Piraju
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Nota: Se procura o rio de mesmo nome, consulte Rio Piraju.
- Nota: Se procura pelo peixe, consulte Salminus brevidens.
Piraju | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
[[Imagem:|250px|none|]] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
Piraju é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º11'37" sul e a uma longitude 49º23'02" oeste, estando a uma altitude de 646 metros. Sua população estimada em 2004 era de 28.831 habitantes. É considerado oficialmente uma estância turística.
Índice |
[editar] História
O povoamento da região iniciou-se antes de 1800, como ponto de ligação entre as províncias de São Paulo e Paraná, através de estrada cujo tráfego justificou a criação, pela Câmara Municipal de Curitiba, de um posto de pedágio no ponto de travessia do rio Paranapanema por uma balsa, no local onde está o município de Timburi.
Dados mais concretos são registrados após 1859, com a chegada da família Arruda, que se uniu às famílias Faustino e Graciano, que já habitavam a região. Essas famílias doaram o terreno para a ,criação do patrimônio denominado São Sebastião do Tijuco Preto, cabendo a Joaquim Antônio Arruda a organização do povoado e construção da capela de São Sebastião do Tijuco Preto, 16 de março de 1871 o bispo diocesano de São Paulo criou a paróquia, onde hoje se encontra a Guarda-mirim, na praça Benedito Silveira Camargo.
O nome São Sebastião do Tijuco Preto, mantido quando a Freguesia passou a Município, em 1890, somente foi alterado para Piraju, em 1906. Conforme antigos moradores, o topônimo Piraju - derivado de “pira-yuba”, significando peixe amarelo, originou-se de uma aldeia indígena assim denominada, localizada nas vizinhanças do Patrimônio.
A região desenvolveu-se rapidamente e o café, principal lavoura no município, colocou Piraju em posição de destaque na vida econômica do país.
Dentre vários acontecimentos peculiares à história da cidade, destaca-se a lei municipal que libertava completamente os escravos do município cerca de quatro meses antes da Lei Áurea e a instalação e o funcionamento de luz elétrica um ano e cinco meses antes do Rio de Janeiro (cidade) em 30 de setembro de 1905.
Em 1905 foram inaugurados na cidade a rede de água encanada, a rede de esgoto e o telefone. Em 1906, começou a operar o ramal ferroviário (inaugurado em 1908) e, em 1913, ocorreu a implantação de bondes elétricos no município.
Entre 1901 e 1910, o Brasil atingia a cifra de 7.835.940 sacas de café exportadas para o exterior. Piraju, no ano de 1900, tinha uma previsão de produção de 37.500 sacas; Tejupá (distrito de Piraju), então chamada de Belo Monte, 15.000 sacas; Sarutaiá (distrito de Piraju), então chamada de Pinhal, 7.500 sacas, perfazendo o município de Piraju 75.000 sacas.
O município possuía 12 máquinas de benefício de café. A dívida externa do Brasil, de trinta milhões de libras por ocasião da Proclamação da República, em 1910 passou a quase noventa milhões de libras.
Evidentemente Piraju seguia as trilhas do Brasil, pois o café, no ano de 1900, representava uma participação percentual na exportação de 56,95%, passando para o ano seguinte a atingir a participação de 59,02%. Com o café valorizado e com seus cafeicultores investindo cada vez mais em seu plantio, Piraju não poderia deixar de lado a vida política do Brasil, e passou a participar da política do País, do estado e da República.
Mas o café foi também o responsável por duros golpes na economia da região que se baseava na monocultura do café, que possibilitou a formação de riquezas na região, também foi causa de profundas crises sociais e econômicas que atingiram fortemente o município. Foram marcantes principalmente a crise de 1929, a baixa dos preços da década de 60 e início de 90 e as geadas de 1975 e 1994. Todavia, o tipo de solo apropriado, a topografia e o predomínio de pequenas e médias propriedades, incentivaram maciços investimentos na agricultura local. Modernizando suas técnicas, restaurou essa culturas, aliando-a a outras, tais como o milho, e ainda à criação de pequenos animais - aves e suínos. Atualmente Piraju faz parte do Escritório Regional de Ourinhos (EDR), responsável pela quarta maior produção (6,95%) de café do Estado de São Paulo no ano de 2000. Perde em importância apenas para as tradicionais áreas cafeicultoras, como São João da Boa Vista, Franca e Marília. Na regional de Ourinhos, historicamente têm se destacado Tejupá, como o município com maior produção de café, e Piraju (o segundo), que em 1998 produziram, segundo dados do IEA, respectivamente 39,20 e 12,25% do total de café do EDR. Em 2000, no entanto, Piraju, que vem aumentando a produção continuamente, apresenta a maior produção da regional, com 58.500 sacas, ou 23,30% do total de café.
[editar] Geografia
[editar] Demografia
Dados do Censo - 2000
População Total: 27.897
- Urbana: 24.296
- Rural: 3.601
- Homens: 13.669
- Mulheres: 14.228
Densidade demográfica (hab./km2): 55,22
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 16,70
Expectativa de vida (anos): 70,78
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,34
Taxa de Alfabetização: 90,84%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,791
- IDH-M Renda: 0,739
- IDH-M Longevidade: 0,763
- IDH-M Educação: 0,871
(Fonte: IPEADATA)
[editar] Hidrografia
[editar] Administração
- Prefeito: Francisco Rodrigues (2005/2008)
- Vice-prefeito: Jair Trova
- Presidente da câmara: Lauro Fernandes de Mello (2005/2006)
[editar] Transporte
- Empresa Onibus Manoel Rodrigues
- Aeroporto (asfaltado)