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Nova Iguaçu - Wikipédia

Nova Iguaçu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nova Iguaçu
Vista parcial do centro de Nova Iguaçu
""
Brasão de Nova Iguaçu
Bandeira de Nova Iguaçu
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário
Fundação 15 de janeiro de 1833
Gentílico iguaçuano
Lema
Prefeito(a) Lindberg Farias
PT, no cargo até 2008
Localização
Localização de Nova Iguaçu
22° 45' 32" S 43° 27' 03" O
Estado Rio de Janeiro
Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro
Microrregião Rio de Janeiro
Região metropolitana
Municípios limítrofes Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, Rio de Janeiro, Seropédica, Queimados, Japeri, Miguel Pereira
Distância até a capital 28 quilômetros
Características geográficas
Área 523,888 km²
População 844.583 hab. est. 2006
Densidade 1.612,1 hab./km²
Altitude 25 metros
Clima 21,8ºC (média anual)
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,762 PNUD/2000
PIB R$ 4.124.727.840,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 5.134,10 IBGE/2003

Nova Iguaçu é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Situa-se na região da Baixada Fluminense e faz parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 22º 45' 33" sul e a uma longitude 43º 27' 04" oeste, estando a uma altitude de 25 metros. Sua população estimada em 2005 é de 830.920 habitantes. Possui uma área de 524,5 km².

Dados gerais
  • Número de eleitores: 483.515 / Zonas 10 / Seções 1.377 (dados da eleição de 2002)
Extensão
Norte-Sul - 36 km / Leste-Oeste - 24 km
Rios
Iguaçu, Guandu, Botas, Sarapuí e Tinguá
Temperatura média anual
21,8ºC
Precipitação média anual
2.105 mm
Feriados municipais
15 de janeiro (aniversário da cidade), 13 de junho (dia do padroeiro, Santo Antônio)
Principais acessos rodoviários
BR-116 (Rodovia Presidente Dutra), BR-465 (Antiga Rodovia Rio-São Paulo), RJ-105 (Estrada de Madureira), RJ-113 (Estrada Zumbi dos Palmares), RJ-111 (Estrada de Madureira)

Índice

[editar] História

[editar] Primeiras ocupações

(texto de Gilmar José Santana de Barros)

Antes dos portugueses chegarem ao Rio de Janeiro, os índios jacutingas já habitavam a margem ocidental do rio Iguaçu. Esses índios ajudaram os franceses quando eles chegaram à região.

Em torno de 1565, após a expulsão dos franceses da Baía de Guanabara, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada, mas, ainda havia intensa pirataria promovida por franceses, ingleses e holandeses no litoral norte e sul.

Em 1575 Antônio Salema, na época Governador do Rio de Janeiro, reunira um exército português apoiado por uma tropa de índios catequizados, com o objetivo de acabar com o domínio franco-tamoyo que já durava 20 anos no litoral norte e litoral sul do Rio de Janeiro. Temendo perder sua terra, os índios Tamoyos, ainda aliados aos franceses, foram praticamente dizimados por conta da insurreição que ficou conhecida como Guerra de Cabo Frio. As tropas vencedoras assassinaram a sangue frio cerca de 500 guerreiros Tamoyos e mais de 1.500 índios foram escravizados, foram enforcados dois franceses, um inglês e o Pajé tupinambá. Além disso, entraram pelo sertão queimando aldeias e matando milhares de Tamoyos.

A guerra de Cabo Frio resultou na completa expulsão dos franceses da região (atual estado Rio de Janeiro) e no extermínio de dez mil guerreiros Tamoyos, sendo o restante destes escravizados pelos colonizadores. Outros piratas europeus, principalmente ingleses e holandeses, no entanto, continuaram a piratear o pau-Brasil, causando mortes desumanas e que se provaram inúteis, uma vez que a escassez de colonização no litoral fluminense continuou sendo alvo fácil e lucrativo dos corsários europeus. Não houve interesse dos portugueses de colonizar Cabo Frio após este massacre, mas os colonizadores decidiram colonizar recôncavo fluminense e começaram a se fixar às margens dos rios (especialmente do rio Iguaçu) e ocuparam os vales do Meriti, Sarapuí, Saracuruna, Jaguaré e Pilar e as zonas do Marapicu, Jacutinga, Mantiqueira e Inhomirim.

Ao ao pé de uma das colinas onde ficava a aldeia dos intrépidos índios Jacutingas (Aldeia dizimada pelos portugueses) um capela foi ereta em 1575 (Latitude: 22°45'38.43"S Longitude: 43°23'23.20"W). Construída em taipa, sitas no morro, ao pé do Rio Santo Antônio ( Rio Sarapohy), a capela localizava-se nas terras do Engenho Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas. Nas décadas posteriores a pequena Igreja foi alçada à categoria de capela colada, de capela curada e finalmente de Freguesia, e neste local permaneceu por mais de 130 anos.

Uma vez que a ocupação da bacia dos rios Iguaçu, Sarapohy e Merity foi efetivada, o que ocorreu a partir do final do século XVI, as trilhas indígenas viraram estradas. Uma delas, era longa trilha indígena jacutinga que foi transformada na Estrada Geral, que liga numa de suas extremidades a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição Mariapicu (Atual Marapicu) e na outra extremidade a Freguesia de Santo Antônio da Aldeia dos (índios) Jacutingas (atual Bayer, próximo ao centro de Belford Roxo).

A ponte sobre o Rio Serapohy era o ponto de junção entre a Estrada Geral e a Estrada Real (atual Avenida Automóvel Clube, que muda de nome para Martin Luther King a partir de certo ponto) a Estrada Real segue em direção à Freguesia da Candelária passando antes pelo território da Freguesia de São João do Orago do Rio Merity, do Porto da Pavuna, de Inhaúma, da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação do IRAJÁ.

A antiga trilha de índios Jacutingas que foi transformada na Estrada Geral, atualmente tem duas denominações: Estrada Dr. Plinio Casado e Estrada Abílio Augusto Tavora (antiga Estrada do Engenho do Madureira, ou simplesmente: Estrada de Madureira). Estes caminhos por longo tempo constituíram a melhor opção, por terra, para adentrar no recôncavo fluminense, porque o acesso para o interior da Baixada era difícil devido uma grande quantidade de pântanos e de rios caudalosos e de considerável largura eram obstáculos naturais. Para estabelecer a rota da Estrada Real foram considerados os melhores pontos para a transposição dos rios: Merity, Pavuna, Sarapohy, observando locais onde estes rios davam VAUS.

