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Colonização do Brasil - Wikipédia

Colonização do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Mapa do Brasil (1519)
Série
História do Brasil
Período pré-colonial
Origens do homem brasileiro
Descoberta do Brasil
A exploração do pau-brasil
Período colonial
Colonização do Brasil
Invasões francesas do Brasil
Invasões holandesas do Brasil
Elevação do Brasil a Reino
A Independência do Brasil
Império do Brasil
Primeiro Império
Período regencial
Segundo Império
Período republicano
A República Velha
A Era Vargas
A República Nova
Os governos militares
A Nova República
Brasil no século XVI
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Brasil no século XVI

A Colonização do Brasil é o nome do processo de exploração e dominação realizado pelos portugueses a partir do século XVI nas atuais terras brasileiras. Tem início com a chegada dos colonizadores à nova terra, habitada por numerosas nações indígenas.

Estes indígenas teriam sido os primeiros colonizadores (no sentido de que se propagaram pelo território). Sua origem ainda não foi plenamente esclarecida, mas a opinião mais aceita é de que descenderiam de antigas raças asiáticas e da Oceania que teriam chegado à América pelo estreito de Behring ou pela navegação.

A princípio os portugueses acreditavam que os índios pertenciam ao mesmo grupo racial. Após algum tempo, percebeu-se que havia diferenças significativas: os grupos tupis eram mais cultos e falavam uma mesma lingua. Os tapuias habitavam o interior.

Hoje se diz que os índios do Brasil podiam ser divididos em quatro grande grupos étnicos: os tupi-guaranis, os tapuias (ou jês), os nu-aruaques e os caraíbas.

Todas estas nações indígenas, embora não tivessem culturas adiantadas como as das civilizações do México, da Bolívia e do Peru e não opusessem ao colonizador português a resistência que essas haviam oposto ao espanhol, deixaram como legado milhares de novas palavras ao vocabulário da língua portuguesa hoje falada no Brasil.

Muitos topônimos são originários da língua dos índios: os nomes de vários Estados (Amapá, Ceará, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí), de numerosas cidades (Caraguatatuba, Carapicuíba, Embu, Itamarandiba, Itaquaquecetuba, Paranapiacaba etc.), de acidentes geográficos (Anhangabaú, Itapeva, Urubuqueçaba, Itacolomi) e de animais (jaguatirica, urubu, tapir, siriema, jacutinga) tem como origem a cultura indígena, provando sua força.

Índice

[editar] Portugal e seu império colonial

[editar] Causas da expansão da colonização do Brasil

Vasco da Gama explorou as costas do Oceano Índico, abrindo as portas do Oriente à colonização portuguesa. Com o objetivo de obter a hegemonia comercial na região, os portugueses entraram em luta com os mercadores árabes, os antigos senhores dos mares, conseguindo infligir-lhes sérias derrotas. Calecute, Egito e Veneza uniram-se contra Portugal, porém esta aliança foi derrotada em 1509.

Em 1510 Afonso de Albuquerque conquistou Goa, na Índia, que logo se transformou na principal possessão portuguesa na Índia. O controle português das rotas marítimas entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo foi assegurado com a tomada da ilha de Socotorá e da cidade de Ormuz.

Ao Sião e às ilhas de Sumatra e Java foi posteriormente imposto o protetorado português, com o domínio na região de Malaca na península da Malásia. Com tal domínio, os exploradores portugueses puderam chegar às ilhas de Sonda, à China e ao Japão. Portugal passou a ter um controle tão grande do Índico que era necessário a quem quisesse atravessá-lo solicitar um salvo-conduto às autoridades portuguesas.

As conquistas no Oriente, somadas à existência dos entrepostos comerciais da África, fizeram nascer o primeiro grande império colonial da Europa moderna, que se estendia por 20.000 km de costas, do cabo Bojador, no Atlântico, às ilhas Molucas, no Pacífico.

Ineficaz, porém, foi a forma do monopólio da exploração do império. Em vez de povoar os territórios, Portugal se impunha militarmente: para manter a logística, dispendia boa parte do que lucrava com o comércio das especiarias, sobretudo a pimenta.

