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Guimarães - Wikipédia

Guimarães

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados de Guimarães, ver Guimarães (desambiguação).
Guimarães
Brasão de Guimarães Bandeira de Guimarães
Brasão Bandeira

Castelo de Guimarães
Localização de Guimarães
Gentílico Vimaranense; Guimaranense (raro)
Área 242,85 km²
População 161 876 hab. (2004)
Densidade populacional 666,56 hab./km²
Número de freguesias 69
Fundação do município
(ou foral)
1096? (Conde D. Henrique)
Região Norte
Sub-região Ave
Distrito Braga
Antiga província Minho
Orago Nossa Senhora da Oliveira e São Gualter
Feriado municipal 24 de Junho
(Batalha de São Mamede)
Código postal 4800 Guimarães
Endereço dos
Paços do Concelho
Largo Cónego José Maria Gomes
4800-419 Guimarães
Sítio oficial www.cm-guimaraes.pt
Endereço de
correio electrónico
geral@cm-guimaraes.pt
Municípios de Portugal

Guimarães é uma cidade portuguesa situada no Distrito de Braga, região Norte e sub-região do Ave (uma das sub-regiões mais industrializadas do país), com uma população de 52 182 habitantes[1], repartidos por uma malha urbana de 23,5 km², em 20 freguesias e com uma densidade populacional de 2 223,9 hab\km². É sede de um município com 242,85 km² de área e 161 876 habitantes (2004), subdividido em 69 freguesias, sendo que a maioria da população reside na cidade e na sua zona periférica. O município é limitado a norte pelo município de Póvoa de Lanhoso, a leste por Fafe, a sul por Felgueiras, Vizela e Santo Tirso, a oeste por Vila Nova de Famalicão e a noroeste por Braga.

É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes

Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas, avenidas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.

A Guimarães actual soube conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção do património com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas.

Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D. Afonso Henriques poder ter nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da Reconquista e de protecção de territórios a sul, levou esse mesmo centro para Coimbra em 1129.

Os "Vimaranenses" são orgulhosamente tratados por "Conquistadores", fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães.


Índice

[editar] História

Ver artigo principal: História de Guimarães

Praça da Oliveira, no Centro histórico de Guimarães, com o Padrão do Salado
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Praça da Oliveira, no Centro histórico de Guimarães, com o Padrão do Salado

A cidade está historicamente associada à fundação da nacionalidade e identidade Portuguesa. Guimarães, entre outras povoações, antecede e prepara a fundação de Portugal, sendo conhecida como "O Berço da Nação Portuguesa". Aqui tiveram lugar em 1128 os principais acontecimentos políticos e militares, que levariam à independência e ao nascimento de uma nova Nação. Por esta razão, está inscrito numa das torres da antiga muralha da cidade “Aqui nasceu Portugal”, referência histórica e cultural de residentes e visitantes nacionais.

[editar] Pré e Proto-História

A região em que Guimarães se integra é de povoamento permanente desde pelo menos o Calcolítico Final nacional, como atestam a presença, no concelho, das citânias de Briteiros e de Sabroso ou a Estação arqueológica da Penha.

A Ara de Trajano, denuncia a utilização, pelos romanos das águas termais da vila de Caldas das Taipas.

[editar] Da fundação de Guimarães à fundação de Portugal

A fundação medieval da actual cidade tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes, mandou construir, na sua propriedade de Vimaranes, um mosteiro dúplice, que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um grupo populacional conhecido como vila baixa. Paralelamente e para defesa do aglomerado, mandou construir um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação na vila alta. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.

Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Real Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam crentes com preces e promessas.

A outorgação, pelo Conde D. Henrique, do primeiro foral nacional (considerado pela maioria dos historiadores anterior ao de Constantim de Panóias), em data desconhecida, mas possivelmente em 1096, atesta a importância crescente da então vila de Guimarães, escolhida ainda como capital do então Condado Portucalense.

Aqui se daria, a 28 de Junho de 1128, a Batalha de São Mamede.

[editar] Idade média

Como a vila foi-se expandindo e organizando, foi rodeada parcialmente por uma muralha defensiva no reinado de D. Dinis. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da cidade. Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o derrube da muralha que separava os dois núcleos populacionais no reinado de D. João I, a vila intramuros já pouco mudará, embora se expandisse extramuros com a criação de novos arruamentos como a Rua dos Gatos.[2]

[editar] Idade moderna e contemporânea

Haverá ainda a construção de algumas igrejas, conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade, pela Rainha D. Maria II, por decreto de 23 de Junho de 1853[3], irá sofrer a sua maior mudança.

Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas, serão construídos os Largos do Carmo, Alameda de São Dâmaso (hoje Largo de Martins Sarmento) e Condessa do Juncal, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas e posteriormente a parquização da Colina da Fundação e a abertura da Alameda de São Dâmaso. No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro Histórico.

[editar] Geografia

[editar] Orografia

A montanha da Penha, com a elevação de 613 metros, apresenta-se como o ponto mais elevado do concelho.

[editar] Hidrografia

O concelho é parte integrante da bacia hidrográfica do rio Ave. É irrigado pelo rio Ave e rio Vizela, rio Torto e rio Febras e a cidade pelo rio Selho, rio de Couros e a ribeira de Santa Lúzia.

[editar] Fauna

A diversidade de espécies é escassa, em especial nas zonas urbanas. Ainda assim, o concelho apresenta algumas espécies com interesse cinegético como a Raposa-vermelha, Javali, Rola-comum, Tordo, Pombo ou a Perdiz-vermelha.[4]

[editar] Flora

Apresenta uma flora algo diversificada.

[editar] Demografia

Da população do concelho, em 2001 52 182 viviam na cidade, 68 643 habitavam na cidade propriamente dita, ou nas freguesias que fazem parte da cidade, e 44221 nas vilas do concelho[5], sendo previsto que até 2010, o concelho, atinja uma população de 188 178 habitantes.[6]

Evolução da população do concelho de Guimarães (1801 – 2004)

[editar] Freguesias e organização administrativa

Mapa das freguesias de Guimarães
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Mapa das freguesias de Guimarães

No contexto de políticas sub-regionais de desenvolvimento e de mobilidade, é membro da Grande Área Metropolitana do Minho, constituída por 13 municípios, que no seu total contabilizam 798 043 habitantes em 2001, sendo também a maior cidade e concelho da sub-região do Vale do Ave que por si só alberga 509 969 habitantes (2001), sendo ainda a sede da Associação de municípios do Vale do Ave. Pertence ainda ao Distrito de Braga.

O concelho é compreendido por 69 freguesias, sendo 28 freguesias classificadas como Áreas Mediamente Urbanas (AMU), tendo 1 o estatuto de vila e as restantes 41 freguesias categorizadas como Áreas Predominantemente Urbanas (APU) , sendo que dessas freguesias, 8 têm o estatuto de vila e 20 são total ou parcialmente inseridas na cidade.[7]

[editar] Freguesias com estatuto de vila

[editar] Freguesias correspondentes à área urbana da cidade

[editar] Restantes freguesias predominantemente urbanas

Igreja de Tabuadelo
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Igreja de Tabuadelo

[editar] Freguesias mediamente urbanas

[editar] Eleições autárquicas de 2005

[editar] Câmara Municipal

A Câmara Municipal, é presidida, desde 1989, por António Magalhães da Silva.

Candidato Partido votos % e mandatos
António Magalhães da Silva PS 43691
49,4%
6
Rui Vítor Lobo Costa PPD/PSD 26602
30,1%
4
António Salgado Almeida PCP-PEV 10141
11,5%
1
Ricardo Manuel Gonçalves CDS-PP 2414
2,7%
0
Luísa dos Santos BE 1929
2,2%
0
António José Teixeira PCTP/MRPP 1098
1,2%
0

[editar] Geminações

Guimarães tem os seguintes acordos de geminação:

[editar] Sociedade

[editar] Qualidade de vida

O Toural iluminado à noite, fazendo referência ao estatuto de Património Mundial ostentado pela cidade.
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O Toural iluminado à noite, fazendo referência ao estatuto de Património Mundial ostentado pela cidade.

Em 2004, a rede de abastecimento de água cobria 89% da população (sendo previsto pela concessionária Vimágua que em finais de 2006 a cobertura atinge-se 95% da população) sendo que o acesso efectivo ao abastecimento de água era cerca de 70% da população.

A cobertura da rede de saneamento básico doméstico pública era, em 2001, de 63,5% da população (previsto pela Vimágua que atinja os 80% em 2006)[8], sendo que 47% dos alojamentos familiares se encontravam ligados ao sistema público, enquanto 49% se encontrava ligada a sistemas particulares (principalmente fossas sépticas) e 1,1% não possuía qualquer sistema de esgotos.

