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Póvoa de Varzim - Wikipédia

Póvoa de Varzim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Póvoa de Varzim
Brasão de Póvoa de Varzim Bandeira de Póvoa de Varzim
Brasão Bandeira

Cidade da Póvoa de Varzim
Localização de Póvoa de Varzim
Gentílico Poveiro (a)
Área 82,1 km²
População 63 470 hab. (2001)
Densidade populacional 770,99 hab./km²
Número de freguesias 12
Fundação do município
(ou foral)
9 de Março de 1308
Região Norte
Sub-região Grande Porto
Distrito Porto
Antiga província Douro Litoral
(Entre-Douro-e-Minho)
Orago Nossa Senhora da Conceição & São Pedro
Feriado municipal 29 de Junho (São Pedro)
Código postal 4490 Póvoa de Varzim
Endereço dos
Paços do Concelho
Praça do Almada
4490-438 Póvoa de Varzim
Sítio oficial www.cm-pvarzim.pt
Endereço de
correio electrónico
cm-pvarzim@cm-pvarzim.pt
Municípios de Portugal

Póvoa de Varzim (por vezes indevidamente chamada de Póvoa "do" Varzim) é uma cidade portuguesa do distrito do Porto, Região Norte e sub-região do Grande Porto, com uma população em 2005 estimada em 65 882 em todo o seu concelho. Está localizada numa planície costeira arenosa, que circunda o Cabo de Santo André, a meio caminho entre os rios Minho e Douro.

As primeiras populações fixaram-se no seu território entre quatro a seis mil anos atrás; por volta de 900 a.C., perturbações na região levaram à fundação de um grande povoado da cultura castreja. O mar sempre teve primazia na sua economia e subsistência, primitivamente através do comércio marítimo, depois com a pesca, levando a que adquirisse um foral em 1308 e consequentemente em se tornar, no século XVIII, no principal porto de pesca do Norte de Portugal. Desde os finais do século XIX, devido aos seus extensos areais, tornou-se numa das áreas principais turísticas da região.

A Póvoa de Varzim tem uma cozinha piscatória rica e mantém tradições antigas, tais como siglas poveiras, masseiras e um traje pitoresco. É ainda uma das poucas zonas de jogo autorizado em Portugal e um centro das indústrias alimentar e têxtil.

Índice

[editar] História

Ver artigo principal: História da Póvoa de Varzim.
A cividade a nascente da actual cidade foi uma das mais importantes povoações da civilização castreja e conta com 3000 anos de existência. A sua queda foi romanceada no livro «Uma Deusa na Bruma» de João Aguiar.
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A cividade a nascente da actual cidade foi uma das mais importantes povoações da civilização castreja e conta com 3000 anos de existência. A sua queda foi romanceada no livro «Uma Deusa na Bruma» de João Aguiar.

[editar] Do povoamento à Idade Média

A Póvoa de Varzim é habitada desde o Paleolítico Inferior, por volta de 200 000 a.C., tal como é sugerido pelos achados de ferramentas de pedra acheulenses. Os primeiros grupos de pastores instalaram-se em todo o litoral por volta do IV milénio e os inícios do II milénio a.C. As mamoas, nos quais o homem depositava os seus mortos, são os monumentos mais antigos encontrados no município.

Os saques e pilhagens levados a cabo por tribos rivais começaram a ser comuns, o que leva a que as populações residentes na planície litoral da Póvoa de Varzim ergam um povoado no cume do monte mais próximo ao mar. Desta forma surge a Cividade de Terroso que se fortificou e se desenvolveu como um dos principais povoados da cultura castreja. No seu apogeu, a Cividade teria perto de 12 hectares e nela habitavam várias centenas de pessoas. A cividade manteve relações comerciais com as civilizações do Mediterrâneo, principalmente durante o domínio cartaginês do sudeste da Península Ibérica.

Durante as guerras púnicas, os Romanos tomaram conhecimento da riqueza da região castreja em ouro e estanho. Viriato que liderava as hostes lusitanas impedia o crescimento da República Romana para o Norte do rio Douro. No entanto, o seu assassinato em 138 a.C. abriu caminho para as legiões romanas. Entre este ano e 136 a.C., Decimus Junus Brutus vindo do Sul do Douro avança pela região castreja, esmaga os exércitos castrejos e toma a Cividade de Terroso deixando-a em ruínas e cinzas.

A região é incorporada no Império Romano e totalmente pacificada durante o domínio de César Augusto. Na planície litoral, é criada uma villa romana, propriedade de uma família romana, os Euracini a que se terá juntado o povo castrejo que regressaram à vida na planície - assim terá surgido Villa Euracini. A actividade piscatória desenvolveu-se com a cetariæ, um complexo fabril romano de salga e transformação de pescado.

Com a queda do Império Romano, povoações de origem sueva fixam-se na região. A partir do século IX, pescadores Viking provenientes da Bretanha acabam criando uma colónia pacífica em Villa Euracini. No século seguinte, dão-se as invasões normandas por todo o noroeste peninsular. Em 26 de Março de 953, Villa Euracini aparece pela primeira vez documentada como povoação do Condado Portucalense no Livro da Condessa Mumadona Dias.Durante a Idade Média, o nome Euracini modificou-se para Uracini → Vracini → Veracini → Verazini → Verazim → Varazim.

[editar] Vila piscatória

A antiga enseada da Póvoa, e o seu  paredão, foram outrora o maior e mais movimentado porto marítimo do Norte de Portugal. O Porto da Póvoa de Varzim e marina estão, presentemente, localizados neste local.
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A antiga enseada da Póvoa, e o seu paredão, foram outrora o maior e mais movimentado porto marítimo do Norte de Portugal. O Porto da Póvoa de Varzim e marina estão, presentemente, localizados neste local.

A riqueza do mar de Varazim atraiu fidalgos e cavaleiros. A parte norte pertencia à Ordem dos Hospitalários, chamando-se por isso Varazim dos Cavaleiros. A parte sul de Varazim, terra reguengueira, já teria importância piscatória e agrária considerável, e, por causa disso, existiam algumas confrontações pelas rendas derivadas da pesca.

Assim, em 1308, o rei D. Dinis passou uma carta de foral, doando o reguengo aos 54 casais de Varazim; estes teriam que fundar uma póvoa. Em 1312, D. Dinis doou a vila ao filho bastardo Afonso Sanches, senhor de Albuquerque, e este incluiu-a no património do convento de Santa Clara, que acabara de fundar em Vila do Conde. O rei D. Manuel I, no quadro da reforma dos forais e abolição do antigo direito costumeiro, concedeu um novo foral à Villa da Povoa de Varzim em 1514. Ganhou uma Casa do Concelho, Praça Pública e Pelourinho e envolveu-se nas conquistas e descobrimentos portugueses.

Avenida dos Banhos em meados do século XX.
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Avenida dos Banhos em meados do século XX.

No século XVII, o negócio da salga de peixe desenvolveu-se bastante, o que leva a que, um século depois, a Póvoa se transforme na maior praça de pescado do norte do país, abastecendo até mesmo as províncias do interior com um batalhão de almocreves, ficando assim os poveiros reconhecidos na região como o povo que mais trabalhava e melhor conhecia o mar. A comunidade floresceu; levando a que seja feita uma provisão régia por D. Maria I, encarregando o Corregedor Almada de reestruturar a urbanização da vila que, por último, a tornou atractiva lançando um novo potencial, os banhos de mar.

[editar] Cidade de boémia

No século XIX, a "cidade" popularizou-se como um destino de Verão para as classes abastadas do Porto, devido às suas largas praias e o desenvolvimento do lazer e do jogo privado: no final do século XIX contavam-se 17 casinos ilícitos.

A costa da Póvoa no ínicio dos anos 60.
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A costa da Póvoa no ínicio dos anos 60.

A 27 de Fevereiro de 1892, dá-se a maior das tragédias que há memória na comunidade piscatória poveira, morrendo 105 pescadores no meio de um temporal, ao largo da praia.

O desenvolvimento das indústrias têxtil, alimentar e turística, a ligação ferroviária ao Porto em 1875 e a massificação do turismo balnear entre os anos 30 e 60 levaram a um grande desenvolvimento, que ultimou na atribuição do estatuto de cidade à Póvoa de Varzim em 16 de Junho de 1973, através do decreto 310/73.

A milenar indústria pesqueira acabou por perder muita da sua importância. Ao contrário de outras zonas peri-urbanas do Grande Porto, a Póvoa de Varzim não se constituiu como uma cidade-dormitório satélite; desenvolveu-se e cresceu independentemente, sendo um dos pólos da região Norte, tornou-se cosmopolita e até serve de centralidade para as localidades vizinhas.

[editar] Geografia

Mapa com as doze freguesias da Póvoa de Varzim.
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Mapa com as doze freguesias da Póvoa de Varzim.

Ocupando uma área de 8224 hectares, a Póvoa de Varzim localiza-se entre os rios Cávado e Ave, ou, de uma forma mais abrangente, a meio caminho entre os rios Minho e Douro, na costa norte de Portugal (também conhecida como Costa Verde). Embora pela reforma administrativa de 1936 tenha sido integrada no Douro Litoral (com o qual partilha tradições culturais e históricas), tal é discutível, pois a Póvoa, por se achar numa região de transição (neste caso, entre o Douro Litoral e a velha província do Minho), tem também características tipicamente minhotas, pelo que é talvez preferível reconhecer a Póvoa como integrada na antiga região, mais abrangente, do Entre-Douro-e-Minho, dada até a sua posição geográfica central nessa região.

O município acha-se limitado a Norte pelo concelho de Esposende, a Nordeste por Barcelos, a Leste pelo de Vila Nova de Famalicão e a Sul por Vila do Conde. A poente, é banhado pelo oceano Atlântico.