Como se isso não bastasse, a concorrência começou a crescer com a entrada no comércio dos espanhóis, franceses, ingleses e holandeses atraídos pelos lucros obtidos com a revenda das especiarias na Europa.

Desta forma, por volta de 1550 já se encontravam decadentes as estruturas coloniais portuguesas na Ásia e na África. Era hora de Portugal voltar-se para o Brasil.

[editar] Século XVI

[editar] A pré-colonização européia

No início, houve poucos pontos de ocupação espalhados pela extensa costa do Brasil, entre os pontos extremos determinados pelo meridiano do Tratado de Tordesilhas (1494).

Portugal não se interessou pelo Brasil de início, pois estava no auge o interesse pelo comércio de especiarias após a expedição em que Vasco da Gama descobrira o caminho para as Índias. Os portugueses tinham vindo atrás de riquezas minerais, mas o principal tesouro que encontraram seria o pau-brasil (Caesalpinia echinata), árvore em relativa abundância em largas faixas da costa. Do cerne avermelhado da madeira se extraía uma substância corante, usada para tingir tecidos. A madeira, dada sua grande resistência, era usada para mobiliário e na construção de navios. Como não descobriram ouro no Brasil e o comércio do pau-brasil rendia muito menos do que a pimenta e a noz-moscada, o interesse de Portugal limitou-se ao envio de algumas expedições.

Até 1530 a intervenção de Portugal resumiu-se ao envio de algumas esquadras para verificação da costa, à exploração comercial do pau-brasil, fundando-se feitorias, estabelecimentos efêmeros onde se armazenava o pau brasil até a chegada da próxima frota. Eram atacadas por barcos franceses e por índios.

No início, vinham apenas homens portugueses para o Brasil, o que provocou grande miscigenação, formando-se casais inter-étnicos (portugueses-índias). A segunda geração, seus filhos mamelucos, conheciam a língua nativa e tinham outras facilidades de relacionamento. Alguns se tornaram famosos bandeirantes como Francisco Dias Velho, por exemplo, o fundador da povoação que deu origem à Vila de Nossa Senhora do Desterro, bisneto de uma tapuia.

Entre os portugueses que formaram família no Brasil destacaram-se no início da colonização Diogo Álvares Correia, o "Caramuru", e João Ramalho.

Caramuru viveu na Bahia, em cuja costa havia naufragado o navio em que viajava em 1510, até a sua morte, em 1557, sendo respeitado pelos Tupinambás. Tinha várias mulheres, como costume entre os índios, entre as quais Paraguaçu, filha de um chefe guerreiro ou cacique. Com ela teve muitos filhos; duas filhas se casaram com espanhóis, moradores na região.

De João Ramalho, não se sabe se seria náufrago, degredado, desertor ou simples aventureiro. Desde 1508 convivia com os índios Guaianases, na região onde mais tarde seria fundada São Vicente. Casou-se com Bartira, também filha de um chefe guerreiro. Bartira e João Ramalho tiveram tantos filhos e filhas que estão presentes na genealogia de todas as antigas famílias paulistas.

[editar] O início da colonização européia

Diz-se que é a partir de 1516 que se inicia, realmente, a colonização, com a ordem de D. Manuel I de distribuir, gratuitamente, machados e enxadas aos portugueses dispostos a povoar o Brasil. Em 1518, porém, os índios exterminariam a colônia em Porto Seguro, atacando a igreja e, em seguida, a feitoria.

Ataque de índios a uma povoação de colonos
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Ataque de índios a uma povoação de colonos

Excetuando-se a expedição guarda-costas de Cristóvão Jacques, em 1516-1519, não houve praticamente atividade oficial da Coroa na América portuguesa. A primeira tentativa de governo se dará sob D. João III com a missão chefiada por Martim Afonso de Sousa. Dessa longa viagem há um documento fundamental, o "Diário da navegação", de Pero Lopes de Sousa, de 1530-1532 mas só publicado no século XIX. É peça chave para se entender a luta entre Portugal e Espanha pelo controle do estuário do Rio da Prata.

Alguns historiadores situam o início da colonização por volta de 1530, quando começou a cultura da cana-de-açúcar e a instalação de engenhos para a fabricação do açúcar. Mas a implantação deste esquema exigia atividades complementares, secundárias porém fundamentais para a produção açucareira: a pecuária e a agricultura de subsistência.