O acesso, em 2001, a estações de tratamento de águas residuais era de 67,5%.

Na recolha e tratamento de resíduos, o acesso da população era de 100%.

Contudo, alguns defendem que a cidade, conjuntamente com outras cidades do Distrito de Braga, têm crescido "desordenadas e inestéticas, sujeitas a políticas de betão promovidas pelas autarquias responsáveis".[9]

[editar] Desporto

Estádio do Vitória Sport Clube
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Estádio do Vitória Sport Clube

Guimarães nos últimos anos, assistiu à construção de vários equipamentos desportivos, maioritariamente inseridos na Cidade Desportiva, como o Multiusos de Guimarães, piscina de Guimarães, Pista de atletismo Gémeos Castro (que servem maioritariamente a população da cidade) ou a pista de cicloturismo.

Da Cidade Desportiva, salienta-se a o novo Multiusos de Guimarães, situado na veiga de Creixomil, junto a uma das principais entradas rodoviárias e à circular urbana. Com uma capacidade máxima de 2856 lugares na nave central, já acolheu várias competições de nível internacional.

Relativamente perto do pavilhão multiusos, as Piscinas de Guimarães, são compostas por três piscinas interiores aquecidas, sendo uma delas de 25m e as restantes dedicadas à aprendizagem e bebés e piscinas exteriores. Dispõe ainda, de um ginásio, gabinete de massagens, entre outros serviços.

Mesmo a seu lado encontramos a Pista de atletismo Gémeos Castro.

A pista de cicloturismo Guimarães-Fafe, resultado do aproveitamento parcial da desactivada, em 1986, ligação ferroviária a Fafe, fazendo esta a ligação da cidade à cidade e concelho de Fafe, compreendendo uma extensão de 14,1Km,sendo assim um excelente traçado para percursos cicloturísticos ou pedestres, maioritariamente feito pelo meio de montes e campos agrícolas. O primeiro troço abriu em 1996, no concelho de Fafe e tinha a extensão de 6 Km, sendo aberto o troço vimaranense em 1999, formando assim o actual percurso intermunicipal.

Todos estes equipamentos são geridos pela Cooperativa Municipal Tempo Livre, que gere ainda, ao abrigo de um acordo com o Ministério da Educação, seis pavilhões gimnodesportivos inseridos em escolas, quatro deles das vilas de Pevidém, Lordelo, Moreira de Cónegos, Ronfe e os restantes nas freguesias de Creixomil e Urgezes inseridos na malha urbana da cidade.

[editar] Instituições desportivas

O clube mais importante e conhecido do concelho é o Vitória Sport Clube, sedeado na cidade, e embora participe em mais modalidades, é conhecido especialmente pelo futebol, onde esteve 48 épocas consecutivas na primeira divisão portuguesa até a época de 2005/2006, tendo descido assim à Liga de Honra.

Também no futebol sobressai-se o Moreirense Futebol Clube, da vila de Moreira de Cónegos, que disputou recentemente algumas épocas na primeira divisão portuguesa.

[editar] Comunicação social

[editar] Imprensa escrita
  • Jornal O Conquistador
  • Desportivo de Guimarães
  • O Expresso do Ave
  • Notícias de Guimarães
  • O Povo de Guimarães
  • Jornal do Adepto
  • Reflexo – O Espelho das Taipas
  • Sport Jornal dos Desportos

[editar] Rádios

A Rádio Fundação emite em 95.8 Fm

A Rádio Santiago emite em 98.0

[editar] Economia

Tem uma intensa actividade económica, especialmente nas seguintes actividades: fiação e tecelagem de algodão e linho, cutelaria, curtumes, quinquilharia e artesanato (ourivesaria, faianças e bordados).

Encontra-se em construção desde Junho de 2006, entre a vila das Caldas das Taipas e a freguesia de Barco, do Avepark (pólo do Ave do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto) onde em parceria com a Universidade do Minho, se prevê também a instalação, no âmbito de uma candidatura efectuada à União Europeia, do primeiro Centro Europeu de Excelência em território nacional (o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa)[5], tendo sido defendido, por algumas figuras concelhias, para aí se instalar o Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento[10] [11], pois no primeiro Memorando de Entendimento, entre o governo português e espanhol, oficialmente ter apenas sido definido a sua localização em território português[12], sendo que a decisão oficial final foi divulgada no dia 17 de Novembro de 2006, num protocolo assinado entre o Governo Português e Câmara Municipal de Braga para a instalação definitiva deste instituto na cidade de Braga, nos actuais terrenos da Bracalândia, junto ao Campus de Gualtar da Universidade do Minho [13].