A chegada do homem branco nessa região e sua colonização exigia rotas para o escoamento da produção dos Engenhos e, inicialmente isso foi possível graças às vias fluviais, quando os rios serviam de estradas, uma vez que as trilhas indígenas (e estradas derivadas delas) eram rústicas e os rios eram o modo mais fácil de adentrar no recôncavo fluminense para a sua colonização.

No século XVII Garcia Rodrigues Paes ligou Paraíba do Sul ao Porto do Pilar (do rio Iguaçu) para o escoamento do ouro trazido de Minas Gerais. Essa ligação foi chamada Caminho do Pilar ou Caminho Novo das Minas (pois substituíra o Caminho de Paraty).

Posteriormente foram também abertos o Caminho da Terra Firme e a Variante do Proença, visando facilitar o escoamento do ouro, já que o trânsito no Caminho do Pilar tinha diversos problemas. Com a redução de seu uso, o Caminho Novo logo passou a ser chamado de Caminho Velho.

Os povoados concentravam-se principalmente às margens dos rios, mas também havia alguns nos entroncamentos das estradas. Seu crescimento foi motivado pela abertura da Estrada Real do Comércio, primeira via aberta no Brasil para o escoamento do café do interior do país.

[editar] Vila de Iguassú

A Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Iguassú nasceu ao redor de um Porto Fluvial e em 1699 já tinha uma capela curada. Na época do Marquês do Pombal foi elevada à categoria de Freguesia (1750). Por questões de segurança, o ouro das Minas Gerais havia deixado de fluir pelo Porto de Paraty, evitando, assim, a perigosa rota do litoral (infestada por corsários e piratas), passando a escoar por caminhos mais curtos que traziam o ouro das Minas Gerais para porto fluvial do Rio Iguassú, localizado na Freguesia de Piedade do Iguassú. O rio Iguassú tem sua foz no interior da Baía de Guanabara (área com fortificações e mais protegida). O Porto de Piedade de Iguassú prosperou em razão da intensa movimentação dos tropeiros.

Até o início do século XIX, a Piedade do Iguassú tornou-se o principal povoado da região, mas era dependente administrativa e politicamente da cidade do Rio de Janeiro, embora já demonstrasse um bom desenvolvimento econômico, além do aumento da população e do crescimento do comércio.

Graças à Estrada Real do Comércio e às ótimas condições para a criação de um entreposto comercial, foi necessária a criação de um município. Em 15 de janeiro de 1833, portanto, foi criada a Vila de Iguassú a partir de decreto assinado pelo regente Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, em nome do Imperador Dom Pedro II. Em 29 de julho do mesmo ano, foi instalada a Câmara dos Vereadores, com sete representantes.

O novo município foi formado pelas freguesias de Nossa Senhora da Piedade do Iguassú (definida como capital do município), Santo Antônio de Jacutinga, Nossa Senhora do Pilar, São João de Meriti e Nossa Senhora da Conceição do Marapicu. Inicialmente, a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Inhomirim também faria parte, contudo os moradores desse distrito não aceitaram a incorporação, especialmente devido à distância.

A Assembléia Legislativa da Província (Estado) do Rio de Janeiro extinguiu o município de Iguassú em 13 de abril de 1835 (Lei nº 14), mas o restaurou em 10 de dezembro de 1836 (Lei nº 57), já sem a Freguesia de Inhomirim. Em 1846 o município ainda perdeu mais uma parte de seu território ao ser criada a Vila da Estrela, que assumiu a Freguesia do Pilar.

A área total da Vila de Iguassú era, à época de sua criação, de 1.305,47 km². Na sede, havia um quartel com uma cadeia anexa, a Câmara de Vereadores, o Fórum, casas comerciais e cerca de cem casas. Nos portos eram embarcadas mercadorias em direção ao Rio de Janeiro. A população em 1879 era estimada em 21.703 pessoas, sendo 7.622 escravos.

Apesar do grande progresso em seus primeiros anos de independência administrativa (embora até 1919 as funções de Executivo fossem de responsabilidade do Intendente, representado pelo presidente da Câmara), a Vila de Iguassú entrou em decadência na segunda metade do século XIX. Alguns fatores podem ser citados, como a criação das estradas de ferro, a construção de uma ponte sobre o rio Iguaçu e epidemias de cólera, varíola e malária.

A abolição da escravatura também ajudou no declínio da economia do município, que se sustentava na exploração do negro na agricultura da cana-de-açúcar. Havia canaviais por todo o município, além de plantações de milho, feijão, mandioca, café e arroz.

[editar] Mapa da Vila de Iguassú (1837)

1 - Morro da Cadeia

2 - Caminho da Serra

3 - Porto do Pinto

4 - Porto do Viana

5 - Porto Soares e Mello

6 - Porto dos Passageiros

7 - Porto dos Saveiros

8 - Câmara (Paço) Municipal      

9 - Cadeia de Iguassú

10 - Largo dos Ferreiros

11 - Armazém Soares e Mello

12 - Porto de Iguassú

13 - Morro do Pessoa

14 - Morro do Marinho

15 - Largo do Vítor

16 - Largo Lava-pés

17 - Matriz de N.S. da Piedade      

18 - Morro M. Lima

19 - Morro Demetriano

20 - Brejo Cambambé

21 - Marambaia

22 - Caminho dos Velhacos

23 - Caminho para Tinguá

24 - Estrada do Comércio

25 - Estrada do Cambambé

26 - Córrego Mangangá

27 - Estrada da Olaria

[editar] Maxambomba

(Texto de Gilmar José Santana de Barros)

Foto do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Nova Iguaçu
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Foto do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Nova Iguaçu

MAXAMBOMBA é o nome de um mecanismo de tração, operado sobre um ou dois trilhos, utilizado na época do Brasil colonial pelos Srs. de Engenho para assentar uma carga com segurança sobre a embarcação destinada para fazer o transporte fluvial da produção do Engenho. O mecanismo permitia baixar a carga sobre a chalana, observando o centro de gravidade para a distribuição do peso da carga, evitando com o seu emprego as oscilações que pudessem, acidentalmente, lançar a carga ao rio durante o carregamento.