Antonil comenta, em sua obra de 1710, «Cultura e Opulência do Brasil por suas drogas e minas»: Quem chamou as officinas em que se fabrica o assucar, engenhos, acertou verdadeiramente no nome. Porque quem quer que as vê, e considera com reflexão que merecem, he obrigado a confessar que são huns dos principaes partos, e invenções do engenho humano, o qual como pequena porção do Divino, sempre se mostra no seu modo de obrar, admirável. (...) O ser senhor de engenho, he titulo, a que muitos aspirão, porque traz consigo, o ser servido, obedecido e respeitado de muitos.» (na grafia arcaica original).

A cultura do açúcar incidiu primeiramente sobre o século da descoberta e sobre o início do século XVII, mas influenciou o Brasil durante quatro séculos. Até às grandes descobertas dos ibéricos, o açúcar era produto de farmácia, caro, ao alcance de poucos, presente oferecido em porções diminutas. Já no século XV Portugal o obtinha de canaviais plantados na Ilha da Madeira, Açores, São Tomé. Sua demanda pela Europa o foi fator que estimulou a ocupação da costa brasileira e a imediata criação de áreas produtoras, inicialmente situadas no Recôncavo baiano e na Zona da Mata pernambucana. As mudas vieram da Madeira com as primeiras expedições e se espalharam pelo litoral. Plantou-se cana de açúcar em todas as capitanias hereditárias, mas Pernambuco foi onde deu certo!

Já as primeiras cabeças de gado vieram do arquipélago de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de São Vicente. Em 1550 Tomé de Sousa mandou uma caravela a Cabo Verde trazer um novo carregamento, desta vez para Salvador. Da cidade, o gado começou a espalhar-se rumo a Pernambuco e para o nordeste e o norte, principalmente Maranhão e Piauí.

[editar] A interiorização da ocupação

O reconhecimento do interior da terra, descoberta há poucas décadas, começou a ser feito pelas entradas e bandeiras. Havia interesse em descobrir o ouro, a terra do Eldorado, ou diamantes como na Índia, e prata como nas minas do Potosí, na atual Bolívia.

O sonho das riquezas estimulou a penetração, e foram surgindo arraiais.

As entradas eram penetrações organizadas pelos governadores e contavam portanto com seu incentivo, eram pagas pelo Rei. As principais saíram da Capitania de São Vicente e destinavam-se a prender índios para escravizá-los (dizia-se prear carijós) e buscar os metais preciosos - ouro e prata - tão abundantes nas zonas de colonização espanhola como México, Peru, Bolívia.

Os vicentinos aproveitaram o fato de os rios do planalto sul do Brasil correrem para o interior e desceram por eles rumo ao interior, às bacias dos rios Paraná e Paraguai e Uruguai, penetrando regiões que teoricamente pertenciam à Espanha, onde os jesuítas aldeavam os índios, ou bugres, em aldeias a que chamavam reduções. Já os encontravam reunidos, catequizados, eram presa mais cobiçada!

Outros rumaram pelo que se chamava o sertão dos Cuietés, subindo serranias, padecendo de seus esforços brutais, na terra que hoje é Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso. Demoravam anos em pesquisas, alguns enlouqueciam mesmo, sem conseguir voltar a sua vida normal, alucinados com a febre do ouro, das esmeraldas, dos diamantes. Como tinham que plantar para comer, onde permaneciam meses deixaram o núcleo dos ajuntamentos que se transformaram em aldeias, vilas, cidades.

Já as bandeiras eram expedições financiadas por comerciantes, fazendeiros, traficantes de bugres. Juntavam-se aventureiros e mamelucos paulistas, partiam sob a chefia de algum homem das velhas famílias indigenizadas de São Paulo, Camargo, Pires, Pais Leme ou Bueno da Silva, deixando a gerir seus negócios costumeiros suas valentes mulheres, as verdadeiras matronas. Passavam anos no mato, formavam famílias novas com as carijós da terra, fundavam arraiais onde plantavam milho, escalavam os picos da terrível serra da Mantiqueira, passavam fome e frio, tudo isso para trazer fieiras de índios e, muito mais tarde, nos anos finais do século XVII, as primeiras pepitas de ouro recolhidas nos ribeirões do Carmo. Entraram para a história do Brasil como bandeirantes.