[editar] Sector primário

No sector primário, o solo é maioritariamente ocupado por culturas forrageiras e prados temporários, seguido de culturas cerealíferas e vinha. Ao contrário da região do Ave, onde as pastagens e prados permanentes ocupam 3 529 hectares, no concelho apenas 54 hectares são ocupados dessa mesma forma.

[editar] Sector secundário

Concelho integrado no vale do Ave, zona que caracteriza-se historicamente pela sua forte industrialização, nomeadamente a indústria transformadora e no sector têxtil.

[editar] Sector terciário

A maioria de serviços concentra-se na cidade e vilas.

[editar] Transportes e comunicações

Autocarro dos TUG
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Autocarro dos TUG

O concelho de Guimarães, a nível de transporte ferroviário, é servido pela Linha de Guimarães, cuja renovação recente passou pela renovação de estações e apeadeiros, electrificação da linha e seu alargamento para bitola larga, tendo uma cobertura de 5,9% das freguesias e 12,7% da população, sendo a distância média das freguesias não servidas por este transporte, de 5,8 km.

É servida por uma rede viária, em que se pode salientar as auto-estradas A7 (Póvoa de Varzim - A24 Vila Pouca de Aguiar) e A11 (Esposende- A4 Castelões (Penafiel), permitindo assim a chegar à cidade do Porto, afastada 55,9 km em 43 minutos, e à cidade de Lisboa, à distância de 352,8 km, em 03h41m e em 20 minutos à cidade de Braga, permitindo assim a sua plena integração nos circuitos económicos nacionais e europeus. Importa ainda referir ser o concelho servido pelas estradas nacionais 101, 105, 106 e 206.

A rede de autocarros públicos, é actualmente concessionada aos TUG, cobrindo 97,1% das freguesias correspondente a 98% da população, cobrindo as praças de táxis 63,2% das freguesias ou 82,3% da população.

Em Setembro de 2005 passavam diariamente, pela cidade, cerca de 120 000 viaturas.[14]

[editar] Educação

A taxa de analfabetismo era, em 2001, de 7,4%, abaixo da média nacional e do Norte do país que eram respectivamante de 8,9% e 8,3% respectivamente.

[editar] Ensino superior

Guimarães recebeu na época lectiva de 1977-78, no Palácio de Vila Flor (actual centro cultural), parte dos cursos da então recém criada Universidade do Minho. As instalações definitivas da Escola de Engenharia foram inauguradas em 1989 no actual Campus de Azurém, onde hoje em dia se leccionam os cursos de arquitectura, geografia e a maioria dos cursos de engenharia.

Possui ainda uma extensão da Escola Superior Artística do Porto, instituição pertencente ao Ensino Politécnico, vocacionada para a formação na área das artes. Aqui iniciou a sua actividade no ano lectivo de 1983-84, então como Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore.

[editar] Património

Sociedade Martins Sarmento, onde está inserido o Museu Arqueológico
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Sociedade Martins Sarmento, onde está inserido o Museu Arqueológico


O papel de Guimarães desempenhado na formação da nacionalidade portuguesa confere-lhe uma singularidade, muito marcada no contexto turístico nacional, um estatuto simbólico que mantém desde há séculos. Primeira capital do Condado Portucalense e do país é uma das mais importantes memórias vivas, da afirmação e independência de Portugal. Este facto, aliado à classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património Cultural da Humanidade[6] em 2001, desempenha um papel fundamental na diferenciação de Guimarães como atracção turística no contexto dos circuitos de turismo cultural no Noroeste Peninsular.

Podemos salientar os seguintes locais como de interesse particular:

[editar] Arquitectura religiosa

A Capela de São Miguel do Castelo é uma capela românica, construída no século XIII, onde segundo a lenda terá sido baptizado D. Afonso Henriques.

Capelas dos Passos da Paixão de Cristo

  • Convento de Santa Clara (actual Câmara Municipal de Guimarães)

A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, cujo actual edifício D. João I mandou construir em finais do século XIV, como paga pela sua vitória na Batalha de Aljubarrota tem uma importância acrescida para os Vimaranenses, já que esta é a santa padroeira da cidade.