[editar] Geografia física

As arribas rochosas, comuns desde a foz do Rio Minho, desaparecem na Póvoa de Varzim dando lugar a uma planície litoral. A planície é originada a partir de uma antiga plataforma marítima que confere um solo arenoso à terra varzinense, atravessando os litorais das freguesias da Póvoa, A Ver-o-Mar, Navais até à Aguçadoura e Estela, formando-se dunas, principalmente no norte da Aguçadoura.

Vagueando pela costa sobressai o cabo de Santo André que é, possivelmente, o Promontório Avarus referido por Ptolomeu, geógrafo da Grécia Antiga, no território dos Callaici.

A amplitude altimétrica do concelho é de 190 metros. Na paisagem sobressaem o monte de São Félix (202 metros) e o monte da Cividade (155 m). Apesar da pouca elevação, a predominância da planície faz com que estas elevações sejam pontos de referência evidentes no horizonte. A cadeia montanhosa chamada serra de Rates divide o concelho em duas áreas distintas: a planície litoral dá lugar aos montes; as florestas tornam-se mais abundantes e o solo tem menor influência marinha. Nesta paisagem dominada pela planície e colinas de pouca altitude e de declives bastante suaves, apenas a encosta da Corga da Soalheira (150 m), na faixa interior, adquire alguma relevância.

Penedos e dunas recobertas de vegetação nativa junto ao Cabo de Santo André.
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Penedos e dunas recobertas de vegetação nativa junto ao Cabo de Santo André.
Flora autóctone no Monte da Cividade.
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Flora autóctone no Monte da Cividade.

Aprisionada entre o mar e a serra, a cidade domina a planície litoral. Pelo sul, existe uma continuidade urbana com Vila do Conde, uma outra cidade e município, estabelecendo-se como o limite sul.

A hidrografia do município é muito pouco expressiva em termos de grandes caudais, mas compreende numerosos pequenos cursos de água devido ao relevo da planície litoral.

Alguns destes cursos de água são permanentes, sendo o rio Este, um afluente do rio Ave, o maior. O rio do Esteiro nasce na base do monte da Cividade e desagua na praia de Aver-o-Mar e o rio Alto nasce no sopé do Monte de São Félix para desaguar na praia do Rio Alto. A terra é bem irrigada, sendo muito comum o aparecimento de fontes e poços, dado que, muitas vezes, o lençol freático está próximo à superfície.

[editar] Clima

A região possuiu um microclima próprio, sendo privilegiada nesse aspecto dado que é considerada a região menos sujeita a geadas em todo o Norte de Portugal devido aos ventos de Inverno que, normalmente, sopram de Sul e Sudoeste.

Ventos do Norte levantam-se, normalmente, no Verão depois do meio dia e são designados de Nortadas, e tal como os nevoeiros típicos desta estação acabam por refrescar o ar e são característicos da Póvoa num clima que se classifica como temperado marítimo. O concelho possui Verões amenos e Invernos suaves, com temperaturas médias que oscilam entre os 12,5 e os 15 graus. A precipitação varia entre os 1200 e os 1400 mm anuais.

[editar] Ambiente

As manchas florestais sofrem de uma forte pressão demográfica e da agricultura intensiva. A cobertura florestal é ainda relevante nas paróquias que abraçam a Serra de Rates, cuja flora se distingue pelas carvalheiras, azevinho e carquejeiras. No século XVIII, o mosteiro de Tibães procedeu ao plantio de pinhais, que hoje caracterizam a freguesia da Estela. No passado predominava a floresta atlântica, com árvores de médio e grande porte, tais como carvalhos, freixos, aveleiras, medronheiros, azinheiras e amieiros.

Classes de Ordenamento do
Plano Director Municipal
Área
(m2)
Núcleo Central (urbano) 3 495 425
Área a consolidar (urbano) 9 388 503
Áreas de Transição 9 409 531
Equipamento (de domínio público) 4 249 415
Esp. Industriais (zona industrial) 1 417 703
Caulino 633 887
Zona Floresta Condicionada 2 418 420
Zona Agroflorestal 9 845 941
Zona de Salvaguarda Paisagística 2 980 897
Masseiras 4 948 377
REN ( reserva ecológica nacional) 14 218 988
RAN ( reserva agrícola nacional) 33 747 278
Área Total do PDM 82 144 610

Os penedos ao longo de toda a costa, que dividem os extensos areais, são verdadeiros viveiros de moluscos, peixes e algas. Os penedos e as dunas são ecossistemas que possuem uma riqueza ecológica importante, mas ameaçados por veraneantes, desportos nas dunas e construções costeiras.

A areia oriunda da barra da Póvoa e a do areal em que assenta a freguesia da Aguçadoura tem sido extraída e negociada para a construção civil. Este comportamento tem causado problemas ecológicos, em especial na Aguçadoura, cujas masseiras dependem da areia, mas que tem sido vendida pelos próprios agricultores que procuram o lucro fácil, recorrendo ao uso de estufas.

A Póvoa de Varzim e outros municípios do Grande Porto têm um plano estratégico de ambiente para o Grande Porto - o «Futuro Sustentável» - em que se pretende saber dos problemas, criar soluções e novos projectos ambientais para o Grande Porto que vá de encontro aos desejos dos seus cidadãos.

Na órbita urbana, o Parque da Cidade (800 mil m2) que se estenderá desde a auto-estrada A28 até à lagoa da Pedreira e contemplará áreas densamente arborizadas, clareiras, montes, um novo lago e área desportiva, que com excepção desta área desportiva, não passa ainda de uma promessa. O Verde Urbano do Anjo, de importância paisagística para a cidade – dado ser uma mancha florestal composta por carvalheiras, será complementado com um parque rural.

[editar] Área urbana

A cidade da Póvoa de Varzim assenta numa área total de 12,8 km2 e está dividida em 11 bairros.
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A cidade da Póvoa de Varzim assenta numa área total de 12,8 km2 e está dividida em 11 bairros.

A cidade da Póvoa de Varzim é constituída por onze Partes ou Bairros, que são áreas significativas da cidade e de diferenciação essencialmente popular e topológica. Algumas partes são formadas por mais que um bairro, tais como a Parte Matriz/Mariadeira formada pela Matriz, Mariadeira, Regufe, Penalves e Coelheiro ou a Parte Barreiros/Moninhas formada por Barreiros e Moninhas.

A cidade começou por ser uma vila interior que se foi estendendo para a costa. O Bairro da Matriz era um povoado significativo no século XIV, cujo núcleo foi o centro por onde a cidade cresceu e corresponde à zona histórica da cidade, sendo o bairro composto por casario antigo e de carácter unifamiliar.

O Bairro Sul constituiu-se a partir da população de pescadores oriundos do Bairro da Matriz, e a sua estrutura de ruas paralelas à costa com casario piscatório - «colmeia dos pescadores» - já se encontrava razoavelmente desenvolvida no século XVIII.

O Bairro Norte desenvolveu-se no começo do século XX com ruas paralelas ao mar, tal como o Bairro Sul. Dado ter-se tornado numa zona balnear, tornou-se muito urbanizado, o mais populoso e com edifícios bastante altos. Este bairro tem provocado o desenvolvimento de áreas vizinhas, sobretudo Agro-Velho, Barreiros e Parque da Cidade.

A Mariadeira, Regufe, Penalves e Gândara são lugares antigos, mas ainda pouco desenvolvidos, possuindo diferentes topologias e de carácter quase exclusivamente residencial com pequenas centralidades. A actual zona Centro tem um carácter oposto às anteriores, nomeadamente a Junqueira que se tornou num bairro comercial.

O Bairro de Belém (Giesteira), que mantém o seu aspecto rural sito no interior da cidade, originou-se a partir da antiga aldeia da Giesteira que com Argivai constituía outrora o núcleo principal do povoamento antes do século XIV, cujos lavradores ajudaram na instalação da "póvoa" no litoral.

Outrora influenciada pelo Bairro Sul, Aver-o-Mar ganhou carácter distinto devido à mistura das vivências rural e piscatória, formando uma comunidade própria de pescadores-lavradores. Com excepção de Santo André que, na zona norte, mantém uma identidade piscatória ilesa e se diferencia pelas moradias unifamiliares que cresceram de forma espontânea com estrutura ortogonal. O restante tem vindo a ser urbanizado a partir do Bairro Norte.

Os bairros da cidade estão distribuídos por três freguesias: freguesia sede da Póvoa de Varzim, Argivai e Aver-o-Mar. Alguns bairros ocupam ainda pequenas porções das freguesias de Amorim e Beiriz. As freguesias de Argivai e Aver-o-Mar foram incluídas na cidade durante a discussão do Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim (PU) devido a formarem uma continuidade urbana, assim uma resolução do Conselho de Ministros de 5 de Janeiro de 2006 definiu oficialmente "a organização espacial da cidade, coincidente com o perímetro urbano delimitado na planta de zoneamento" do PU.

Os bairros têm maior importância para a população durante as «rusgas» no qual os seis bairros tradicionais (Bairro de Belém, Bairro da Mariadeira, Bairro da Matriz, Bairro Norte, Bairro de Regufe e Bairro Sul) competem entre si na noite de São Pedro, parte das festas da cidade. As rusgas são algo semelhantes à competição entre bairros nas marchas populares de Lisboa, mas com carácter nortenho.

[editar] Área rural

São Pedro de Rates em 1669 por Pier Maria Baldi, desenhado quando acompanhava o Príncipe Cosme de Médicis (futuro Cosme III, Grão-Duque da Toscana) na sua peregrinação a Santiago de Compostela.
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São Pedro de Rates em 1669 por Pier Maria Baldi, desenhado quando acompanhava o Príncipe Cosme de Médicis (futuro Cosme III, Grão-Duque da Toscana) na sua peregrinação a Santiago de Compostela.

