalidade e de estratégias para a inclusão social.

[editar] Filmes

  • Dov´è Meneghetti?

Curta-metragem em forma de documentário dirigido por Beto Brant e lançado em 1989, foi premiado no Festival do Rio BR (1989) e no Festival de Curitiba (1990) na categoria "Melhor Filme". Teve sequências rodadas nos tetos de antigos prédios, lembrando a São Paulo dos anos 20.

[editar] Curiosidades

  • Meneghetti usou vários codinomes, apelidos e identidades diferentes durante sua extensa carreira criminosa, dentre eles: Mario Mazzi, Antônio Garcia, Angelo Bianchi, Amleto Gino, Amleto detto Gino, Menotti Menichetti e Italo Bianchi.
  • Em 1970, uma grande agência publicitária cogitou a possibilidade de gravar com Meneghetti um comercial para a televisão. Nele, o bandido tentaria arrebentar a fechadura de um veículo e no final desistiria, afirmando encontrar uma trava de segurança mais firme do que sua habilidade como arrombador. A idéia não chegou a ser realizada.
  • Em uma casa pertencente a uma livraria na Vila Madalena, seu proprietário mandou há alguns anos gravar a seguinte inscrição:
"Nesta casa, em 14 de junho de 1970, foi preso pela última vez o grande ladrão Amleto Gino Meneghetti, aos 92 anos de idade. Eram 10 da noite, e ele trazia sua lanterna, a talhadeira de aço e o martelo conjugado com pé de cabra. Começou a arrombar o portão quando chegou o delegado. Arrombador exímio, Meneghetti tornou-se famoso como Gato dos Telhados, o Homem de Borracha, o Homem dos Pés de Mola, o Rei dos Ladrões. Dizem que roubava de quem realmente tinha, sem jamais praticar um ato de violência. Morreu alguns anos depois, pobre e doente, aos 98 anos".

[editar] Referências externas

  • "Uma vida entre a verdade e o mito", matéria publicada na Folha de São Paulo de 24 de maio de 1976.
  • "À Moda Antiga", matéria publicada na revista Problemas Brasileiros, edição 318, novembro/dezembro de 1996.

[editar] Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Gino Amleto Meneghetti.


BIOGRAFIAS

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