  • Igreja da Misericórdia
  • Igreja de São Pedro
  • Igreja de São Domingos
  • Igreja e Convento das Domínicas

O Convento de São Francisco construído no início do século XV, foi alterada no século XVII. Apenas o portal e a cabeceira conservam o seu carácter gótico primitivo. Na capela-mor tem ainda interessantes retábulos de talha dourada e azulejos historiados do início do século XVIII, retornando cenas da vida de Santo António.

  • Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos (conhecida vulgarmente por Igreja de São Gualter);
  • Convento de Santa Marinha da Costa (actualmente é uma Pousada. Na descida da penha, está inserida num percurso de montanha.)
  • Igreja de Serzedelo (Monumento Nacional)

[editar] Arquitectura civil

Vista do Toural
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Vista do Toural

A cidade de Guimarães apresenta uma riquíssima variedade na sua arquitectura civil, nela sobressaindo-se o Paço dos Duques de Bragança, construído no século XV por D. Afonso, 1.º duque de Bragança e devido ao seu posterior abandono seria reconstruído na década de 1930.

A Rua de Santa Maria, de origem medieval era zona privilegiada da elite vimaranense, e antigamente ligava a Zona do Castelo à Colegiada de Guimarães na praça da Oliveira, mas actualmente começa no Largo do Carmo, onde despontam a casa onde morreu Francisco Martins Sarmento, a Igreja do Carmo e o seu chafariz central.

Descendo essa rua acedemos à zona central da zona histórica onde se encontram a Praça de Santiago, ladeada de casas antigas, de sacadas rematadas pelo tradicional alpendre, guardando um cunho medieval acentuado e a Praça da Oliveira, onde pode-se admirar a Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e o Padrão do Salado. Estas duas praças são conhecidas localmente por serem o centro da movida vimaranense, devido à concentração de bares que se estende pelas praças e arruamentos periféricos. Como elemento de ligação, existem os Antigos Paços do Concelho, onde se localiza o actual Museu de Arte Primitiva Moderna.

A Casa da Rua Nova, situada na actual Rua de Egas Moniz, que alberga actualmente o Gabinete Técnico Local

Na Casa dos Lobos Machado, situa-se a Associação Comercial e Industrial de Guimarães.

O Largo do Toural (conhecido como a "sala de visitas" da cidade e assim chamado por ter sido inicialmente construído como uma feira de venda de gado), é actualmente com o conjunto das praças da Oliveira e de Santiago, considerado popularmente como o centro da cidade. É ladeado de casas antigas com telhados de águas furtadas, janelas enormes que ocupam toda a fachada e belas grades de ferro forjado

A Rua D. João I, antiga Rua dos Gatos, foi uma das primeiras ruas a existir fora do perímetro amuralhado e servia de ligação à antiga estrada para o Porto

Praça de Santiago - vista em direcção à praça da Oliveira, para lá dos arcos sob o museu de Arte Primitiva Moderna
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Praça de Santiago - vista em direcção à praça da Oliveira, para lá dos arcos sob o museu de Arte Primitiva Moderna

O Palácio Vila Flôr, até finais do século XIX, situado até princípios do século XX nos arrabaldes da cidade, foi onde primeiramente se situou a Universidade do Minho e onde actualmente se situa o Centro Cultural Vila Flor.

O Parque da Cidade, é o maior espaço verde da cidade.

Fora da área urbana pode-se encontrar o Campo da Ataca, onde se terá iniciado a Batalha de São Mamede.

Sobranceira à cidade, o monte da Penha é um aprazível sítio de onde se pode desfrutar de uma panorâmica do concelho e concelhos envolventes. Merece aí destaque a igreja projectada por José Marques da Silva ou estátua de Pio IX, situada no ponto mais alto do concelho. Gravado numa rocha, observa-se um baixo-relevo dos aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Deva-se ainda referir o busto sobre pedestal de José de Pina e a imagem de São Cristóvão, enquadrada no alto de um rochedo

[editar] Arquitectura militar

O Castelo de Guimarães foi mandado construir no século X pela Condessa Mumadona para defender a população dos ataques dos muçulmanos, tendo ainda sido construído posteriormente as Muralhas de Guimarães.

[editar] Arqueologia

A Citânia de Briteiros, classificada como Monumento Nacional desde 1910 é um dos monumentos nacionais mais importantes da cultura castreja, sendo escavada, desde finais do século XIX, pelo arqueólogo Francisco Martins Sarmento, até à actualidade, sendo a sua preservação assim como da Citânia de Sabroso, responsabilidade da Sociedade Martins Sarmento.