A área rural da Póvoa de Varzim é composta pelas freguesias de Aguçadoura, Amorim, Balasar, Beiriz, Estela, Laúndos, Navais, Rates e Terroso. Nestas freguesias rurais, para além das povoações principais, existem pequenas aldeias, nomeadamente: Além, Fontaínhas, Gandra, Gestrins, Gresufes, Sejães e Têso.

As freguesias de Beiriz e Amorim são áreas de transição entre o ambiente urbano e rural dado serem contíguas à cidade. Beiriz é célebre pelos tapetes de Beiriz e Amorim é popular no município pela sua broa típica comida quente.

Nos extensos areais do norte do município encontram-se as freguesias da Aguçadoura, Estela e Navais. As duas primeiras que têm aspectos comuns, como a agricultura na praia, as masseiras.

A Aguçadoura possuiu uma terra muito produtiva, abastecedora de produtos hortícolas. A Estela é uma das zonas mais dinâmicas a nível turístico do concelho, em especial, no lugar do Rio Alto.

Muito conhecida em Navais é a Fonte da Moura Encantada (ou do Crasto) situada a nascente da Nacional 13, cuja água, outrora, era usada para celebrar missas, o povo atribuía-lhe lendas e virtudes mágicas, desde uma junta de bois de ouro que ali aparecia até bruxas que ali se penteavam durante a noite.

Rates é uma pequena vila histórica que se desenvolveu à volta do mosteiro fundado pelo Conde D. Henrique em 1100 por cima de um templo mais antigo e ganhou importância devido à lenda de São Pedro de Rates, primeiro bispo de Braga, tornando-se num local central no Caminho Português de Santiago de Compostela. No século XVI, o mosteiro desorganizou-se e é criada uma Comenda da Ordem de Cristo, cujo primeiro Comendador, o Cavaleiro Fidalgo Tomé de Sousa, que D. João III fez Governador do Brasil.

Nas freguesias de Laundos e Terroso encontram-se os montes da Póvoa - o monte de São Félix e o monte da Cividade. Na Idade Média, São Félix (o eremita) viveria e meditava no primeiro monte; no segundo encontra-se uma das principais cidades da cultura castreja, a Cividade de Terroso.

A freguesia de Balasar ganhou importância religiosa no século XX dado que se tornou famosa por todo o país devido aos milagres de Alexandrina, falecida em 1955, a qual ganhou fama de santa, beatificada pelo papa.

[editar] Organização administrativa

Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
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Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
Freguesias da Póvoa de Varzim

[editar] Administração municipal

O município da Póvoa de Varzim é administrado por uma Câmara Municipal composta por nove vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 39 deputados, doze dos quais são presidentes das juntas de freguesia.

Depois das eleições autárquicas de 2005, seis vereadores são do Partido Social Democrata e os restantes três do Partido Socialista. O presidente da Câmara da Póvoa de Varzim é Macedo Vieira, pelo PSD, que foi reconduzido para o cargo com 54,21% dos votos. A maioria das cadeiras da assembleia municipal e das juntas de freguesias são também dominadas pelo PSD.

Desde as primeiras eleições livres com o fim do período do Estado Novo, que apenas partidos de direita dominam o município, a câmara foi governada pelo CDS entre 1976 e 1989 e desde então pelo PSD. O CDS viu a sua popularidade ter um declínio abrupto em 1997, passando desde esta altura a ser a terceira força política. Pelo contrário, o PSD conheceu nesse mesmo ano a sua primeira maioria absoluta com 62,4% dos votos.

A Póvoa de Varzim é a área urbana mais a norte a integrar a Grande Área Metropolitana do Porto, estando a cerca de 27 quilómetros do centro do Porto. Para além de estar incluída na metrópole nortenha, a Póvoa de Varzim faz também parte da Associação de Municípios do Vale do Ave. No contexto europeu, a Póvoa de Varzim está geminada desde 1986 com a cidade de Montgeron em França com a qual tem uma relação muito próxima e tem acordos de amizade com Eschborn na Alemanha (desde 2000) e Zabbar em Malta (desde 2001).

[editar] Freguesias

A Póvoa de Varzim está dividida em doze freguesias. Estas estão agrupadas em duas áreas: freguesias urbanas (cidade) e freguesias rurais.

Entre 1308 e 1836, o concelho era constituído apenas por uma freguesia, a sede, cujo território foi sendo dilatado de forma a se aproximar do termo medieval. O lugar de Aver-o-Mar (da paróquia de Amorim) foi anexado a um lugar a norte da Póvoa no século XVII, por ordens reais, devido a uma população local crescente e relacionada constituída por pescadores-lavradores.

Com a reforma administrativa do território em 1836 é que passou a controlar definitivamente o lugar, anexou o concelho de Rates, recuperou as terras de Argivai, e adquiriu Balasar, Estela, Laundos, Navais, Terroso, Outeiro Maior, Parada, Rio Mau e Santagões. Em 1853, trocou as quatro últimas por Amorim e Beiriz com a vizinha Vila do Conde. As freguesias de Aver-o-Mar e Aguçadoura foram criadas no início do século XX através do desmembramento de Amorim e Navais, respectivamente.

[editar] Heráldica

O brasão de 1939-1958 foi polémico por ser diferente do antigo brasão.
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O brasão de 1939-1958 foi polémico por ser diferente do antigo brasão.
O brasão de 1958-1973 restaurou a simbologia do brasão anterior a 1939.
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O brasão de 1958-1973 restaurou a simbologia do brasão anterior a 1939.

Não se conhece a origem do brasão da Póvoa de Varzim, mas tem certamente carácter e simbologia popular. O brasão é composto por um Sol de ouro e uma lua crescente de prata, os quais representam elementos sempre presentes na vida dos pescadores; no centro uma cruz de ouro terminada por dois braços de âncora de prata, representando a segurança no mar. Por cima da cruz, um anel, do qual cai um rosário de ouro que se entrelaça nos braços da âncora, representando a dos poveiros e a protecção divina. O escudo é encabeçado por uma coroa mural composta por cinco torres de prata, em sinal do seu estatuto de cidade.

O listel tem a peculiaridade única de ter as letras douradas e debruadas a negro sobre fundo branco (na esmagadora maioria dos brasões concelhios apresentam-se sempre de negro); até à sua elevação a cidade, o próprio listel ainda era mais invulgar, dado achar-se colorido de azul, tal como o escudo. A bandeira é, desde 1973 (data da elevação a cidade), partida de branco e azul, e tomando como partição a gironada, típica dos municípios sedeados em cidade; anteriormente a 1973, era plana de branco.

Entretanto, entre 1939 e 1958, foi usado um brasão e uma bandeira que suscitaram a maior polémica entre os poveiros; embora mantivesse o Sol e a Lua, passava o escudo a ser de ouro, coberto por uma rede vermelha, e sobre esta figurava o mar, no qual vogava uma lancha de negro, realçada a ouro e mastreada de prata; o listel era azul com letras negras (criando um contraste visual muito forte, ainda que heraldicamente correcto) e a bandeira plana de vermelho; a população não aceitou a alteração do seu brasão, e dezanove anos mais tarde o antigo brasão da Póvoa seria restaurado.

[editar] Economia

O maior desenvolvimento da Póvoa de Varzim deveu-se ao facto de se ter tornado o principal porto de pesca do norte do país no século XVIII e a ligação ferroviária ao Porto no final do século XIX que potenciou a cidade como o maior pólo turístico da região Norte devido aos extensos areais propícios aos banhos de mar e, também, por ser uma das poucas zonas de jogo autorizado em Portugal, potenciou-se ainda como centro das indústrias alimentar e têxtil.

Em 2001, a estrutura do emprego local alterou-se; a população que trabalha no sector primário, indústrias e outras actividades similares compreendia em conjunto quase 39% da população, enquanto 46% da população (mais 27% em actividades relacionadas) trabalhava na construção civil, comércio, restauração, hotelaria e outros serviços. A taxa de desemprego da Póvoa de Varzim foi de 5,2% no primeiro semestre de 2005. No entanto, a taxa de actividade subiu de 48% para 51,1% entre 1991 e 2001.

[editar] Economia costeira

Porto da Póvoa de Varzim.
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Porto da Póvoa de Varzim.
Casino Monumental da Póvoa de Varzim.
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Casino Monumental da Póvoa de Varzim.

O facto de a Póvoa de Varzim ser uma cidade banhada pelo oceano Altântico moldou toda a sua economia. A indústria piscatória, quer através do pescado que chega diariamente ao porto de Pesca da Póvoa de Varzim quer através do fabrico de conservas, a agricultura nas dunas, a apanha de sargaço para fertilizar os campos e o turismo são o resultado dessa condição. O turismo e a indústria derivada, nomeadamente o casino e a hotelaria, são bem mais relevantes na economia poveira dos dias de hoje, já que a pesca e a sua indústria têm perdido muita importância e entrado em declínio, apesar da empregabilidade ter-se mantido estável.

A auto-sustentabilidade energética com recurso a energia renovável está prevista com a instalação do primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas, o Okeanós. Este parque irá produzir, na primeira fase (em 2006), 2,25 megawatts, energia suficiente para 1500 casas. Em 2008, espera-se que o Okeanós se torne numa central constituída por 28 máquinas capazes de produzir 24 MW, suficiente para abastecer 250 mil habitantes, sendo que 10% dessa energia irá reverter a favor do município.

[editar] Indústria, tecnologia e comércio

A indústria tem ainda um peso considerável na população empregada, sobretudo nos têxteis, apresentando baixa produtividade e baixos rendimentos. Esta indústria está fixada em Beiriz, Balasar e Rates. Há ainda a referir a indústria artesanal de mantas de Terroso e Laundos e a cordoaria. As indústrias de serração e transformação de madeira têm núcleo em Rates.