Assim vemos que um mecanismo para carregamento de embarcações foi a origem no nome do Engenho e deu nome ao rio Maxambomba, que atualmente está canalizado sob os quarteirões situados entre as ruas Luis Guimarães / Nilo Peçanha e a rua Otávio Tarquínio. A Serra de Madureira (serra do ENGENHO do Madureira) no passado chegou a ser denominada como Serra de Maxambomba (serra do ENGENHO Maxambomba).

Uma canoa de fundo chato, conhecida como chalana ou chalupa, era o transporte mais apropriado para navegar o talvegue raso do curso d´agua (um afluente de rio) utilizado pelo Engenho como via fluvial para transporte.

A produção do Engenho Maxambomba também escoava através de um segundo Porto fluvial no rio da Prata (um afluente do rio Sarapuí). Noutras ocasiões o transporte era realizado através do rio Maxambomba, principalmente quando o rio da Prata estava obstruído por árvores caídas ou barrancos desmoronados das margens que produziam assoreamento acidental.

Através do rio Maxambomba a produção escoava até o Porto dos Saveiros (em Tinguá) com estrada carreteira passando pelo Baby (atualmente um Bairro de Belford Roxo) e, noutras ocasiões, através do rio da Prata, a carga escoava através do movimentado Porto do rio Sarapuí onde a carga era reembarcada em saveiros maiores com destino ao Rio de Janeiro.

Para carregar as chalanas o Engenho contava com dois portinhos, um deles localizava-se no atual Bairro da Vila Nova (utilizava o rio da Prata), o outro existia à montante do rio Maxambomba (atual centro de Nova Iguaçú). Na periferia do Engenho Maxambomba, ao redor do portinho do rio Maxambomba, gradativamente foi-se assentando um pequeno comércio e, a seguir, um núcleo populacional que foi prosperando até se transformar num Arraial.

O Arraial de Maxambomba nasceu assim, não surgiu dentro do Engenho Maxambomba, mas na periferia das terras do Engenho, ao redor do "Portinho", proximo a atual Rua Floresta Miranda, local com acesso facilitado pelo caminho de terra firme, sobre o qual, na época do segundo império foram assentados os trilhos da Ferrovia em 1858.

O Engenho de Maxambomba (Localização do local do Engenho Maxambomba = Latitude 22°45'36.69"S Longitude 43°25'59.90"W) integrava a jurisdição (Distrito) da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. Sua sede colonial ocupava o cume de uma elevação, em cuja vertente setentrional localiza-se, atualmente, o bairro Califórnia e cuja vertente meridional abriga o bairro da Vila Nova. O Engenho estava 1,65 Km (1/4 de legoa) de distancia da Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga (Atual Igreja da Prata). A localização é dada com exatidão por Monsenhor Pizarro no relatório das suas visitas pastorais no ano de 1794. Ele descreve com clareza solar a direção do Engenho (poente) e a equidistância, em léguas, levando em consideração, como ponto de partida, a atual Igreja de Santo Antônio da Prata, que em 1794 era a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga (Localização da atual Igreja de Santo Antônio da Prata = Latitude: 22°45'38.68"S e Longitude: 43°24'56.99"W).

Escravos fugitivos do Engenho Jacutinga, Engenho do Brejo e do Engenho Maxambomba, utilizavam o leito do rio da Prata para chegar às encostas da Serra Maxambomba (atual Serra do Madureira), onde no atual bairro do K 11 fundaram o quilombo de Cauanza. K 11 é uma corruptela de Cauanza, o nome africano do Quilombo.

Os pequenos rios, vias fluviais que serviam os Engenhos foram perdendo sua capacidade de manter talvegue apropriado para serventia e em razão de assoreamentos, obstruções, contínuo desmatamento das margens, gradativamente foram substituídos por estradas ou carreteiras (estradas para carroças). Também em razão do desenvolvimento.

A Estrada Geral é uma das mais antiga da região, caminho utilizado bem antes do período colonial, já era uma antiguíssima trilha dos índios Jacutingas. A Estrada Geral ligava a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Mariapicu à Freguesia de Santo Antônio DA ALDEIA dos Jacutingas (atual centro de Belford Roxo); Hoje a Estrada Geral está divida por duas denoninações distintas, homenagenado dois personagens: Estrada Dr. Plínio Casado e Estrada Abílio Augusto de Tavora (antiga Estrada do Engenho do Madureira)

A carreteira mais extensa construída pelo colonizador na Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, em linha quase reta, iniciava no atual centro de Nova Iguaçú, na rua Floresta Miranda, seguindo pela Rua Comendador Francisco Soares, rua do encanamento, atravessando a atual Rodovia Presidente Dutra, seguindo por Heliópolis (rua Maria/ rua Heliópolis), passando pelo Bairro Baby até chegar ao Porto dos Saveiros (Tinguá). Outras carreteiras importantes foram melhoradas quando as vias fluviais deixaram de ser utilizadas, como é o caso da atual rua Barros Júnior, se conecta com a Estrada do Iguassú (atravessando a via Presidente Dutra), estas carreteiras eram a serventia para transporte da produção do Engenho do Madureira, Engenho da Posse, Fazenda Caioaba e Fazenda Filgueiras (atual bairro Filgueiras, Nova Iguaçú) o escoamento destinava as produções dos Engenhos para embarque nos Portos fluviais de Piedade de Iguassú.

A importância que o rio Iguaçu tinha para a comunicação entre a Vila e o Rio de Janeiro diminuiu com a implantação das estradas de ferro, que eram um meio de transporte mais rápido, barato e seguro.

À época do segundo Império a população da Vila Maxambomba assistiu entusiasmada a chegada das locomotivas à vapor, popularmente conhecidas por "Maria-fumaça". Em 29 de março de 1858 a Estrada de Ferro Dom Pedro II (atual Estrada de Ferro Central do Brasil) foi inaugurada pelo próprio Imperador Pedro II e ligou o Campo da Aclamação (no Rio de Janeiro) ao Pouso dos Queimados (atual Município de Queimados) e, no ano seguinte chegou a Belém (atual Japeri). Na parada ferroviária de Maxambomba a produção da Fazenda Maxambomba passou a ser embarcada para a côrte. A implantação da estrada de ferro aumentou o comércio estabelecido na região. A atividade no Arraial prosperou tanto que isso fez com que, em 1862, a Matriz da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga fosse transferida para perto da estação.