[editar] Século XVII

América do Sul em 1650. Note-se que as cidades indicadas o são a título indicativo, pois muitas não existiam na época.
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América do Sul em 1650. Note-se que as cidades indicadas o são a título indicativo, pois muitas não existiam na época.

Desde 1578, quando o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, morreu combatendo alguns potentados mouros no norte de África, na batalha de Alcácer-Quibir, o destino de Portugal estava entregue à Espanha. Assumiu de imediato a coroa seu tio-avô, o velho cardeal Dom Henrique que morreria dois anos depois em 1580. Por força de seu sangue português, palavras, armas e dinheiro, Filipe II, rei da Espanha e tio de D. Sebastião, foi aclamado rei de Portugal como Filipe I. Pelo Juramento de Tomar, o rei espanhol concedeu em 20 de abril de 1581 certa autonomia a Portugal: mantinha o idioma, os cargos seriam atribuídos a funcionários portugueses. Teve início então o período de 60 anos de domínio espanhol: Portugal (e o Brasil) herdaria os inimigos da Espanha, que não eram poucos: Inglaterra, França e as Províncias Unidas ou Holanda. Com a União Ibérica, surgiu o interesse dos Países Baixos em nossa terra, por isso o Nordeste foi invadido e dominado por tantas décadas. O assunto é mais estudado no capítulo Invasões holandesas no Brasil.

Curiosamente, durante quase um século, entre 1648 e fim da década de 1740, o Brasil dominou Angola, tomando o lugar de Portugal no controle da colônia e do tráfico de escravos. O domínio começou com o envio de uma armada, financiada por comerciantes brasileiros, para reconquistar Angola, então sob o domínio dos Países Baixos.

De 1641 até à altura da Restauração de Angola, em 1648, ficou o Brasil em difícil situação econômica devido à falta de renovação da mão-de-obra escrava, ocorrendo declínio da colonização, ao mesmo tempo que aumentava, de maneira notável, o progresso das regiões ocupadas pelos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais comandados por Maurício de Nassau. Em virtude de sua privilegiada posição estratégica com litoral no Atlântico Sul, em frente de Angola, e pelas condições que ofereciam os seus portos, em particular a Bahia e o Rio de Janeiro, estava o Brasil em ótima situação para servir de ponto quase obrigatório de passagem das armadas que se dirigiam a Angola. Assim sucedia com as frotas comerciais, que iam ao Brasil e só dali alongavam a sua viagem até Angola. Duas armadas militares enviadas a Angola em 1645 tiveram na Bahia a sua base naval, o mesmo tendo acontecido à armada libertadora de 1648. Quando Angola foi libertada dos holandeses, os negros dali idos, em número elevado, constituíam apreciável aglomerado social vinculado espiritualmente à sorte da sua terra-mãe, sendo de destacar, entre eles, Henrique Dias, o qual combateu valorosamente pelo estandarte real tanto no Brasil como em Angola. A História que se ensina nas escolas lusófonas ignora ou quase ignora que negros, mestiços e brancos colaboraram entusiasticamente na empresa "angolana", solidarizando-se na tarefa da libertação e reconquista de Angola e São Tomé e Príncipe.

Este fato tem relações próximas com o fato dos neerlandeses terem invadido Pernambuco. Esta invasão neerlandesa durou de 1624 a 1654. Em 1637, instalou-se em Pernambuco o conde Maurício de Nassau. Nassau percebeu que faltava mão-de-obra na região e deu-se conta também de que podia vir de Angola. Assim, reportou a Amsterdã que para manter o domínio sobre Pernambuco era preciso dominar Angola. Desta forma os neerlandeses a tomam, em 1641. O domínio neerlandês em Angola dura até cerca de 1648, quando os portugueses já têm Pernambuco praticamente de volta. Portugal autoriza a retomada de Angola, mas não envia tropas. Quem toma esta atitude são os comerciantes do Rio de Janeiro, que pagam uma armada para tomar Angola dos neerlandeses, que não impõem resistência. Estes já estavam perdendo o Nordeste, portanto Angola já não lhes interessava. Num dia a armada brasileira tomou Luanda. A partir de então todos os cargos importantes do governo passaram a ser ocupados por pessoal vindo do Brasil, desde o governador-geral até o bispo e o comandante militar. Isto durou por quase um século.