As zonas industriais têm sido deslocadas ou instaladas em áreas fora da cidade e abrangem uma área equivalente a 1418 mil metros quadrados. Uma das iniciativas concretizadas pelo município é o Parque Industrial de Laundos (223 311 m2) que se encontra articulado com a auto-estrada A28.

Na Póvoa de Varzim estão sedeadas algumas das empresas nacionais na produção de software de gestão. A Câmara Municipal delineou a estruturação de um parque tecnológico a norte da cidade, em Aver-o-Mar.

O comércio, nomeadamente o tradicional, é reunido na Associação Comercial da Póvoa de Varzim, fundada em 1893. Uma parte significativa do comércio tradicional ocorre na rua da Junqueira que é uma artéria pedestre comercial.

[editar] Agricultura e pequária

Medas de sargaço. As algas são usadas como fertilizante natural dos campos.
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Medas de sargaço. As algas são usadas como fertilizante natural dos campos.

Apesar da sua escassa dimensão, o concelho é mesmo um dos principais centros alimentares que abastece o Grande Porto.

A agricultura é dominada por pequenas explorações e é relevante na economia de quase todas as freguesias, excepto na sede. Esta concentra-se, essencialmente, em produtos hortícolas. A Póvoa de Varzim faz ainda parte da Região dos Vinhos Verdes, uma região com uma cultura da vinha muito antiga, cujos vinhos são apreciados quer a nível nacional quer a internacional.

A agricultura, em ambas as partes do concelho, planície litoral e montanha, é moldada pelas condições locais; assim, é significativamente diferenciada. O interior possui características agrícolas minhotas bem marcadas, enquanto que as populações do litoral desenvolveram as masseiras, uma forma de agricultura nativa nas dunas adaptada ao solo e à forte influência marítima.

As masseiras são um modo de agricultura único no mundo, em riscos de extinção, consistindo numa cova larga e rectangular nas largas e arenosas praias da região. Nos cantos da cova são cultivadas vinhas, de forma a proteger a área central da areia lançada pela Nortada; as uvas são amadurecidas pelo calor da areia produzindo assim bom vinho. Ao contrário do que se poderia supor, no fundo da cova encontra-se água doce, e tudo pode ser cultivado; porém, são necessárias grandes quantidades de água e de sargaço para que o que é cultivado medre.

A pecuária para a produção de carne e leite é proeminente nas freguesias interiores. O Centro empresarial da Agros (União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre-Douro-e-Minho e Trás-os-Montes, parte da Lactogal) está em construção junto ao nó das auto-estradas A28 e A7 no extremo sul da fregesia de Argivai. Esta será a futura sede da empresa que englobará parque de exposições, laboratórios, auditório, museu e departamento comercial e de transportes, tornando-se assim no maior projecto agrícola em curso no Norte de Portugal. A LEICAR, Associação de produtores de Leite e Carne tem sede em Rates, o centro rural do concelho.

[editar] Transportes e comunicações

Auto-estradas e Itenerários Complementares.
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Auto-estradas e Itenerários Complementares.
Linha B e linha E (Aeroporto) do Metro do Porto.
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Linha B e linha E (Aeroporto) do Metro do Porto.

A cidade da Póvoa de Varzim é servida por uma rede de transportes desenvolvida e aproveitada por viajantes que usam vias marítimas, terrestres ou aéreas. A infra-estrutura terrestre de acesso é composta por auto-estradas, estradas nacionais e rede de metropolitano. Estas infra-estruturas e os terminais aeroporto, central de camionagem, marina e porto marítimo são utilizados diariamente por milhares de pessoas para aceder à cidade.

A cidade da Póvoa de Varzim é servida por duas auto-estradas: a A28 (Auto-Estrada Valença - Porto) que liga a cidade às cidades do litoral, no sentido Norte-Sul, e a A7 (Auto-Estrada Póvoa de Varzim - Vila Pouca de Aguiar) que a liga, no sentido Oeste-Este), a cidades do interior norte.

O Aeroporto Internacional Sá Carneiro situa-se a 15 km a sul da cidade, na zona de confluência entre os concelhos da Maia, Matosinhos e Vila do Conde. É o segundo maior aeroporto internacional em Portugal e serve todo o Grande Porto. A Central de Camionagem da Póvoa de Varzim é um término de camionetas e autocarros (ônibus) também utilizado como porta de entrada para viajantes provenientes de cidades nacionais (em especial do Minho), mas também de outras cidades europeias. Não existe um operador rodoviário municipal, mas várias empresas têm serviço regular pela cidade e suas aldeias, tais como a Linhares, AV Minho e Litoral Norte. Para o Verão foi criado um serviço Expresso Final-de-Semana, por autoestradas, Braga/Póvoa de Varzim pela Rodoviária D'Entre Douro e Minho com destino às praias.

A Linha B do Metro do Porto liga a Póvoa de Varzim ao Porto em dois tipos de serviços, o normal e o expresso. Devido ao metro usar apenas o antigo canal do comboio (trem) construído no século XIX, e devido ao crescimento da cidade para norte desde o início do século XX, a maior parte da população vive afastada da estação de metro mais próxima. Assim, encontra-se em projecto a extensão da linha B para o interior da cidade.

A malha viária tradicional da cidade, composta por vias de ligação paralelas em direcção ao mar, pode ser vista pela importância que as seguintes vias possuem: Avenida do Mar (entrada da cidade pela A28), Avenida Vasco da Gama, Avenida Mouzinho de Albuquerque e Avenida Santos Graça. A Avenida dos Descobrimentos (entrada litoral sul) e a Avenida dos Banhos, por outro lado, são paralelas à costa marítima.

O crescimento da cidade para o interior e para norte do município fez com que a organização anelar ganhasse importância através da configuração da Avenida Parque (ou Via B), uma via de cintura pelo interior da cidade, que visa substituir a EN13, a Via C (via de cintura externa), e a futura extensão da Avenida Repatriamento dos Poveiros em Aver-o-Mar.

Apesar de terem perdido utilidade como vias para médias e longas distâncias, as Estradas Nacionais adquiriram interesse municipal: A EN13 (Porto-Valença), que corta a cidade a meio no sentido Norte-Sul, é usada pelos automobilistas provenientes das freguesias a norte (Estela, Navais, Aguçadoura e Aver-o-Mar) e da cidade de Vila do Conde, a Sul, para aceder ao centro da cidade. A EN205 (Póvoa de Varzim-Barcelos) e a EN206 (Vila do Conde-Vila Nova de Famalicão) são utilizadas pelos viajantes provenientes do interior do concelho; a primeira passa pelas freguesias de Amorim, Terroso e Laundos e a segunda por Argivai, Beiriz, Rates e Balasar.

Apesar do interesse e propensão da cidade relativamente ao uso da bicicleta com fins lúdicos e de transporte, a Póvoa de Varzim usufrui, somente, de uma ciclovia de dimensão modesta, a Ciclovia do Passeio Alegre, que percorre a cidade paralela ao mar e que tem, sensivelmente, 3 km de extensão. Com a ampliação da cidade para Norte em Aver-o-mar, esta ciclovia deverá duplicar de tamanho; o projecto Futuro Sustentável do Grande Porto prevê a construção de várias outras. A Ecopista Famalicão – Póvoa de Varzim, com 18 quilómetros de extensão, será construída em breve. Sendo uma ciclovia que percorrerá um antigo canal ferroviário, a Ecopista terá intuitos lúdicos, dado que passará por áreas naturais, rurais e históricas, mas também terá utilidade em termos de mobilidade para os viajantes provenientes de zonas rurais em direcção à cidade, visto que o término da ciclovia na Póvoa de Varzim, será junto ao prometido término do Metro do Porto e Intermodal de Transportes da Póvoa de Varzim.

[editar] Sociedade

Um grupo heterogeno de poveiros durante as festas de São Pedro de 2006.
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Um grupo heterogeno de poveiros durante as festas de São Pedro de 2006.

Um habitante da Póvoa de Varzim é conhecido por Poveiro. Muitos residentes consideram inoportuno o termo Povoense, tal como o de chamar à sua cidade Póvoa "do" Varzim, o que é usual na imprensa nacional.

Em 2005, num estudo publicado pelo Jornal Expresso, o município da Póvoa de Varzim foi considerado como o sétimo município português mais desenvolvidoa nível nacional, e como o mais desenvolvido no distrito do Porto. A nível nacional, o município foi visto como o primeiro no desenvolvimento social (índice de 0,98); segundo na distribuição de ecopontos (26 por 1000 habitantes); terceiro na taxa de natalidade (13,5 por 1000 habitantes); quarto no índice de envelhecimento (64,4) e ocupa o quinto lugar no número de médicos por habitante (3,4 por 1000 habitantes) e na taxa de desemprego (6,2%). O jornal Primeiro de Janeiro laureou a Póvoa na mesma altura como o "município do futuro" do Douro litoral devido a campos como ambiente, património cultural, música, desporto e eventos literários.

[editar] Demografia

Em 2005, existiam 65 882 habitantes em toda a Póvoa de Varzim, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística. De acordo com o Censo de 2001, existiam 63 470 habitantes nesse ano, sendo que 38 848 (61,2%) da população vivia na cidade (composta por três freguesias). A população de todo o município cresceu apenas 1% entre 1981 e 1991, acelerando para 15,8% entre 1991 e 2001. No mesmo período, a população urbana cresceu 23%, com o número de famílias a aumentarem bastante, cerca de 44,5%.

A densidade populacional na área urbana é de 3035 hab./km² e na rural de 355,5 hab./km². As áreas rurais afastadas da cidade tendem a ser muito pouco povoadas, tornando-se mais densas quanto mais próximas da cidade, assim cerca de 50 000 pessoas vivem numa mesma área no concelho, na cidade e áreas rurais adjacentes. O número sobe para 100 000 quando se considera toda a área envolvente. Durante o Verão a população residente na cidade triplica, este movimento sazonal proveniente de cidades vizinhas é motivado pela praia.