Outra estrada de ferro importante foi a Rio do Ouro, que começava no bairro do Caju, no Rio de Janeiro) e seguia até a localidade de Rio D’Ouro, em Nova Iguaçu. Sua construção foi iniciada em agosto de 1876 e concluída em 1883. Em 1886, foi adaptada para o transporte de cargas e passageiros, e contava com três ramais em seus 53 quilômetros: Xerém, Tinguá e São Pedro (Jaceruba). Nos anos 60, contudo, a estrada de ferro foi, aos poucos, desativada. Segundo os responsáveis por sua manutenção, ela não dava lucro.

A ponte construída sobre o rio Iguaçu em 1886 na localidade de São Bento acabou de vez com a importância do rio para o desenvolvimento da região, pois impediu o tráfego dos saveiros e outras embarcações de grande porte. A chegada da ferrovia na região, a proclamação da lei Áurea no dia 13 de maio de 1888 que causou ruína a considerável parte da aristocracia rural, as epidemias de cólera, varíola e malária, fizeram com que a população da Vila de Iguassú abandonasse o local, transferindo-se para o Arraial de Maxambomba.

Devido, especialmente, a esses fatores, em 1º de maio de 1891, através de decreto assinado por Francisco Portela, a sede do município foi transferida definitivamente para Maxambomba, que foi elevada à categoria de Vila. A antiga Vila de Iguassú passou a ser conhecida por Iguassú Velha.

Em 1950, época da inauguração da Rodovia Presidente Dutra, as terras remanescentes do antigo Engenho colonial Maxambomba, foram desapropriadas pelo Presidente da República Dr. Getúlio Vargas que urbanizou a Fazenda transformando-a em Bairro residencial modelo, com o objetivo de oferecer moradias à categoria dos marítimos, uma classe de servidores do Estado; transformando a Fazenda Maxambomba no Bairro Califórnia.

[editar] Nova Iguaçu

Vista da cidade de Nova Iguaçu, mostrando a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga e vários laranjais (1932)
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Vista da cidade de Nova Iguaçu, mostrando a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga e vários laranjais (1932)

A Vila de Maxambomba recebeu oficialmente o nome de Nova Iguassú através da Lei nº 1.331, de 9 de novembro de 1916, de autoria do deputado estadual Manuel Reis. A grafia do nome da cidade só mudou para Iguaçu tempos depois, após reformas ortográficas da língua portuguesa.

Após o declínio da agricultura da cana-de-açúcar, a cultura da laranja passou a ser a mais importante para o município. Vinda de São Gonçalo, a laranja encontrou solo ideal em Nova Iguaçu. Apenas para citar um exemplo, todo o bairro da Posse era, antigamente, uma grande fazenda produtora de laranjas.

Praticamente toda a produção de laranjas era exportada, trazendo para o município um grande desenvolvimento econômico. A exportação começou a ocorrer no ano de 1891, juntamente com o desmatamento (lenha e carvão, madeiras de lei).

O auge da citricultura em Nova Iguaçu foi dos anos 30 a 1956. De 1930 a 1940, a cidade de Nova Iguaçu era chamada de “Cidade Perfume”, porque as laranjeiras, em floração, perfumavam todo o roteiro das ferrovias.

A construção de casas de beneficiamento e embalagem da produção na segunda metade do século XX trouxe novo fôlego para a exportação. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, houve interrupção do transporte marítimo, impedindo a exportação das laranjas. Com isso, as áreas dos antigos laranjais começaram a ser loteadas e novos bairros surgiram.

A partir da “crise da laranja”, Nova Iguaçu passou a se concentrar num processo de industrialização, beneficiado pela facilidade de escoamento da produção graças, especialmente, às rodovias que cortam o município, entre elas a BR-116 (Rodovia Presidente Dutra). Além disso, nessa época era possível encontrar com facilidade amplos terrenos a preço baixo e mão-de-obra barata. Nova Iguaçu passou então a contar com um significativo parque industrial e uma grande atividade comercial.

[editar] Emancipações

Nova Iguaçu já foi muito maior do que é hoje. Porém, diversas emancipações de distritos que queriam independência administrativa marcaram a história do município. O primeiro desmembramento ocorreu em 31 de dezembro de 1943, quando foi ratificada pela Câmara dos Vereadores a emancipação de Duque de Caxias. São João de Meriti também integrava esse novo município. Em 1947 foi a vez de Nilópolis se emancipar, no mesmo ano em que São João se separou de Caxias. Contudo, as emancipações que mais marcaram a economia de Nova Iguaçu foram as ocorridas no início dos anos 90.

Antes de iniciar seu ciclo de industrialização, Nova Iguaçu era uma cidade-dormitório, designação dada aos municípios cuja maior parte da população trabalha em outra cidade (no caso, o Rio de Janeiro). Além disso, praticamente não havia infra-estrutura urbana, já que a cidade acabara de sair de um período dedicado apenas à citricultura.

Mesmo com as emancipações dos anos 40, Nova Iguaçu tornou-se ao longo dos anos uma das principais cidades do estado, tanto em população quanto em geração de renda. Mas essa realidade foi abalada após as emancipações de importantes distritos.

Em 1990, houve a emancipação de Belford Roxo (segundo menor distrito, porém um dos mais populosos), seguido por Queimados (no qual estava localizado o Pólo Industrial de Nova Iguaçu que, logicamente, passou a ser administrado pelo novo município). No ano seguinte, foi a vez de Japeri. Em 1999, Mesquita, distrito de apenas 36 km², também se emancipou, tendo sua primeira eleição para prefeito no pleito municipal de 2000.

As emancipações trouxeram um “baque” econômico para o município de Nova Iguaçu, que teve população e, conseqüentemente, arrecadação reduzidas, apesar de ter mantido praticamente o mesmo volume de gastos públicos.

[editar] Futuro

Vista parcial do centro de Nova Iguaçu
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Vista parcial do centro de Nova Iguaçu

Apesar de todas as dificuldades, Nova Iguaçu continua sendo considerada uma das cidades mais atrativas da região metropolitana. Vários projetos estão sendo realizados para melhorar o município.