[editar] Expansão territorial

Costuma-se dizer que durante o século XVI, as povoações se concentravam no litoral, já que os colonos tinham medo da floresta e dos índios. Isso começou a mudar quando os jesuítas passaram a fundar missões no interior. A partir daí, a marcha em direção ao interior foi efetuada pelos bandeirantes e pelos criadores de gado. Aumentou consideravelmente a extensão do território, por ações de expedições militares do Governo para expulsar estrangeiros, jesuítas que fundaram aldeias para catequizar os índios e exploração econômica de riquezas naturais do sertão, bandeirantes que buscavam apresar índios no sertão, e acharam metais preciosos, e criadores de gado cujos rebanhos e fazendas foram sendo "empurrados" para o interior.

As principais expedições militares fundaram Filipéia de Nossa Senhora das Neves (1584), hoje João Pessoa; o Forte dos Reis Magos (1597), hoje Natal; a Fortaleza de São Pedro (1613) hoje Fortaleza e o Forte do Presépio (1616) atual Belém.

A pecuária desempenhou grande papel na economia colonial pois fornecia à população carne, força motriz para os engenhos, couro com suas múltiplas utilidades e os animais de transporte para as zonas mineradoras. Representava um negócio interno e seus lucros foram diretamente incorporados pela colônia mesmo sendo atividade bastante rudimentar.

Carta régia de 1701 proibiu a criação do gado numa faixa de 10 léguas a partir do litoral, já que ocuparia extensos pastos mais lucrativos se utilizados na cultura canavieira. Os sertões do nordeste são a área criatória mais antiga da colônia. A fase de ascensão da pecuária nordestina estendeu-se até o início do século XVII, até sua pratica extinção causada pelas brutais secas de 1791 e 1793. Nas campinas da região sul, a pecuária encontraria por seu lado condições altamente favoráveis.

Depois da união ibérica (1640), Portugal entrou em recessão com a concorrência que o açúcar das Antilhas fazia ao do Brasil, cujo preço caiu. O velho sonho de encontrar ouro foi retomado.

[editar] Datas importantes no século XVII

Algumas datas são importantes marcos na história da colonização no Brasil.