Segundo o Plano de Urbanização, em 2011 a cidade propriamente dita terá uma população de 46 170 habitantes, o que representa um aumento de quase 19%. A população continuará predominantemente jovem (17,5%) se bem que com menor peso dado que a população idosa irá crescer para 14,2%. A Póvoa de Varzim é a cidade mais jovem do Grande Porto, com uma taxa de natalidade de 13,665 e de mortalidade de 8,330. Em 2004, nasceram no Hospital da Póvoa cerca de 1420 bebés, o que representa um aumento na natalidade, e espera-se que o número volte a atingir os 1500 bebés, número regular anteriormente.

A comunidade piscatória poveira devido à prática da endogamia e ao sistema de castas conseguiu manter um carácter étnico local, que no início do século XX, antropólogos classificaram a população local como sendo uma comunidade semito-normanda, isto é, composta por descendentes de fenícios e vikings.

Numa pesquisa publicada em «O poveiro» em 1908, Fonseca Cardoso considerou que um elemento antropológico dolicocéfalo, de nariz aquilino, era de origem semito-fenícia. Dados antropológicos e culturais indicam, também, a colonização de pescadores nórdicos durante a fase do repovoamento do litoral.

Devido a esse sistema de castas que perdurou até ao século XX, a população manteve-se heterogénea durante séculos: o homem do litoral era dedicado à pesca e era ruivo e corpulento, o do interior agricultor e de carácter galego (português típico do norte). Contudo, este sistema de castas acabou por ceder com o crescimento urbano e a população tem-se vindo a tornar homogénea.

Freguesia População Area (ha)   Densidade h/km²  
P. Varzim 27 613 525 5 297,1
A Ver-o-Mar 8 943 521 1 720,0
Aguçadoura 4 519 347 1 305,5
Beiriz 3 223 431 749,2
Amorim 2 848 565 505,5
Estela 2 601 1 173 221,3
Rates 2 534 1 388 182,9
Terroso 2 475 463 533,9
Balasar 2 463 1 157 213,9
Argivai 2 153 232 942,7
Laundos 2 140 999 219,9
Navais 1 676 423 397,9

A população original era composta por povos castrejos (de origem mista celta e pré-celta) que mantinham relações comerciais especialmente com Fenícios/Cartagineses, mas que entraram em contacto com romanos, após a anexação da região pelo Império Romano. Com a queda do império chegaram vários povos, dos quais se destacam os suevos e os vikings que colonizam a região.

A Póvoa de Varzim tem fornecido população a outros locais desde a Reconquista até recentemente. De notar que os poveiros tendem a formar associações próprias nos países de acolhimento, existindo casas de poveiros no Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo), África do Sul e Canadá. Devido a casamentos mistos e movimentações nas classes piscatórias, as Caxinas em Vila do Conde e a áreas piscatórias de Esposende e Matosinhos sofrem uma forte influência cultural poveira. Em última análise, esta característica migratória atenuou o crescimento populacional.

Em contrapartida, durante a emigração no século XX muitos brasileiros (portugueses emigrados no Brasil) regressavam para a sua terra natal. E, nos dias de hoje, o fluxo migratório é inverso, sendo de destacar a entrada de ucranianos, brasileiros (nacionais), chineses e russos. No entanto, são as pessoas oriundas de concelhos vizinhos que correspondem a mais vantagens (em especial junto do governo central) e ao mais importante incremento populacional o qual o município procura agora captar.

[editar] Educação

Nível de instrução da população em 2001
Analfabetos com 10 ou mais anos
5%
Nenhum nível de ensino
13%
1º Ciclo do Ensino Básico
36%
2º Ciclo do Ensino Básico
18%
3º Ciclo do Ensino Básico
11%
Ensino Secundário
13%
Ensino Médio
1%
Ensino Superior
9%

A Póvoa de Varzim tem várias escolas públicas, paroquiais e independentes espalhadas pela cidade e áreas rurais. A maioria das escolas do ensino básico (do primeiro ao terceiro ciclo) e jardins-de-infância estão reunidas em quatro agrupamentos verticais: Flávio Gonçalves, Cego do Maio, Campo Aberto e Aver-O-Mar. Estes agrupamentos reúnem escolas de diferentes espaços do concelho e são encabeçados pelas escolas EB 2/3 que deram o nome aos respectivos agrupamentos. Em termos de escolas independentes destacam-se o Grande Colégio da Póvoa de Varzim na área urbana e a Escola Agrícola Campo Verde.

O ensino secundário na Póvoa de Varzim inicia-se em 1882 para responder a uma comunidade que prosperava devido à indústria da pesca e turística. É assim criado o Instituto Municipal com as cadeiras de Português, Francês, Latim, Geometria, História e Instrução Primária Complementar. O Instituto Municipal tornou-se na génese do Liceu Nacional criado em 1904, actual Escola Secundária Eça de Queirós, que mantém a sua vocação humanista.

Em 1892, é criada a Associação Comercial que tratou de imediato criar aulas de escrituração mercantil e contabilidade comercial que será a génese da Escola Comercial de Rocha Peixoto, criada em 1924, que em 1940 altera a designação para Escola Industrial e Comercial, actual Escola Secundária Rocha Peixoto, uma escola que continua a empenhar-se na formação de profissionais.

O Instituto Politécnico do Porto mantém entre a Póvoa de Varzim e Vila do Conde a Escola Superior de Estudos Industriais e Gestão (ESEIG), o qual antigamente se encontrava dividido em dois pólos (um em cada cidade), mas que acabou por ser reunido numa única escola nova, por cima da fronteira entre as duas cidades.

Os nível de analfabetismo da Póvoa de Varzim reduziu-se entre 1991 e 2001 de 7 para 5,9 por cento. Um pouco mais de um quarto da população já tem habilitações a nível secundário ou superior.

[editar] Artes

A Biblioteca Municipal Rocha Peixoto localiza-se perto das principais escolas.
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A Biblioteca Municipal Rocha Peixoto localiza-se perto das principais escolas.

A Póvoa de Varzim está fortemente associada às letras portuguesas. Foi a cidade que viu nascer Eça de Queirós, um dos escritores capitais da língua portuguesa, e onde José Régio passava os seus tempos livres para escrever, sobretudo no Diana Bar do Passeio Alegre, ponto de encontro de escritores que, hoje em dia, é convertido em biblioteca de praia durante o Verão. Outros escritores relacionados com a cidade são Camilo Castelo Branco, Agustina Bessa-Luís, Almeida Garrett e António Nobre.

A cidade organiza encontros de âmbito internacional. Um dos quais é o Correntes d'Escritas entre escritores de países de expressão ibérica, nomeadamente de Portugal, Brasil, Espanha, África lusófona e América hispânica. Outro evento erudito da cidade é o Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, que, em 2006, comemora a sua 28.ª edição. A Feira do Livro da Póvoa de Varzim é considerada a terceira maior feira do livro portuguesa, logo a seguir às de Lisboa e Porto.

A Filantrópica, consolidada em 1935, tem como finalidade a execução de actividades culturais, o incentivo à criação artística e no auxílio à integração de imigrantes do Leste Europeu, nomeadamente com aulas gratuitas de língua portuguesa. O Varazim Teatro é uma colectividade cultural e juvenil de teatro amador que tem impulsionado a dramaturgia local.

A Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, fundada em 1880, por altura do tricentenário da morte de Luís de Camões recebeu em 1913, como herança, o núcleo documental do cientista poveiro Rocha Peixoto e que, após várias mudanças de edifícios, acaba por se instalar, definitivamente, no edifício actual em 1991.

O Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim foi constituído em 1937 por acção de António dos Santos Graça por forma a salvaguardar as práticas e tradições poveiras que se iam perdendo sem nenhum registo ou recolha. Existem também dois pólos do museu: o Núcleo Museológico da Igreja Românica de São Pedro de Rates que se dedica à divulgação da história, lenda e arte em redor da Igreja Românica de São Pedro de Rates e o Núcleo Arqueológico da Cividade de Terroso, que serve para apresentação do espaço da Cividade de Terroso.

Mais recentemente foram criados o Arquivo Municipal e o Auditório Muncipal da Póvoa de Varzim onde coexistem a Escola de Música da Póvoa de Varzim e o Cineclube Octopus com mostras de cinema de qualidade.

[editar] Lazer

A Póvoa de Varzim possui 12 km ininterruptos de praias extensas de areia branca, cuja água atinge apenas 18 graus no Verão; no entanto, ganharam fama por serem águas ricas em iodo, que se deve à rica flora marinha existente. As praias da cidade: praia Redonda, praia da Salgueira, praia da Lagoa até à praia da Fragosa são muito frequentadas pelos locais e visitantes. As praias para Norte, onde se formaram dunas, são mais sossegadas: praia do Quião, praia de Santo André, praia da Aguçadoura e praia do Rio Alto. Devido ser acessível apenas a pé por outras praias e da privacidade oferecida pelas dunas, a do Rio Alto é destino frequente de naturistas, apesar de não oficial. Várias praias são divididas por penedos, na praia Verde existem ruínas entre os penedos. Assim, os areais tornaram a cidade reconhecida na região Norte e são as verdadeiras responsáveis pelo desenvolvimento do lazer na cidade.

O Passeio Alegre é a área da cidade que não dorme, de dia passeia-se e à noite dança-se.
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O Passeio Alegre é a área da cidade que não dorme, de dia passeia-se e à noite dança-se.

O Casino da Póvoa, instalado num edifício dos anos 30 do século XX de estilo neoclássico, é um local central de jogo e entretenimento no Norte do país com jogos e vários espectáculos durante todo o ano.