Em 1999, por exemplo, foi lançado um Plano Estratégico, que fez um diagnóstico dos problemas de Nova Iguaçu e suas possíveis soluções. Atitudes como a reforma do centro comercial da cidade (o segundo maior do estado) e a criação de um pólo logístico são as principais ações voltadas para trazer novos investidores para a região, e conseqüentemente mais oferta de empregos e geração de renda para a população.

Apenas como exemplo, a indústria de cosméticos da cidade tem a segunda maior concentração de fábricas dessa área no país. Além disso, se antigamente Nova Iguaçu era uma cidade-dormitório, atualmente grande parcela da população trabalha na própria cidade.

Apesar de alguns avanços, diversos de seus bairros são marcados por ausência ou insuficiência de serviços públicos, além da falta de infra-estrutura, como água encanada, recolhimento de lixo e postos de saúde.

Ainda deve-se registrar no futuro da cidade a lembrança do passado. Na noite de 31 de março de 2005 aconteceu a maior chacina do estado do Rio de Janeiro, quando em duas horas e meia 30 pessoas foram assassinadas, seis em território da cidade, sendo as demais vítimas na cidade vizinha, Queimados. As vítimas eram, em maioria, pobres e negros. Como em toda a Baixada Fluminense, novos grupos de extermínio surgem para substituir os do passado.

[editar] Governo

[editar] Câmara de Vereadores

A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu foi instalada em 29 de julho de 1833, com a posse dos primeiros vereadores. O primeiro presidente foi Ignacio Antonio de Souza Amaral. Até a criação da Prefeitura, pouco mais de 86 anos depois, a Câmara de Vereadores acumulou os poderes Legislativo e Executivo.

Entre 1891 e 1908, a Câmara de Vereadores (Paço Municipal) não teve sede. Em 1908, foi inaugurado um edifício na avenida Marechal Floriano, onde a Câmara funcionou junto com o Paço da Intendência Municipal (onde ficava o gabinete do Intendente Geral) até a criação da Prefeitura, que assumiu o poder executivo municipal (até então nas mãos do Intendente, que era o presidente da Câmara) e também passou a utilizar o prédio.

Com a criação da Prefeitura de Nova Iguaçu, em 26 de novembro de 1919, a Câmara dos Vereadores passou a ser responsável apenas pelo poder legislativo municipal. Contudo, as primeiras eleições para prefeito ocorreram apenas em 9 de julho de 1922.

A Revolução de 30 fez com que o Congresso Nacional fosse dissolvido e as Assembléias dos Estados e Câmaras de Vereadores fossem fechadas. A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu ficou em recesso até 1935. Porém, o retorno aos trabalhos foi curto, pois em 10 de novembro de 1937, o Estado Novo de Getúlio Vargas fez com que as Câmaras fossem fechadas novamente. A de Nova Iguaçu voltou a funcionar apenas em 1947, após as eleições municipais de 28 de setembro daquele ano.

Após o longo recesso, a Câmara de Vereadores precisou mudar de endereço, pois a Prefeitura não aceitou continuar compartilhando o prédio. A Câmara passou a funcionar em um sobrado também na avenida Marechal Floriano. Esse novo endereço permaneceu o mesmo até 1959.

O prédio original da Câmara (fundado em 1908), foi demolido nos anos 60, durante a ditadura militar, pelo prefeito de então, que pretendia construir o "Palácio da Municipalidade". Contudo, por motivos diversos, o "Palácio" não foi construído e o local acabou sendo transformado em estacionamento tempos depois. Em 11 de julho de 1959 foram inauguradas as instalações atuais da Câmara de Vereadores, na Travessa Rozinda Martins, 71, 3º andar.

O último recesso imposto à Câmara de Vereadores foi em 8 de maio de 1969, sob o Ato Complementar nº 53, do governo militar. A Câmara voltou às suas atividades no ano seguinte, em 15 de julho de 1970. Atualmente, a Câmara de Nova Iguaçu conta com 21 vereadores.

[editar] Prefeitura

Sede da Prefeitura de Nova Iguaçu
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Sede da Prefeitura de Nova Iguaçu

A Prefeitura foi criada em 26 de novembro de 1919, através do Decreto nº 1716. Com isso, a Câmara de Vereadores passaria a cuidar apenas das funções legislativas (até então, também era responsável pelo Executivo).

O então presidente (governador) do estado do Rio de Janeiro, Raul de Moraes Veiga, nomeou Mario Pinotti como prefeito de Nova Iguaçu, contudo os vereadores consideraram a criação da Prefeitura um desrespeito à autonomia municipal.

O presidente da Câmara de Vereadores, Ernesto França Soares, entrou na justiça e, através de um habeas corpus, assumiu o cargo de prefeito em 26 de maio de 1920. As primeiras eleições para prefeito ocorreram apenas em 9 de julho de 1922, sendo eleito o médico Manoel Francisco Salles Teixeira (tomou posse em 22 de novembro de 1922).

A atual sede da Prefeitura foi construída durante o governo de João Ruy de Queiroz Pinheiro, no início da década de 1970.

Confira: Lista de prefeitos de Nova Iguaçu

[editar] Turismo

Ver artigo principal: Turismo em Nova Iguaçu.

Nova Iguaçu possui um potencial turístico muito forte, contando com diversas áreas de interesse histórico, ecológico e cultural. Alguns dos mais representativos estão relacionados abaixo.

[editar] Serra do Vulcão

A Serra do Vulcão localiza-se em uma das abas do Maciço de Gericinó, de origem vulcânica. Apresenta crateras, chaminés e vestígios diversos de muitas erupções que, segundo pesquisadores, entraram em intensa atividade entre 73 e 48 milhões de anos atrás. O maciço era uma ilha e a permanente erosão aterrou suas margens, apenas seccionadas pelo curso do rio Guandu, que desemboca na Baía de Sepetiba. Correntes favoráveis propiciam atualmente a prática de asa delta, sendo este considerado o segundo melhor ponto do país (e melhor no estado) para a prática desse esporte.