  • 1603 - Publicação das Ordenações Filipinas em 11 de janeiro, promulgação dos primeiro Regimento das Minas em 16 de agosto.
  • 1604 - Criação do Conselho das Índias e Conquistas Ultramarinas.
  • 1605 - Inicio das medidas de controle sobre a permanência de estrangeiros em território português ultramarino, concessão de ampla liberdade aos índios, por provisão real de 5 de junho, construção do Forte de Santa Cruz no Rio de Janeiro.
  • 1606 - Concessão à Santa Casa do Rio de Janeiro dos mesmos privilégios e provisões da Santa Casa de Lisboa.
  • 1608 - Nova divisão do Brasil em duas administrações: norte e sul (incluindo Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente). Foral da vila de Angra dos Santos Reis da Ilha Grande, Rio de Janeiro e criação da vila de Nossa Senhora da Conceição em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
  • 1609 - Início do governo de Francisco de Sousa, sediado no Rio. Criação do Tribunal da Relação do Brasil em Salvador, por resolução de 7 de março e Instalação do matadouro do Rio.
  • 1612 - Reunificação administrativa do Brasil.
  • 1615 - Elevação da vila (antiga feitoria) de Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio, construção do forte de São Mateus (ou Santo Inácio) próximo à ponta de Búzios, Cabo Frio, no Rio.
  • 1616 - Tratado de paz entre Holanda e Portugal.
  • 1617 - Provisão de Salvador Correia de Sá a seu filho Gonçalo Correia de Sá, ordenando a abertura do caminho da marinha para o rio Paraíba e exploração do sertão. Carta régia autoriza a todos os vassalos a exploração das minas descobertas no Brasil.
  • 1618 - Inicio na Europa da Guerra dos Trinta Anos. Promulgado do segundo regimento das minas.
  • 1619 - Estabelecimento da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência no Rio.
  • 1620 - Início do conflito entre jesuítas e o Santo Oficio.
  • 1621 - Fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais com privilégios comerciais na Africa e América. Inicio do reinado de Filipe III de Portugal (Filipe IV da Espanha), dinastia de Habsburgo. Divisão do Brasil em Estado do Brasil e estado do Maranhão e Grão-Pará.
  • 1622 - Fundação dos primeiros engenhos de açúcar no Maranhão.
  • 1627 - Início de povoamento dos Campos dos Goitacazes com introdução de pecuária, principalmente a partir de 1633.
  • 1634 - Freguesia de Nossa Senhora da Candelária, na cidade do Rio de Janeiro.
  • 1640 - Fim da União das Coroas ibéricas. Restauração da monarquia portuguesa com aclamação de D. João IV, da Casa de Bragança.
  • 1642 - Criação do Conselho Ultramarino e dos conselhos da Consciência, Fazenda, Guerra, e Estado. Abolição dos monopólios régios nas Índias e Guiné, salvo o da canela. Decreto do monopólio do tabaco em favor da coroa.
  • 1643 - Indicação de Salvador Correia de Sá para governador e administrador geral das minas de São Paulo, com poderes independentes.
  • 1644 - Movimento contra a família Sá e aclamação de Agostinho Barbalho como governador do Rio, "eleito pelo povo".
  • 1648 - Reconquista de Angola por Salvador Correia de Sá. Fundação da Ordem Terceira de NS do Carmo no Rio de Janeiro.
  • 1649 - Criação da Companhia Geral de Comércio do Brasil. Partida da primeira frota com destino ao Brasil. Portugueses expulsos Arábia e do Golfo Pérsico por árabes ajudados por ingleses e holandeses.
  • 1650 - Início do curso de Artes e Teologia do Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro.
  • 1652 - Restabelecimento do Tribunal da Relação do Brasil suprimido pelos Filipes, ainda sediado em Salvador. Extensão da autorização para entradas a todas as ordens religiosas e não mais apenas aos jesuítas.
  • 1657 - Ataque holandês a Portugal bloqueia Lisboa por três meses. Instauração da Custodia do Rio de Janeiro pelos franciscanos, depois da elevação da Custodia de Pernambuco a Província Autônoma sob a denominação de Santo Antônio do Brasil.
  • 1659 - Extinção da Companhia Geral de Comércio do Brasil.
  • 1660 - Revolta no Rio de Janeiro, liderada por Agostinho Barbalho contra Salvador Correia de Sá e a cobrança de impostos. Ordem de Salvador Correia de Sá para exploração da estrada de Parati visando à descoberta de minas de ouro.
  • 1661 - Acordos de Londres e Haia - os holandeses reconhecem a perda do nordeste do Brasil.
  • 1663 - Regimento dos capitães-mores.
  • 1664 - Criação da Companhia Francesa das Índias. Os primeiros franceses em Caiena.
  • 1666 - Instalação de estaleiro na Ilha Grande, Rio, para construção de fragatas. Ordem para envio de maior número de cavalos a Angola. Epidemia de bexiga no Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.
  • 1667 - Condenação do Padre Antônio Vieira a reclusão e silêncio. Foral da vila de Parati.
  • 1669 - Requerimento da câmara municipal para que todos os anos viessem ao Rio de Janeiro três navios de Angola com escravos.
  • 1671 - Revolta dos Frades no Rio, Bahia e Pernambuco pela isenção de submissão aos prelados portugueses.
  • 1673 - Permissão de navegação transportando escravos negros para particulares e para companhias, obrigando a observação das "regras humanitárias" de 1664.
  • 1674 - Publicação do regimento para os armazéns da Guiné e Índias e Armadas. Criação da Junta do Tabaco.
  • 1675 - Criação da nova Província Religiosa do Rio de Janeiro com o nome de Imaculada Conceição.
  • 1676 - Elevação do Bispado da Bahia a Arcebispado Metropolitano do Brasil. Criação do Bispado do Rio de Janeiro, sufragâneo da Bahia pela bula papal Romani Pontificis Pastoralis Solicitudo, de 22 de novembro. Delimita como limites diocesanos a área entre o sertão do Espírito Santo e o Rio da Prata.
  • 1677 - Foral da vila de São João do Paraíba, Rio. Foral da vila de São Salvador dos Campos dos Goytacases, Rio.
  • 1678 - Instalação da Relação Eclesiástica na Bahia.
  • 1679 - Subordinação das capitanias do sul do Brasil ao governo do Rio de Janeiro
  • 1680 - Criação da Colônia de Sacramento por Manuel Lobo, governador do Rio de Janeiro.
  • 1681 - Criação da Junta das Missões. Descoberta de pedras preciosas por Fernão Dias Pais Leme.
  • 1683 - Coroação de D. Pedro II (sucessor de D. Afonso VI).
  • 1690 - Fundação do arraial de Sabará, Minas Gerais, pelos paulistas.
  • 1695 - Destruição do Quilombo dos Palmares.
  • 1696 - Nomeação do primeiro juiz de fora no Rio de Janeiro. Construção do Forte de Santiago da Misericórdia (ou do Calabouço) na base do Morro do Castelo, cidade do Rio.
  • 1697 - Primeiras descobertas significativas de minas de ouro em Minas Gerais.
  • 1698 - Transferência da Casa da Moeda de Salvador para o Rio de Janeiro.
  • 1699 - Sujeição da Colônia do Sacramento ao Rio de Janeiro.
  • 1700 - Proibição de passagem de mestres, oficiais e escravos para Minas Gerais.