Perto do casino, a calçada do Passeio Alegre é usada por muitos locais e visitantes para passear junto às praias da cidade. É também uma área de animação nocturna popular durante o Verão e fins-de-semana. Os jovens reúnem-se à noite nos bares que se localizam junto ao passeio, em especial no Largo do Passeio Alegre, mas também no Carvalhido e na Lota, antes de irem para as discotecas Hit Bar e Buddha Bar já de madrugada, localizadas nos dois extremos do Passeio Alegre.

A Junqueira é a principal área comercial da cidade.
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A Junqueira é a principal área comercial da cidade.

Na zona centro da cidade situa-se o principal bairro comercial, a Junqueira, cuja rua central é pedonal desde 1955, algumas das ruas afluentes foram igualmente tornadas pedonais recentemente. Esta rua azafamada é reconhecida pelo comércio de joalharia, cuja tradição na Póvoa de Varzim remonta a épocas pré-romanas.

Dado ser uma área balnear e de jogo, a Póvoa de Varzim possui uma grande diversidade de hotéis, de destacar, o Grande Hotel (Hotel Mercure), edificado nos anos 30 do século XX, vizinho do casino; e as estalagens instaladas na praia em Santo André, no topo do Monte de São Félix e junto ao campo de golf.

Um grande número de restaurantes situa-se por alguns quilómetros ao longo da Estrada Nacional 13 que cruza o interior da cidade. Muitos deles são bastante conhecidos e tidos como tendo o melhor frango, o melhor marisco, a melhor francesinha, o melhor bacalhau ou até mesmo as/os empregadas/os de mesa mais sexy da região; tudo formas de atrair clientes.

Fora da cidade, existem outras duas áreas de lazer: o Monte de São Félix que possui moinhos convertidos em residência com vista panorâmica sobre a cidade, escadaria que corta a área florestal e até uma pequena povoação castreja e o Rio Alto - uma área de lazer a norte da cidade, com um parque de campismo envolto por pinhal, masseiras e um campo de golfe que se estende junto à praia nas dunas do Rio Alto.

[editar] Desporto (esporte)

Estádio do Parque da Cidade. O estádio pretende ser discreto, mas tem vários equipamentos desportivos para vários desportos, em especial para o futebol.
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Estádio do Parque da Cidade. O estádio pretende ser discreto, mas tem vários equipamentos desportivos para vários desportos, em especial para o futebol.

A cidade tem desenvolvido um conjunto de estruturas desportivas por isso tem recebido vários campeonatos nacionais, europeus e mundiais de diferentes modalidades. Assim, 38% da população pratica desporto, um valor bastante superior à média nacional.

O desporto mais popular na Póvoa de Varzim é o futebol. O Varzim Sport Club é o principal clube de futebol da cidade e joga na Liga de Honra. O Estádio Municipal e os campos sintéticos do parque da cidade para a prática de futebol e atletismo são hoje o palco maior do campeonato inter-freguesias da Póvoa de Varzim onde os seus 15 clubes de futebol populares competem: Aguçadoura, Amorim, Averomar, Balasar, Barreiros, Beiriz, Belém, Estela, Laundos, Leões da Lapa, Matriz, Navais, Regufe, Terroso e Unidos ao Varzim.

A natação é o segundo desporto mais popular, esta é praticada na escola ou nos dois complexos de piscinas junto à praia. Um dos complexos de piscinas pertence à Varzim Lazer, uma empresa municipal que gere os equipamentos desportivos que se encontram no norte da cidade: concretamente as Piscinas Municipais, a Academia de Ténis, a Praça de Touros e o Pavilhão Municipal. o segundo é propriedade do Clube Desportivo da Póvoa, um clube que se evidencia, na cidade, pela porção de praticantes em vários desportos.

Medalha da Meia Maratona Cego do Maio.
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Medalha da Meia Maratona Cego do Maio.

O Clube Naval Povoense é um clube centenário cujas actividades principais são a vela, a pesca desportiva, o surf e outras actividades são desenvolvidas pelo clube na marina da Póvoa. A Marina da Póvoa é abrigada e é uma paragem para as embarcações de recreio que estejam a explorar a costa ocidental ibérica. Uma das regatas organizadas pelo clube é o Troféu Costa Verde, que liga as cidades da Póvoa de Varzim e Viana do Castelo.

A Monumental Praça de Touros da Póvoa de Varzim é a única praça de touros em actividade no Norte de Portugal. As corridas mais marcantes desta praça são a a «Grande Corrida TV Norte» com tauromaquia de tradição portuguesa no final de Julho e a tradicional Garraiada da Queima das Fitas do Porto com uma corrida divertida e inofensiva entre jovens touros e estudantes universitários no início de Maio.

Junto ao Monte de São Félix, o Campo de Tiro de Rates é considerado um dos melhores em Portugal e na Europa, tendo um grande prestígio entre os praticantes nacionais. Existe ainda um Campo de Golf e pista de galgos na Estela.

Em Atletismo, a cidade organiza a Meia Maratona Cego do Maio e o Grande Prémio de São Pedro pelas ruas da cidade. A primeira visa a promoção da modalidade entre a população e da cidade e a segunda é uma prova do Calendário Nacional da F.P.A.

[editar] Saúde e segurança

A primeira estrutura de cuidados de saúde, a Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, abriu em 1756. Os dois hospitais da cidade são o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde (público) e a HOSPOR Clipóvoa (privado). O hospital público sofre de carências em termos de espaços de qualidade. Devido a isso, planeia-se a edificação de um hospital moderno para servir as populações dos dois concelhos, que será edificado na fronteira entre as duas cidades. O Centro de Saúde da Póvoa de Varzim é uma estrutura pública de cuidados primários de saúde que tem extensões nas principais freguesias.

O policiamento na Póvoa de Varzim é assegurado pela Polícia Municipal da Póvoa de Varzim e polícias nacionais. A Polícia Municipal da Póvoa de Varzim, uma das primeiras a surgir no país, é uma polícia administrativa que actua na área de circunscrição do município e dependente directamente do presidente da Câmara Municipal.

A Escola Prática dos Serviços, na nascente da cidade junto à auto-estrada A28, é a sede nacional de instrução da administração militar, engloba o Batalhão de Administração Militar e no âmbito da reestruturação de serviços do Exército, a anteriormente designada Escola Prática de Administração Militar, passou a partir de 2006 a acolher também os serviços de material e transportes, aumentando as suas funções e número de militares.

Em termos de criminalidade a Póvoa de Varzim é considerada pela PSP como uma zona "calma" em todos os aspectos, sendo praticamente inexistente a criminalidade violenta. A criminalidade consiste sobretudo em pequenos furtos a interiores de residências, lojas e automóveis.

[editar] Comunicação social

A Póvoa de Varzim possui três jornais locais, todos semanários: o «Póvoa Semanário», «A Voz da Póvoa» e o «O Comércio da Póvoa de Varzim». O Póvoa Semanário e o A Voz da Póvoa competem entre si e dedicam-se, exclusivamente, à informação local e possuem edições na Internet.

A cidade também possui duas estações de rádio, ambas emitindo em FM: A «Rádio Mar» (89.0) e a «Rádio Onda Viva» (96.1), ambas as estações emitem online. A Rádio Onda Viva emite diariamente programação em chinês (Mandarim) direccionada para a comunidade chinesa.

O jornal «Póvoa Semanário» e a «Rádio Mar» pertencem ao mesmo grupo, e a mesma empresa fornece ainda serviços informativos às cidades vizinhas de Vila do Conde e Esposende.

[editar] Cultura

Mulheres no «soalheiro» - aspecto cultural que consiste em reunirem-se na praia em dia de sol para conversarem.
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Mulheres no «soalheiro» - aspecto cultural que consiste em reunirem-se na praia em dia de sol para conversarem.

A cultura poveira é o resultado da junção de costumes minhotos moldados por hábitos piscatórios locais, originando uma cultura autóctone, protegida e modelada pelo isolamento, diferentes povos e factores locais ao longo de gerações.

O filme "Ala-Arriba!", do género drama-documental de José Leitão de Barros, deu a conhecer ao país da década de 1940 uma comunidade piscatória portuguesa com costumes culturais muito próprios e constitui um documento importante para a história da localidade. A expressão Ala-Arriba! significa "força (para cima)", dado que compreende a entre-ajuda entre os residentes é visto como o lema da Póvoa de Varzim.

[editar] Tradições

A Lancha poveira é derivada do barco Drakar Viking (sem a popa e a ré pronunciadas) com vela mediterrânica, criando um barco singular. Hoje em dia é o símbolo da cidade.
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A Lancha poveira é derivada do barco Drakar Viking (sem a popa e a ré pronunciadas) com vela mediterrânica, criando um barco singular. Hoje em dia é o símbolo da cidade.

Na tradição poveira, que ainda perdura, o herdeiro da família é o filho mais novo tal como na antiga Bretanha e Dinamarca. O filho mais novo é o herdeiro dado que é esperado que tome conta dos seus pais quando estes se tornassem idosos. Também, e ao contrário do resto do país, é a mulher que governa e dirige a família – este matriarcado radica no facto de o homem estava normalmente a pescar no mar; sendo, provavelmente, uma reminiscência de costumes matrilocais muito antigos.

A população estava outrora dividida em diferentes «castas»: os «lanchões» (os que possuíam barcos capazes para partirem para o mar alto, logo mais endinheirados), os «sardinheiros» (os que possuíam barcos que apenas poderiam apanhar peixe de menor importância ao largo da costa, logo mais pobres) e os «lavradores» (os agricultores). E, por norma, as castas não se envolviam, nem se faziam casamentos entre as diferentes castas devido à auto-exclusão dos pescadores, que se regiam por um grupo de anciãos. Com o desenvolvimento urbano, este tipo de organização faz hoje apenas parte do passado.