[editar] Capela do Engenho da Posse

A Capela colonial remonta ao ano 1735 e está situada sobre a parte mais alta e aprazível de um outeiro onde existia o Engenho da Posse. Ao lado dela emparelhava-se a Casa Grande do Engenho que foi demolida em 1950, porém a capela permanece preservada para o deleite dos amantes da arquitetura colonial. O Engenho tinha 50 escravos e era grande produtor açúcar e cachaça. A produção do Engenho da Posse, no período colonial, escoava através do Rio Botas (ou Riachão). Um canal construído pelos escravos na atual Rua da Quermesse permitia que a produção fosse embarcada em chalanas (bote com fundo chato), esse portinho fluvial localizava-se no lugar denominado atualmente por Largo de São Jorge, onde passou a funcionar um pequeno comércio. A produção do Engenho seguia embarcada em algumas chalanas até o Porto dos Saveiros situado na margem meridional do Rio Iguaçú, e lá era reembarcada em barcos maiores para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

No período do Segundo Império a produção do Engenho da Posse começou a ser escoada via carreteira (caminho de terra) até o Porto dos Saveiros (isso devido ao assoreamento dos rios, entre esses o rio Botas). A distância a ser percorrida era grande e este problema perdurou até o momento em que o Imperador decidiu construir a Estrada de Ferro Pedro II (atual Estrada de Ferro Central do Brasil). O escoamento da produção de café, no período do Segundo Império, e de laranja, no período republicano, da Fazenda da Posse, passou a ser realizado via estrada de ferro. O Porto dos Saveiros foi desativado e o Arraial de Maxambomba (3/4 de légua) do Engenho da Posse, estava bem servido pelo transporte com a mais moderna tecnologia que existia na época, a "Maria Fumaça", o trem a vapor que escoou a produção da região para a corte do Império do Brazil, grande parte dela destinada para exportação.

A capela do Engenho da Posse é uma jóia rara da arquitetura colonial ibérica e localiza-se na Casa de Oração Frei May, Alto da Posse, Bairro da Posse. É imperdível a sua visitação.

[editar] Fazenda São Bernardino

A Fazenda São Bernardino está localizada nas localidades de Cava e Tinguá, próxima à Reserva Biológica. Sua construção terminou em 1875 e foi feita em estilo neoclássico. Seu primeiro proprietário foi o português Bernardino José de Souza e Melo. A fazenda produziu café, açúcar, aguardente, farinha de mandioca e extraiu muita madeira e exportou carvão. Foi tombada pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1951, no Livro de Belas Artes. Hoje ela está em ruínas, pois foi vítima de um incêndio na década de 80. A Grande Casa situa-se num outeiro e, na parte mais baixa do terreno, existiram construções como cavalariças, garagem para carruagens, estribaria, senzala, habitações para escravos domésticos e engenhos de cana e de mandioca.

[editar] Igreja de Santo Antônio de Jacutinga

(Texto de Gilmar José Santana de Barros)

Igreja de Santo Antônio de Jacutinga
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Igreja de Santo Antônio de Jacutinga

A primeira Igreja de Santo Antônio da ALDEIA dos Jacutingas foi construída no ano de 1575 dentro do perímetro do Engenho Jacutinga. O Engenho de Jacutinga foi o primeiro Engenho de açúcar construído na região e localizava-se na antiga Aldeia dos índios Jacutingas. Oito anos após a expulsão dos franceses o Rio de Janeiro passou a ser governado por Antônio Salema, um jurista, formado em Coimbra, que tinha como principal característica odiar os índios Tamoios. Salema reuniu um exército que entrou pelo sertão, queimou 160 aldeias, matou mais de 10.000 índios e aprisionou outros tantos. Os sobreviventes refugiaram-se na Serra dos Caboclos (Maciço do Tinguá), posteriormente perseguidos e exterminados.

Implantou-se uma lei que isentava de impostos quem erguesse engenhos de cana no Brasil. Isto porque, naquela época, o açúcar constituía mercadoria preciosa, servindo inclusive para ativar o comércio internacional. Os engenhos precisavam de muitas terras e essas antes estavam, na grande maioria, ocupadas pelos índios.

Desse modo as terras indígenas foram tomadas, as Aldeias viraram Engenhos e as trilhas indígenas viraram estradas coloniais.

Uma entre as Aldeias dizimadas era a dos índios Jacutingas. A Igreja de Santo Antônio DA ALDEIA dos Jacutingas, algumas décadas posteriores passou a capela colada, capela curada e em 1657 foi elevada à categoria de Freguesia.

A primeira Capela foi construída em taipa, no morro e ao pé do Rio Santo Antônio (Rio Serapohy), dentro das terras do Engenho da Aldeia dos Jacutingas, onde permaneceu por mais de 130 anos antes de ruir. A antiga Matriz de Santo Antônio de Jacutinga (a primeira Matriz) localizava-se na Latitude: 22°45'38.43"S Longitude: 43°23'23.20"W. Segundo Monsenhor Pizarro: "estava em lugar, que em algumas estações do ano se fazia intransitável para a mesma freguesia".

Em 1711 a Matriz foi transferida para o topo de uma colina, onde atualmente localiza-se o Bairro da Prata. Ereta esta segunda Matriz, posteriormente também ruiu, por isso foi ereta uma terceira e, em 1785 a capela-mor ficou pronta, erguida no local adjacente, na mesma colina onde outrora havia sido ereta a segunda Igreja (Latitude: 22°45'38.68"S e Longitude: 43°24'56.99"W). Em 1791 a torre sineira foi concluída e a construção perdura atualmente com a denominação de Igreja Santo Antônio da Prata, isso, porque, em 1862 a Matriz de Santo Antônio de Jacutinga foi transferida, em caráter definitivo, para o Arraial de Maxambomba (atual cidade de Nova Iguaçú), com isso a antiga Igreja trocou de nome, perdeu o status de Freguesia e, por isso, passou a ser denominada, apenas, por Igreja de Santo Antônio da Prata (na realidade o nome original é Igreja Santo Antônio do RIO da Prata).

A FREGUESIA Santo Antônio Orago da Aldeia dos Jacutingas recebeu este Santo como padroeiro porque durante os combates travados entre colonizadores e índios Jacutingas alguns portugueses clamaram pela intervenção divina deste Santo para ajudá-los na luta. Posteriormente foi propagado que o Santo Antônio fora visto durante as batalhas à frente da tropa avançando contra os silvícolas (Neste ponto o enredo se parece com o ocorrido anos antes durante as batalhas entre franceses e portugueses pela posse da Baía de Guanabara, quando, alguns portugueses anunciaram ter visto São Sebastião, em pé sobre uma das canoas dirigindo pessoalmente a operação de guerra contra os franceses na Bahia de Guanabara.