Até o fim do século XVII Portugal explorou o Brasil com tranqüilidade. Havia interesses comuns entre colonos e o governo em função de interesses econômicos. A um certo momento, pareceu-se entender que explorar a Colônia significava também incentivar algum desenvolvimento, e com o desenvolvimento, poderiam surgir idéias de independência. A contradição acabou provocando numerosas revoltas, mas nems empre com o objetivo de separar o Brasil de Portugal. Os interesses eram mais bem econômicos: a fuga à opressão quando se afigurava demasiada.

[editar] Século XVIII

América do Sul em 1750.
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América do Sul em 1750.

A descoberta das primeiras jazidas na terra posteriormente, e por isso mesmo, chamada Minas Gerais provocou verdadeira febre: gente de todo tipo acorreu em busca de riquezas. Dizia-se que o reino esvaziou... Houve conflitos, guerras, mudanças profundas. Nem por isso o Brasil ficou mais rico. 20& do ouro transformado em barras nas Casas de Fundição (pois era proibido negociar ou manter ouro em pó ou em pepitas) já ficava ali, era o quinhão da Coroa. E o resto acabada partindo, pagando escravos, implementos, armas, mantimentos, vinho. Mas tampouco permaneceu em Portugal: foi parar nas mãos dos ingleses.

O conflito entre entre os paulistas descobridores do ouro e os portugueses, reinóis recém chegados, que queriam datas ou terras nas minas, provocou mortandade no Rio das Mortes, onde hoje está a cidade de São João del Rei. Os forasteiros ficaram apelidados emboabas.

Procurando dar fim à rivalidade, a Coroa interveio na na região e passou a exercer o controle econômico da minas. Em Julho de 1711, D. João V elevou São Paulo à categoria de cidade, dela separando administrativamente a região das minas. Além dessa que mencionados e se chamou Guerra dos Emboadas, em 1708, houve em 1720 uma revolta em Vila Rica na qual foi enforcado Filipe dos Santos a mando do conde de Assumar.

Em 1720 tanta gente vinha para o Brasil catar ouro que a Metrópole foi obrigada a limitar as saídas, autorizadas somente mediante passaporte especial fornecido pelo governo. Acabaram criadas uma Intendência das minas, órgão diretamente vinculado ao rei, com as funções de distribuir terras para exploração do ouro, cobrar tributos, fiscalizar o trabalho dos mineradores. O controle da circulação do ouro se fazia nas Casas de Fundição, que o transformavam em barras e retirava o quinto. Mais tarde, fixada a quantidade de arrobas de ouro que anualmente deveriam, forçosamente, ser enviadas a Portugal, quando não se completavam, era feita a terrível derrama. Com a expansão bandeirante, foi descoberto ouro no Mato Grosso em 1718 e em Goiás em 1725. O abastecimento das novas capitanias (Mato Grosso e Goiás) ficava na responsabilidade das monções, cortejo de canoas que realizava longo e difícil percurso até atingir os sertões do centro-oeste.

