Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz
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O Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz localiza-se na ilha de Gerun, no Estreito de Ormuz, atual República Islâmica do Irã.
Ormuz (ou Hormuz) foi uma famosa cidade marítima e um pequeno reino próximo à boca do golfo Pérsico. O primitivo sítio da cidade era na margem norte do Golfo, cerca de 30 milhas a Leste da atual Bandar-e 'Abbas, mas por volta do ano de 1.300, aparentemente para escapar de ataques Tártaros, foi transferida para a pequena ilha de Gerun, que pode ser identificada como a Organa de Nearcho, aproximadamente 12 milhas a Oeste e a 5 milhas da costa.
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[editar] História
[editar] Antecedentes
Na seqüência da expansão portuguesa na Índia, em Outubro de 1507, Afonso de Albuquerque atacou esta capital, dominando-a, e quase conseguiu concluir a construção do Forte de Nossa Senhora da Vitória, se não fosse a deserção de três capitães portugueses (Motim dos Capitães). Foi forçado a abandoná-la em Janeiro de 1508.
[editar] O Forte de Nossa Senhora da Conceição
Em 1 de Abril de 1515, Albuquerque já governador da Índia, regressou a Ormuz, que reconquistou, fazendo reconstruir a fortificação, que colocou sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, e estabelecendo a suserania portuguesa, subordinada ao Estado da Índia.
A posição conservou-se por mais de um século. No contexto da Dinastia Filipina, as possessões portuguesas em todo o mundo tornaram-se alvo de ataques dos inimigos de Espanha, e no Golfo Pérsico, particularmente dos Ingleses. Em Janeiro de 1619, Rui Freire de Andrada, "General do Mar de Ormuz e costa da Pérsia e Arábia", partiu de Lisboa para a região, com instruções para dispersar os Ingleses, que haviam fundado uma feitoria em Jâsk desde 1616, pressionando os Persas, em parte desalojando-os da guarnição em Qeshm e ali erguendo uma fortificação portuguesa.
Na seqüência da queda do Forte de Queixome (Fevereiro de 1622), uma flotilha do Xá Abaz I da Pérsia, com mais de 3.000 homens e o apoio de seis embarcações Inglesas, colocaram cerco ao Forte de Ormuz (20 de Fevereiro). Os Persas ofereceram ao comandante português da praça a ilha de Qeshm em troca de 500.000 patacas e o porto de Julfar, na costa da Arábia, recém-conquistado aos portugueses por uma força combinada de Árabes e Persas. A oferta, entretanto, foi recusada e, em poucos meses, Ormuz era perdida para os Persas e seus aliados Ingleses (3 de Maio). A guarnição e a população portuguesa na ilha, cerca de 2.000 pessoas, foram enviadas para Mascate.
[editar] Do século XVII aos nossos dias
O lugar foi destruído pelos persas e desde então a ilha tem permanecido desolada e quase desabitada, embora a cidadela portuguesa e os seus tanques de água subterrâneos tenham subsistido. As ilhas de Ormuz, Keshm e outras na região, assim como Bandar-e 'Abbas e outros portos no litoral de Kerman, têm sido mantidas pelos Sultões de Oman como feudatários da Pérsia, por mais de um século, até quem em 1854 o último Estado afirmou o seu domínio e ocupou esses lugares à força.
[editar] Características
No século XVI o Forte de Ormuz apresentava planta quadrada. Numa das extremidades da ilha, era dela separada por um fosso. Ao centro, no terrapleno, erguiam-se as edificações de serviço.
[editar] Ver também
- BOXER, C. R.. Commentaries of Ruy Freyre de Andrada. Routledge, 2004. ISBN 0415344697
- LEITE, José Gervásio. Rui Freire de Andrada (edição comemorativa do duplo centenário da fundação e restauração de Portugal). Lisboa: Agência Geral das Colônias, 1940. 59p. mapas.
- Império Português
África do Norte: | Aguz (1506-1525) | Alcácer-Ceguer (1458-1550) | Arzila (1471-1550, 1577-1589) | Azamor (1513-1541) | Ceuta (1415-1640) | Mazagão (1485-1550, 1506-1769) | Mogador (1506-1525) | Safim (1488-1541) | Agadir (1505-1769) | Tânger (1471-1662) |
África Subsahariana: | Acra (1557-1578) | Angola (1575-1975) | Ano Bom (1474-1778) | Arguim (1455-1633) | Cabinda (1883-1975) | Cabo Verde (1642-1975) | São Jorge da Mina (1482-1637) | Fernando Pó (1478-1778) | Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642) | Guiné Portuguesa (1879-1974) | Melinde (1500-1630) | Mombaça (1593-1698, 1728-1729) | Moçambique (1501-1975) | Quíloa (1505-1512) | Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) | São Tomé e Príncipe 1753-1975 | Socotorá (1506-1511) | Zanzibar (1503-1698) | Ziguinchor (1645-1888) |
Ásia Ocidental: | Bahrain (1521-1602) | Ormuz (1515-1622) | Mascate (1515-1650) | Bandar Abbas (1506-1615) |
Subcontinente indiano: | Ceilão (1518-1658) | Laquedivas (1498-1545) | Maldivas (1518-1521, 1558-1573) | Índia Portuguesa: Baçaim (1535-1739), Bombaim (Mumbai) (1534-1661), Calecute (1512-1525), Cananor (1502-1663), Chaul (1521-1740), Chittagong (1528-1666), Cochim (1500-1663), Cranganor (1536-1662), Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954), Damão (1559-1962), Diu (1535-1962), Goa (1510-1962), Hughli (1579-1632), Nagapattinam (1507-1657), Paliacate (1518-1619), Coulão (1502-1661), Salsette (1534-1737), Masulipatão (1598-1610), Mangalore (1568-1659), Surate (1540-1612), Thoothukudi (1548-1658), São Tomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749) |
Ásia Oriental: | Bante (séc. XVI-XVIII) | Flores (século XVI-XIX) | Macau 1553-1999 | Macassar (1512-1665) | Malaca (1511-1641) | Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) | Nagasaki (1571-1639) | Timor-Leste (1642-1975) |
América do Sul: | Brasil (1500-1822) | Cisplatina (1808-1822) | Guiana Francesa (1809-1817) | Nova Colónia do Sacramento (1680-1777) | (Colonização do Brasil) |
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Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias. O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações. |