A Primeira Capela que originou a Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga era a mais antiga entre todas do recôncavo fluminense e dela se originaram as demais Freguesias: Freguesia de Nossa Senhora da Conceição Orago de Mariapicu; Freguesia Orago da Sagrada Família, Freguesia Nossa Senhora da Conceição do Serapohy (subsistiu 60 anos antes de ser extinta) e a Freguesia Nossa Senhora da Piedade Orago de Iguassú.

[editar] Maciço de Tinguá

Embora ligado à chamada Serra do Mar, o Maciço de Tinguá teve origem anterior. De uma das suas abas, nasce o rio Iguaçu. Durante o Segundo Reinado foram construídas várias represas para o abastecimento da Corte, na cidade do Rio de Janeiro. A ferrovia Rio do Ouro foi construída para a manutenção dos aquedutos. A partir daí, a Mata Atlântica foi sendo reconstituída naturalmente. Nesta destacada elevação encontra-se hoje a Reserva Biológica do Tinguá (Mata Atlântica). Na aba denominada Serra dos Caboclos refugiaram-se, no século XVI, alguns velhos e crianças da tribo indígena tupinambá.

Hoje a reserva está fortemente ameaçada por caçadores, que o fazem para vender carnes exóticas ou exportar animais silvestres, e por grandes empresas poluidoras. Existe até um aterro sanitário, onde ilegalmente foram despejados resíduos altamente tóxicos, que beira a reserva. A população satélite a reserva sofre constantemente com estes problemas, principalmente pela contaminação do lençól d'água.

[editar] Áreas de Proteção Ambiental

O território de Nova Iguaçu possui atualmente uma área de 524,04 km², sendo que 198 km², ou seja, 35% da cidade é coberta pela Mata Atlântica. Há na cidade duas importantes áreas de preservação ecológica: A Reserva Biológica de Tinguá (reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade) e a área de proteção ambiental da Serra de Madureira (considerada pela Unesco como Reserva de Biosfera). Além disso, o chamado “turismo ecológico” também conta com o recente Parque Municipal de Nova Iguaçu, na divisa com o município de Mesquita, que ocupa uma área de 1.100 hectares.

[editar] Praça do Skate

Apesar das modernas pistas de skate da Via Light terem a preferência dos praticantes desse esporte radical, a antiga pista da Praça do Skate, em frente ao viaduto Padre João Müsch tem sua importância, pois foi a primeira pista de skate da América Latina. Seu formato continua o mesmo de quando foi feita, pouco “radical” para os padrões atuais mas ainda constituindo-se em importante marco. A população local sempre a tratou carinhosamente por "Pracinha do Skate".

[editar] Divisão administrativa

[editar] Setores de Planejamento Integrado

Fonte: Prefeitura de Nova Iguaçu (2003)

A cidade de Nova Iguaçu foi dividida em Setores de Planejamento Integrado (SPI). Cada SPI possui áreas administrativas denominadas Unidades Regionais de Governo (URG). Cada URG conta com diversos bairros. As Zonas de Preservação Ambiental da Reserva Biológica do Tinguá e da Área de Proteção Ambiental do Medanha-Gericinó (Parque Municipal de Nova Iguaçu), não possuem URG ou bairros.

[editar] Unidades Regionais de Governo

Setor de Planejamento Integrado Centro:

Unidade Regional de Governo Centro - URG I

Unidade Regional de Governo da Posse - URG II

Unidade Regional de Governo de Comendador Soares - URG III

Setor de Planejamento Integrado Sudoeste:

Unidade Regional de Governo de Cabuçu - URG VII

Unidade Regional de Governo de Km-32 - URG VIII

Setor de Planejamento Integrado Noroeste:

Unidade Regional de Governo de Austin - URG IX

Setor de Planejamento Integrado Nordeste:

Unidade Regional de Governo de Vila de Cava - URG X

Unidade Regional de Governo de Miguel Couto - URG XI

Setor de Planejamento Integrado Norte:

Unidade Regional de Governo de Tinguá - URG XII

Observação: Antes da emancipação do distrito de Mesquita, em 1999, havia o Setor de Planejamento Integrado Sudeste, composto pela Unidade Regional de Governo de Mesquita (URG IV), Unidade Regional de Governo de Banco de Areia (URG V) e Unidade Regional de Governo da Chatuba (URG VI). Atualmente, todas essas URGs fazem parte do novo município.

[editar] Bairros

A atual relação de bairros de Nova Iguaçu foi definida pela Leis 2.965, de 17 de dezembro de 1998, e pelo Decreto 6.083, de 12 de janeiro de 1999.

URG I - Centro:

Centro, Califórnia, Vila Nova, Juscelino, Caonze, Bairro da Luz, Santa Eugênia, Jardim Iguaçu, Chacrinha, Moquetá, Viga, Rancho Novo, Vila Operária, Engenho Pequeno, Jardim Tropical, Prata.

URG II - Posse:

Posse, Cerâmica, Ponto Chic, Ambaí, Nova América, Carmary, Três Corações, Kennedy, Parque Flora, Bairro Botafogo.

URG III - Comendador Soares:

Comendador Soares, Ouro Verde, Jardim Alvorada, Danon, Jardim Palmares, Rosa dos Ventos, Jardim Pernambuco, Jardim Nova Era.

URGs IV, V e VI:

A definição dos bairros de Nova Iguaçu ocorreu antes da emancipação de Mesquita, em 1999. Portanto, as URGs IV, V e VI atualmente não fazem parte de Nova Iguaçu.

URG VII - Cabuçu:

Cabuçu, Palhada, Valverde, Marapicu, Lagoinha, Campo Alegre, Ipiranga.

URG VIII - Km-32:

Km-32, Paraíso, Jardim Guandu, Prados Verdes.

URG IX - Austin:

Austin, Riachão, Inconfidência, Carlos Sampaio, Tinguazinho, Cacuia, Rodilândia, Vila Guimarães.

URG X - Vila de Cava:

Vila de Cava, Santa Rita, Rancho Fundo, Figueiras, Iguaçu Velho, Corumbá.