  • Estação arqueológica da Penha

A Ara de Trajano é uma lápide de tipo invocativo.

[editar] Cultura

A 7 de Outubro de 2006, a ministra da Cultura Isabel Pires de Lima anunciou que Guimarães será a Capital Europeia da Cultura em 2012[15], juntamente com uma cidade ou mais cidades eslovenas.[16]

[editar] Tradições e festividades citadinas

A cidade tem duas tradições que importa referir: as Nicolinas e as Festas Gualterianas.

[editar] Gualterianas
Ver artigo principal: Festas Gualterianas.

As Festas Gualterianas decorrem no mês de Agosto em honra de São Gualter. Realizam-se sempre no primeiro fim-de-semana de Agosto. Nos últimos anos, a Câmara Municipal tem assumido a organização das festividades através de uma comissão presidida pelos vereadores da Cultura e outras instituições, nomeadamente a Associação Comercial e Industrial de Guimarães e a Associação Recreativa da Marcha Gualteriana. Estas festas são marcadas pelo Cortejo do Linho e pela Batalha das Flores. Por fim, como é tradição, a Marcha Gualteriana encerra as festas.

[editar] Nicolinas
Ver artigo principal: Nicolinas.

As Nicolinas são Festas de Estudantes de Guimarães, acompanhadas de um característico som de fundo: o troar dos bombos e caixas, executando os característicos "Toques Nicolinos". Iniciam-se a 29 de Novembro e terminam a 7 de Dezembro. As festas são compostas por vários números: o Pinheiro, Macãzinhas, Pregão, Posses, Roubalheira, Danças e Comédia, Baile de Saudade, Ceia Nicolina, etc...

Nos últimos tempos tem vindo a ser defendida a candidatura das Festas Nicolinas a Património Oral e Imaterial da Humanidade.

Uma descrição pormenorizada (textos, fotos e vídeos) das seculares e peculiares Festas Nicolinas, assim como a actualidade mais recente, pode ser encontrada em www.nicolinas.net

[editar] Gastronomia

Feira Joanina, em Guimarães, onde se recriam actividades económicas de antanho, como a produção do ainda hoje bem apreciado "bolo" com carne de porco
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Feira Joanina, em Guimarães, onde se recriam actividades económicas de antanho, como a produção do ainda hoje bem apreciado "bolo" com carne de porco

O facto de Guimarães ter como gérmen as terras de um convento feminino influenciou muito a gastronomia marcante da região, especialmente a nível da doçaria, como nas tortas de Guimarães e, principalmente, no toucinho do céu. Para além do que é habitual no Minho, como o vinho verde, as papas de sarrabulho, os rojões, etc., confecciona-se também o chamado "bolo" constituído por um tipo de pão (com o formato de uma pizza) servido com carne de porco, sardinhas ou outros acompanhamentos.

[editar] Museus, espaços culturais e galerias de arte

Na cidade o Museu Alberto Sampaio, dependente do Instituto Português de Museus, situa-se nas antigas instalações do Cabido da Colegiada da Oliveira possuindo um rico acervo, constituído principalmente por peças dos séculos XIV, XV, e XVI e onde pontifica o loudel de D. João I.

Nos antigos paços municipais, o Museu de Arte Primitiva Moderna, versa sobre a pintura geralmente conhecida como Naïf.

São propriedade da Sociedade Martins Sarmento, dois museus. O Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento, situado na sua sede, é conhecido pelas colecções pré e proto-históricas, albergando ainda colecções de numismática, medalhista e epigrafia latina. O Museu da Cultura Castreja, situado na freguesia de São Salvador de Briteiros, perto da Citânia de Briteiros, dedica-se à cultura castreja.

O Museu da Vila de São Torcato, é dedicado à vivência da região e seu mosteiro e sua relação com São Torcato.

O Museu da Agricultura de Fermentões, expõe colecções dedicadas às tradicionais práticas agrícolas da região.

O Museu Paroquial de São Sebastião, inaugurado a 24 de Março de 1984, tem o seu acervo constituído na sua grande maioria por peças de arte sacra.[17]

A Biblioteca Raul Brandão, tem a sua sede na cidade e dispõe ainda bibliotecas anexas nas vilas de Pevidém e Caldas das Taipas, oferecendo ainda serviços de leitura ao Estabelecimento Prisional de Guimarães, bibliotecas escolares, centros de dia e cafés.