Devido à influência moderna nacional, algumas tradições locais começaram a perder-se, e a cultura local tornou-se mais semelhante à do resto do país: o tradicional «casamento poveiro», em que os noivos eram cobertos por uma rede de pescador e regados com vinho verde, de forma a trazer riqueza ao matrimónio, tem vindo a desaparecer. A lancha poveira outrora familiar nas praias da Póvoa e que chegou até a ser usada no início do século XX no Rio de Janeiro, desapareceu praticamente na década de 1950, restando apenas uma embarcação. O Natal era celebrado no chão coberto por uma manta branca (artesanato das freguesias), no centro colocava-se um banquinho (uma bacia, no Bairro Sul) com o prato principal composto de peixe e batatas com molho local. O chão tem sido substituído pela mesa que outrora era retirada e o peixe mais comum hoje em dia é o bacalhau. A refeição é servida com vinho verde, um trago de vinho do Porto e com muitos outros aspectos da consoada minhota que são hoje comuns pelo país.

[editar] A escrita poveira

Siglas Poveiras base para a maioria das siglas familiares.
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Siglas Poveiras base para a maioria das siglas familiares.

As siglas poveiras são uma forma de «proto-escrita primitiva», já que se trata de um sistema de comunicação visual rudimentar; devem-se a colonos Vikings que trouxeram um sistema de escrita conhecido como bomärken da Escandinávia há cerca de mil anos atrás. As siglas eram usadas como brasão ou assinatura familiar para assinalar pertences.

As siglas eram também usadas para recordar coisas como casamentos, viagens ou dívidas. Devido a isso eram conhecidas como a "escrita" poveira, sendo bastante usada porque muitos dos habitantes desconheciam o alfabeto latino, e assim estas "runas" adquiriram bastante utilidade.

Os poveiros escreviam a sua sigla na mesa da Igreja Matriz quando se casavam, como forma a registar o evento, muitas siglas antigas podem ainda ser encontradas enquanto outras perderam-se. Os vendedores usavam-nas no seu livro de conta fiada, sendo lidas e reconhecidas por estes tal como nós reconhecemos um nome escrito em caracteres latino. São ainda usadas de forma cada vez mais ligeira por algumas famílias de pescadores.

As siglas-base consistiam num número bastante restrito de símbolos dos quais derivavam a maioria das marcas familiares; estes símbolos incluíam o arpão, a colhorda ou o pique (incluindo a grade que era composta de piques cruzados). Muitos destes símbolos são bastante semelhantes aos que são encontrados no Norte da Europa e geralmente possuíam uma conotação mágico-religiosa de protecção quando pintados nos barcos.

Aos filhos eram dadas a mesma sigla mas com traços, o «pique». Assim, o filho mais velho tem um pique, o segundo dois, e por ai em diante, até ao filho mais novo que não teria nenhum pique, herdando assim o mesmo símbolo que o seu pai.

[editar] Trajes e artesanato

A camisola poveira é usada pelos homens no Rancho Poveiro.
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A camisola poveira é usada pelos homens no Rancho Poveiro.

As camisolas poveiras são traje de celebração e de afeição local, inicialmente eram usados pelos pescadores para proteger do frio. Estas camisolas têm motivos marinhos e siglas poveiras que são desenhos relacionados com as runas nórdicas. As camisolas têm apenas três cores: branco, preto e vermelho; com o nome do dono bordado em sigla. As camisolas eram o traje comunitário até 1892, ano em que se deu uma tragédia no mar, e assim deixou de ser usada como forma de luto, voltou a ser popular no final dos anos 70 do século XX. Hoje em dia, tem-se buscado formas para a modernizar por um lado e por outro manter os saberes tradicionais. Recentemente, estilistas apresentaram camisolas poveiras em desfiles de moda pelo mundo.

Outro do artesanato local são os tapetes de Beiriz, fabricados na freguesia homónima. São tapetes notáveis, bastante premiados, e com demanda nacional e internacional. Os tapetes de Beiriz decoram o Palácio Real dos Países Baixos e vários edifícios públicos portugueses. Há ainda a referir, as mantas de Terroso e as miniaturas de barcos poveiros.

[editar] Gastronomia

A gastronomia local resulta da fusão da culinária minhota com a piscatória. Os ingredientes mais tradicionais da culinária local são os produtos hortícolas regionais, tais como couve portuguesa (couve galega), repolho, grelos, batata, cebola, tomate, para além de uma variedade de peixes. O peixe para confeccionar os pratos tradicionais é dividido em duas categorias, os peixes "pobres" (sardinha, raia, cavala, cascarra e outros) e os peixes "finos" (tais como pescada, robalo, badejo e melo).

O prato local mais famoso é a Pescada à Poveira, cujos ingredientes principais são, para além do peixe que dá o nome ao prato, batatas, ovos e um molho fervido de cebola e tomate; este prato pode ser consumido de forma normal ou, antes de se colocar o molho, triturando ligeiramente e misturando os ingredientes com os talheres. Outros pratos piscatórios incluem o arroz de sardinha, a caldeirada de peixe, lulas recheadas à poveiro, arroz de marisco e lagosta suada. Mexilhões, lapas, amêijoas e caramujos ("buzinas") são cozinhados com concha e servidos como entrada ou lanche. As iscas, as pataniscas e os bolinhos de bacalhau são outras entradas de pratos.

As sopas típicas são caldos, um das quais é caldo de castanhas piladas para além do nacional caldo verde, este último é vulgarmente servido em épocas especiais, tais como o Dia de São Pedro.

Outros pratos incluem a feijoada poveira feita com feijão branco, chouriça e outras carnes e acompanhada de arroz seco e a francesinha poveira feita em pão cacete que surgiu em 1962 para consumo rápido pelos banhistas. Na doçaria destacam-se os barquinhos, as sardinhas e os beijinhos.

[editar] Festas e romarias

Ao longo de todo o ano existem várias festas populares ou religiosas, romarias e procissões. A maioria destes festejos ocorre por alturas da Páscoa ou durante o Verão.

[editar] São Pedro

Trono de São Pedro do Bairro da Matriz do ano 2005.
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Trono de São Pedro do Bairro da Matriz do ano 2005.

O feriado municipal é no dia 29 de Junho (dia de São Pedro, o santo pescador e padroeiro popular da cidade). As festas de São Pedro cessaram com a fatalidade de 1892, mas rm 1962, a Câmara Municipal tentou reavivar a tradição e os anos seguintes revelaram-se um sucesso de tal forma que, em 1974, na altura em que os municípios foram autorizados a ter feriados municipais, declarou-o como tal.

Por esta altura, os bairros e as janelas das casas são ornamentados. E, na noite de 28 para 29 de Junho, a população reúne-se em festa, dançando e comendo sardinhas assadas à luz das fogueiras. Os bairros tradicionais competem entre si nas «rusgas» e na criação dos tronos de São Pedro. Esta celebração é de tal forma importante que rivaliza com a Páscoa e o Natal em termos de importância e é, sem dúvida, o principal evento da cidade.

Os bairros populares que competem nas rusgas são o Bairro de Belém, Bairro da Mariadeira, Bairro da Matriz, Bairro Norte, Bairro de Regufe e o Bairro Sul. Os apoiantes não só se localizam no espaço físico do Bairro, mas espalhados por toda a cidade e zonas envolventes. A grande rivalidade é entre o Sul e o Norte. E, nesses dias, a população comporta-se tal como os apoiantes dos clubes de futebol, e por vezes os mais fanáticos se exaltam na defesa do seu bairro de afeição, mas por norma a competição é salutar, formando uma rusga final conjunta representando a cidade.

[editar] Festividades piscatórias

Em 15 de Agosto realiza-se a Festa de Nossa Senhora da Assunção, de grande devoção entre os pescadores poveiros. O ponto mais alto da procissão acontece em frente ao porto de pesca – nessa altura centenas de foguetes são lançados de barcos engalanados.

Penedo de Santo André. Junto ao penedo, foi erguida a Capela de Santo André no século XVI; no entanto, este lugar evidencia a mão do homem desde, pelo menos, a época romana.
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Penedo de Santo André. Junto ao penedo, foi erguida a Capela de Santo André no século XVI; no entanto, este lugar evidencia a mão do homem desde, pelo menos, a época romana.

Duas romarias dos pescadores são peculiares, dado a ligação com a paisagem do concelho: a da Senhora da Saúde que vai desde a Igreja Matriz até ao sopé do monte de São Félix e a de Santo André em que se vagueia pelas praias até à Capela de Santo André.

O monte de São Félix é um ponto de referência dos pescadores no mar e de culto antigo. No último Domingo de Maio, a Romaria da Senhora da Saúde percorre uma distância de 7 quilómetros entre a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim e a Capela da Nossa Senhora da Saúde, no sopé do Monte de São Félix. A maioria das pessoas participantes são pescadores da Póvoa de Varzim e Caxinas (Vila do Conde), que participam pagando promessas.

Junto ao cabo de Santo André, existe uma formação rochosa chamada Penedo do Santo, que tem uma marca que os pescadores acreditam ser uma pegada do próprio Santo André. Os pescadores poveiros acreditam ainda que este santo é o barqueiro das almas e que liberta as almas dos que se afogam no mar, indo pescá-las ao fundo do oceano depois de um naufrágio. A festa de Santo André acontece na madrugada do último dia de Novembro, em que grupos de homens e mulheres, envolvidos em mantos pretos e segurando lampiões, vão até à Capela de Santo André pela praia, entoando cânticos e no final circundam a capela, formando assim o Ponto das almas.

[editar] A Páscoa e o Anjo

Por altura da Páscoa realiza-se a Procissão do Enterro do Senhor, na noite da Sexta-Feira Santa; o piquenique no Dia do Anjo na segunda-feira seguinte; e 15 dias depois, no domingo, realiza-se a Procissão da Nossa Senhora do Desterro com os seus tapetes floridos.