Depois, acharam-se diamantes. Durante dez anos, aliás, haviam saído contrabandeados para o porto de Salvador... Calcula-se que, entre 1730 a 1830, produziram-se em Minas Gerais cerca de 610 quilos. Preocupado com o contrabando, a Matrópole criou a Intendência dos Diamantes, que passou a funcionar a partir de Agosto de 1771 com a função básica de fiscalizar a exploração dos diamantes e proceder à cobrança de impostos. Delimitou-se todo um Distrito, intitulado Distrito Diamantino, terra fechada, sem estradas, sem caminhos. Choviam proibições na colônia: em 1751 foi proibido o ofício de ourives em Minas, para evitar o extravio; em 1766 a proibição se estendeu à Bahia, Pernambuco e Rio. Em 1785, proibiram-se todas manufaturas têxteis. Em 1795, proibição da instalação de indústria de ferro.

Mesmo assim fundavam-se cidades, como Rio Grande, em 19 de fevereiro de 1737, pelo brigadeiro José da Silva Paes.

Em 1751, surgiu o Estado do Grão-Pará e Maranhão, causado pela expansão do Estado do Maranhão rumo à Amazônia. No ano de 1772, foi repartido: parte do território foi anexado à Capitania de São José do Rio Negro, passando a constituir o estado do Grão-Pará e Rio Negro, com capital em Belém: outra parte foi anexada às terras do estado do Piauí, passando a constituir o estado do Maranhão e Piauí, com capital em São Luís.

No nordeste, a exploração do açúcar originara uma sociedade rural, dominada pelos senhores de engenho e tendo na base os escravos e dependentes. Em Minas Gerais, a exploração do ouro fez nascer uma sociedade urbana, heterogênea, composta de comerciantes, funcionários do rei, profissionais liberais e vastíssima multidão de escravos. Os escravos chegaram a constituir, em 1786, 75% da população mineira. A ascensão social era também mais fácil do que no Nordeste açucareiro.

No fim desse século, houve a Inconfidência Mineira, em 1789, e pouco depois a Conjuração Baiana (1798). O Brasil acordava.

[editar] A colonização pelos imigrantes

[editar] Os açorianos

[editar] Os portugueses

[editar] Os espanhóis

[editar] Os negros

Embora os negros tivessem sido trazidos a força para o Brasil para trabalhar como escravos, sua influência revelou-se muito grande e com o passar do tempo muitos dos seus hábitos foram incorporados à cultura local. Principalmente na culinária e no vocabulário podem-se notar influências dos que foram trazidos de diversas partes da África.

[editar] Os suíços

Em maio de 1818, D. João VI autoriza por decreto a primeira imigração não portuguesa para o Brasil, exatamente as cem famílias de colonos do Cantão de Fribourg, na Suíça.

[editar] Os alemães

[editar] Os italianos

[editar] Os japoneses

[editar] Correntes migratórias minoritárias

[editar] Os poloneses

[editar] Os lituanos

[editar] Os suíços

[editar] Os austríacos

  • Imigração austríaca no Brasil

[editar] Os Árabes

[editar] Neo-colonialismo

Após a independência do Brasil a colonização não terminou, continuando sob a forma de colonialismo cultural, símbolo da influência francesa através da corte. Posteriormente, o domínio cultural anglo-saxônico e, finalmente, o estado-unidense, se impuseram. A colonização Coca-cola tornou-se uma realidade inegável.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

[editar] Bibliografia

História da colonização
Colonização: África (cron.) | Américas (cron.) | Ásia e Oceania (cron.)
Descolonização: África (cron.) | Américas (cron.) | Ásia e Oceania (cron.)
Povos da Antiguidade: Assírios | Babilónios | Cartagineses | Fenícios | Gregos | Romanos
Impérios Europeus: Alemão | Belga | Britânico | Espanhol | Francês | Holandês | Italiano | Português
Outras línguas
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