A Sociedade Martins Sarmento é das mais antigas instituições vimaranenses.

O Laboratório das Artes foi fundado por estudantes da ESAP.

  • Centro Cultural Vila Flor
  • Cineclube de Guimarães
  • Cybercentro de Guimarães
  • Galeria Fuga pela Escada
  • Galeria Gomes Alves

[editar] Vimaranenses ilustres

Os habitantes de Guimarães são chamados de Vimaranenses. Destacamos alguns de importância reconhecida, em várias áreas:

[editar] Notas

  1. Caracterização Sócio-Económica dos Concelhos - Concelho de Guimarães, Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, retirado em 21 de Novembro, 2006
  2. Catarina Oliveira, Pesquisa de Património - Detalhe - Rua de D. João I, IPPAR, retirado em 19 de Julho, 2006
  3. Cidades Portuguesas(2002), INE, retirado em 3 de Outubro, 2006
  4. Fauna, Câmara Municipal de Guimarães, retirado em 8 de Novembro, 2006
  5. Caracterização Demográfica do Concelho de Guimarães, Câmara Municipal de Guimarães, retirado em 17 de Outubro, 2006
  6. Enquadramento Geográfico, Câmara Municipal de Guimarães, retirado em 17 de Outubro, 2006
  7. Cidade Portuguesa - Guimarães, INE, retirado em 3 de Outubro, 2006
  8. Vimágua expande redes de água e saneamento, Vimágua, retirado em 15 de Setembro, 2006
  9. Distrito de Braga Marcado pelo Desleixo Ambiental, CONFAGRI, retirado em 8 de Novembro, 2006
  10. [1], Reflexo Digital, retirado em 24 de Agosto, 2006
  11. Joaquim Forte, Deputado reclama Instituto Ibérico no Avepark, Jornal de Notícias, retirado em 24 de Agosto, 2006
  12. [2], Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, retirado em 17 de Outubro, 2006
  13. [3], Jornal de Notícias, retirado em 20 de Novembro, 2006
  14. Cátia Pina, Guimarães Vai Retirar Carros do Centro Histórico até 2007, CONFAGRI, retirado em 8 de Novembro, 2006
  15. Governo escolhe Guimarães para ser candidata a Capital Europeia da Cultura em 2012, Público, retirado em 19 de Outubro, 2006
  16. European Capitals of Culture-Future Capitals, Comissão Europeia, retirado em 19 de Outubro, 2006((en))
  17. [4], Paróquia de São Sebastião, retirado em 2 de Outubro, 2006

[editar] Bibliografia

REIS, António Matos (1996). O Foral de Guimarães- primeiro foral português-o contributo dos burgueses para a fundação de Portugal, Revista de Guimarães nº 106, pp. 55-77 (em PDF)

[editar] Ligações externas

Commons
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Poder Local
Câmara Municipal de Guimarães((pt)) ((en)) ((es)) ((fr)), Casfig, Vimágua
Cultura
Biblioteca Municipal Raul Brandão, E-Zine Spicka \\ www.spicka.pt.vu \\ Cultura Urbana em Guimarães, Casa de Sarmento-Centro de Estudos do Património((pt)) ((en)), Cineclube de Guimarães, Cooperativa A Oficina, Cybercentro de Guimarães
Lazer
Cooperativa Tempo Livre
Museus
Museu da Sociedade Martins Sarmento, Museu de Alberto Sampaio
Comunicação Social
Jornal O Conquistador, O Expresso do Ave, Guimarães Digital, Notícias de Guimarães, O Povo de Guimarães, Rádio Fundação, Reflexo - O Espelho das Taipas, Sport Digital
Desporto
Atlético Clube de Gonça, Blog do Atlético Clube de Guimarães, Brito Sport Clube, Clube Caçadores das Taipas, Grupo Desportivo União Torcatense, Moreirense Futebol Clube, Vitória Sport Clube de Guimarães, Associação de Xadrez do Distrito de Braga
Turismo
Zona de Turismo de Guimarães((pt)) ((en)), Turipenha((pt)) ((en)), UNESCO – Património Mundial - Centro histórico de Guimarães ((en)), Hotel de Guimarães((pt)) ((en)) ((es)) ((fr)) ((de)) ((it)), Fotografias de Guimarães, Mais fotografias de Guimarães

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