O Domingo de Páscoa é altura da bênção das casas pelo «compasso», um grupo de membros da igreja que leva a cruz de Cristo a todas as casas com a porta aberta. Enquanto se espera pelo compasso, diferentes famílias competem na «Péla», o jogo tradicional poveiro.

A Segunda-feira depois da Páscoa (Dia do Anjo) é tida como o «segundo» feriado municipal. Os poveiros trabalham na Sexta-feira Santa (feriado nacional) para terem a Segunda-feira livre para fazerem um piquenique familiar em conjunto com outras famílias nas bouças, em especial, no tradicional lugar do Anjo (Argivai), donde o nome da festa. De forma a respeitar as tradições locais, muitas empresas sedeadas na Póvoa de Varzim estão em funcionamento na Sexta-feira Santa de modo a poderem encerrar na segunda-feira.

[editar] Feiras

Na última quinzena de Setembro, por altura dos festejos da Nossa Senhora das Dores, decorre a centenária e típica Feira da Louça da Senhora das Dores, com diversas tendas, instaladas no largo junto à Igreja da Senhora das Dores, que comercializam louça diversa, em especial louça tradicional portuguesa. Estes festejos têm raízes em 1768, ano em que foi colocada uma imagem de Nossa Senhora na antiga Capela do Senhor do Monte. A grande adesão ao culto originou a festa, procissão e feira anuais.

A HortiPóvoa - Feira Hortícola da Póvoa de Varzim realiza-se durante o Verão na Aguçadoura. Todas as semanas, aos domingos, realiza-se a Feira da Estela, que é uma feira genérica reconhecida devido à venda de produtos hortícolas. Recentemente, foram criadas outras feiras anuais: a Feira Agrícola do Leite em São Pedro de Rates, com produtos regionais, tais como lacticínios, doçaria, mel, charcutaria, vinhos e azeite; e a Feira do Cavalo em Terroso que, para além da compra e venda, é possível assistir a espectáculos com cavalos.

Ainda há a referir a existência de feiras semanais genéricas: a Feira das Moninhas (segunda-feira) e a Feira de Aver-o-Mar (domingo de manhã), para além da Feira de Antiguidades, na Praça do Almada, que ocorre em todos os segundos domingos de todos os meses.

[editar] Calendário de festividades

Data Evento Bairro/Freguesia e observações
Janeiro * Festa de São Sebastião Balasar
2 de Fevereiro Festa da Senhora das Candeias Terroso
3 de Fevereiro Romaria de São Brás Bairro de Regufe
Sábado * Procissão das lanternas Cidade. Sábado da Paixão.
Domingo * Procissão dos Passos Cidade e Amorim. Domingo da Paixão.
Domingo * Procissão de Ramos e Senhor dos Passos Procissão de Ramos e Primeira visita dos afilhados aos padrinhos entregando um ramo de flores.
Festa do Senhor dos Passos em Rates.
Sexta-feira * Procissão do Enterro do Senhor Feriado nacional. Póvoa de Varzim. Na noite de Quinta para Sexta, na Semana Santa.
Domingo * Páscoa Procissão da Ressurreição e segunda visita dos afilhados aos padrinhos.
Segunda-feira * Dia do Anjo Segunda-feira depois do domingo de Páscoa. Piquenique conjunto em Argivai.
Domingo * Festa da Senhora do Bom Sucesso Argivai. 1.º Domingo depois da Páscoa.
Domingo * Procissão da Senhora do Desterro Bairro Norte. 15 dias depois da Páscoa.
Quinta-feira * Corpo de Deus Feriado Nacional (40 dias depois da Páscoa). Festa e procissão na Cidade e Rates.
Domingo * Festa do Senhor dos Milagres Argivai. 6.º Domingo depois da Páscoa ou Domingo da Ascensão.
Domingo * Festa de São Gonçalo Beiriz. Domingo e 2.ª Feira a seguir ao 7.º Domingo depois da Páscoa.
26 de Abril São Pedro de Rates Rates
último domingo de Maio Romaria da Senhora da Saúde Romaria entre a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim e o monte de São Félix.
13 de Junho Festas de Santo António Bairro da Matriz, Amorim e Rates
29 de Junho Festas de São Pedro Feriado Municipal. Festas da Cidade.
1.º Domingo de Julho Festas de São Tomé e Senhora do Alívio Estela
Julho * Procissão da Senhora de Belém Bairro de Belém
Julho * Festa do Senhor da Cruz Aparecida Balasar. De 2 em 2 anos.
Último Domingo de Julho Festa da Senhora da Boa Viagem Aguçadoura
1.º Domingo de Agosto Festa da Senhora da Saúde Laundos
7 de Agosto Festa da Senhora das Neves Aver-o-Mar. Realiza-se no domingo mais próximo deste dia.
15 de Agosto Procissão da Senhora da Assunção Feriado nacional. Bairro Sul
1.º Domingo de Setembro Festa de São Félix monte de São Félix, Laundos
Setembro * Procissão do Senhor do Bonfim Nova Sintra, Bairro da Matriz
15 de Setembro Festa da Senhora das Dores Festa e feira junto à Igreja de Nossa Senhora das Dores
29 de Setembro Festa de São Miguel Laundos
Outubro * Procissão da Senhora do Rosário Bairro da Matriz
1 de Novembro Todos-os-Santos Feriado nacional. Procissão e visita aos familiares falecidos no cemitério.
30 de Novembro Festa de Santo André Romaria pela praia até à Capela de Santo André, Aver-o-Mar
8 de Dezembro Imaculada Conceição do Castelo Feriado nacional. Procissão até à Fortaleza da Póvoa de Varzim no dia 7 à noite.
13 de Dezembro Festa de Santa Luzia Navais

* Data variável.

[editar] Património

Pormenor da Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição.
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Pormenor da Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição.
Farol da Igreja da Lapa.
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Farol da Igreja da Lapa.
Pormenor da Praça do Almada, com a Estátua de Eça de Queiroz.
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Pormenor da Praça do Almada, com a Estátua de Eça de Queiroz.
Posto de Turismo num dos torreões do antigo mercado de 1904.
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Posto de Turismo num dos torreões do antigo mercado de 1904.
  • Fortaleza da Nossa Senhora da Conceição edifício edificado nos reinados de D. Pedro II e D. João V (entre 1701 e 1740) para defender a cidade de ataques de piratas.
  • Paços do Concelho, edifício ao estilo neoclássico, influenciado pela colónia inglesa do Porto, concebido em 1790 para alojar a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Na mesma praça encontra-se o Coreto da Póvoa de Varzim.
  • Solar dos Carneiros - Museu Municipal de Etnografia e História - Um edifício brasonado do século XVIII tornou-se museu em 1937, onde se pode visitar e conhecer pormenores da vida poveira de outros séculos. Perto do museu encontra-se o Arquivo Municipal.
  • Igrejas da Póvoa de Varzim, destas destacam-se a barroca e setecentista Igreja Matriz com um retábulo rococó na capela-mor bastante rico, coberta de siglas poveiras centenárias; a piscatória e setecentista Igreja da Lapa, cujo antigo farolim servia de ligação entre a igreja e os pescadores que estavam no mar; a Igreja da Senhora das Dores do século XVIII com capelas com esculturas que representam as dores da Nossa Senhora; a milenar Igreja Românica (monumento nacional) localizada na vila histórica de São Pedro de Rates; e a Igreja Paroquial de Balasar com o corpo da Santinha de Balasar na aldeia homónima.
  • Cividade de Terroso, uma cividade pré-histórica a 153 metros de altura habitada por mil anos até à sua queda durante domínio romano. Arqueólogos do Norte de Portugal e da Galiza (Norte de Espanha) estão a preparar uma candidatura conjunta à UNESCO com vista à classificação da Cividade de Terroso como Património Mundial.
  • Castros: para além do povoamento castrejo principal, existiam outros três castros periféricos da Cividade de Terroso: Castro de Laundos, Castro de Navais e Castro de Argivai.
  • Aquedutos: Aqueduto de Santa Clara (monumento nacional), levantado entre 1626 e 1714, era constituído por 999 arcos e levava águas da fonte de Terroso para o convento de Santa Clara em Vila do Conde e restos do Aqueduto de Coelheiro (século XVIII) um aqueduto outrora que abastecia a Praça do Almada.
  • Fontes: Das várias fontes, sobressaem fontes ancestrais às quais a população atribui lendas e vê efeitos milagrosos ou curativos: as duas Fontes de São Pedro de Rates (em Balasar e Rates) e a Fonte da Moura Encantada, em Navais.
  • Pelourinhos: O pelourinho manuelino da Póvoa de Varzim construído em 1514 é um monumento nacional e pelourinho de Rates também do século XVI é um Imóvel de Interesse Público.
  • Esculturas: Entre vários monumentos escultórios destacam-se Cego do Maio (herói local, pelos poveiros do Brasil em 1909), Eça de Queiroz (mais reconhecido poveiro, pelos poveiros do Brasil em 1952), Cruzeiro da Independência (800 anos da independência de Portugal, pelo Corpo Nacional de Escutas em 1940), Marco Comemorativo do Milénio (Comemora os 1000 anos -26 de Março de 953- da vida documentada da Póvoa de Varzim), Às Gentes Poveiras (pelo Rotary Clube da Póvoa de Varzim em 1995, honra a unidade do concelho e a diferença entre o poveiro do litoral piscatório e do interior rural), São Pedro (santo padroeiro, escultura do museu passada a bronze e inaugurada na noite de São Pedro de 1996 junto ao porto de pesca), À Peixeira/ Mulher Poveira (1997, honra a importância central da mulher na vida diária da comunidade).

[editar] Personalidades

[editar] Ligações externas

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Saúde
Centro Hospitalar, Clipóvoa, C.E.A. Paramiloidose
Turismo
Hotéis e Estalagens, Fotos da Póvoa de Varzim, Marina da Póvoa, Albergue de Rates


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