URG XI - Miguel Couto:

Miguel Couto, Boa Esperança, Parque Ambaí, Grama, Geneciano.

URG XII - Tinguá:

Tinguá, Montevidéu, Adrianópolis, Rio D’Ouro, Jaceruba.

[editar] Educação

[editar] Educação Básica

A primeira instituição de ensino regular de Nova Iguaçu foi o Colégio Leopoldo, fundado em 1930 por Leopoldo Machado. Existe ainda hoje, como instituição privada.

Outras instituições de ensino, voltadas ao Ensino Fundamental foram criadas no município durante o século XX, das quais destacam-se o Instituto Iguaçuano de Ensino, o Instituto Educacional Santo Antônio, Colégio Gonçalves Dias, Colégio Antonio Huback, entre outros.

No início dos anos 60, foi fundado pelo prefeito Sebastião de Arruda Negreiros, o Colégio Monteiro Lobato. Essa é, atualmente, a principal escola municipal da cidade, sendo sede inclusive da Vila Olímpica de Nova Iguaçu.

Contamos tambem com a Sociedade Filantrópica São Vicente entidade fundada em 1958, que até hoje atende em excelencia crianças de 0 a 6 anos.

[editar] Ensino Superior

A primeira instituição de Ensino Superior de Nova Iguaçu foi a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Nova Iguaçu, fundada em 1970. Seus primeiros cursos foram Letras, Matemática, Física, Ciências Biológicas e Pedagogia. Em 1974, implantou a Faculdade de Direito.

À medida em que ampliou-se a oferta de cursos, o conjunto de faculdades passou a denominar-se Sociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu (Sesni). Em 1993, foi oficializada como universidade, passando a denominar-se Universidade Iguaçu (Unig).

Em Nova Iguaçu também há cursos da Universidade Federal Fluminense, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Sulcow, além de campi de instituições particulares do Rio de Janeiro, como a Universidade Estácio de Sá e o Centro Universitário Geraldo Di Biase.

Em 2006 será inaugurado um campus avançado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cujo primeiro vestibular ocorreu no final de 2005. Até a conclusão das obras, os universitários têm suas aulas no Colégio Monteiro Lobato.

[editar] Fórum Mundial de Educação

A cidade de Nova Iguaçu foi definida como sede do Fórum Mundial de Educação Temático 2006, evento programado para o período de 22 a 26 de março, para um debate internacional sobre “A educação cidadã para uma cidade educadora”. As atividades se distribuirão entre os temas “Educação, cultura e diversidade”, “Ética e cidadania em tempos de exclusão”, “Estado e sociedade na construção de políticas públicas”. O evento dará continuidade ao debate iniciado em abril de 2004, na cidade de São Paulo, dentro do calendário internacional do Fórum Mundial de Educação.

[editar] Saúde

Até os anos 30, Nova Iguaçu não possuía um hospital. Nessa época, o jornal Correio da Lavoura iniciou uma campanha que prontamente recebeu apoio da população.

Como resultado dessa campanha, em 21 de junho de 1931 foi lançada a pedra fundamental da construção do Hospital de Iguassú, com a presença do então presidente Getúlio Vargas. A diretoria foi eleita em 17 de julho do mesmo ano e o hospital foi inaugurado em 31 de março de 1935. O Hospital de Iguassú mantém as atividades até hoje, em seu prédio original.

Hoje em dia, porém, o mais importante hospital do município, e também da Baixada Fluminense, é o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), também conhecido como Hospital da Posse (nome do bairro onde está localizado).

O HGNI foi inaugurado em 1982, quando foi comprado da iniciativa privada pelo governo federal. Em 1991, o hospital passou a ser gerenciado pela prefeitura de Nova Iguaçu, voltando a ser federalizado em 1994, mas em co-gestão com a prefeitura municipal.

[editar] Esporte

Nova Iguaçu conta com diversas entidades dedicadas ao esporte amador. Além disso, possui uma Vila Olímpica, construída nos anos 90 dentro do Colégio Monteiro Lobato.

No esporte profissional, o município possui três clubes profissionais de futebol, que disputam o Campeonato Carioca: Nova Iguaçu Futebol Clube (na primeira divisão), Artsul Futebol Clube e Esporte Clube Miguel Couto (ambos na segunda divisão).

[editar] Economia

[editar] Agricultura

O plantio de café e a agricultura em geral em Tinguá e áreas próprias na cidade de nova Iguaçu está sendo retomado por projetos e iniciativas iguais a do líder político iguaçuano Luis Carlos Magalhães que no dia 6 de agosto de 2005 apresentou projeto para reativar a agricultura em grande escala no município de Nova Iguaçu.

O projeto foi apresentado na segunda conferêcia das cidades. Realizado em Seropedica na UR, Universidade Rural.

Dentro do projeto, além da reativação da agricultura em áreas não povoadas e abandonadas de domínio do estado e/ou particular, está a iniciativa da criação de uma nova Central de abastecimento nos moldes da CEASA, Central essa que comercializará principalmente os produtos plantados na região da Baixada Fluminense e atenderá comerciantes, feirantes e o público alvo dos produtos oferecidos.

Hoje comerciantes da Baixada Fluminense em geral vão a Ceasa localizada no município do Rio de Janeiro para efetuar suas compras, sendo que diversos produtos negociados lá, são produzidos na própria Baixada Fluminense.

Este desencontro por si só já elevam os preços dos produtos se levarmos em conta somente um item. Transporte = Frete. Uma vez que o produto é levado da Baixada Fluminense para o Ceasa e o consumidor Fluminense precisa ir a Ceasa buscá-lo e voltar a sua origem.

[editar] Comunicação

O jornal mais antigo de Nova Iguaçu, ainda em circulação, é o Correio da Lavoura, fundado em 22 de março de 1917. Embora sua periodicidade atualmente seja semanal, ainda é um importante periódico da região. Os únicos jornais diários da cidade atualmente em circulação são o Jornal de Hoje e o Jornal Hora H.

Também há várias rádios comunitárias, divulgadas principalmente através de alto-falantes instalados em algumas comunidades, além da Rádio Solimões, que funciona na faixa AM.

[editar] Ver também

  • Hino de Nova Iguaçu

[editar] Ligações externas

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