Madrid
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Madrid Madrid |
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Brasão | Bandeira |
Dados | |
Comunidade Autónoma |
Madrid |
Província | Madrid |
Área | 607 km² |
Altitude | 667 |
População | 3 162 304 hab. (2004) |
Densidade | 5.210 hab/km² |
Coordenadas | 40° 23' N 3° 40' W |
Website | www.comadrid.es |
Localização | |
Município da Espanha |
Madrid (ou Madri) é a capital e a maior cidade em Espanha, tal como no município de Madrid e na Comunidade autónoma de Madrid. A cidade foi edificada nas margens do rio Manzanares, no centro do país. Devido à sua localização geográfica e histórica, é juntamente com Lisboa o centro financeiro e político da Península Ibérica.
No seguimento da restauração da democracia, em 1976, e a adesão à CEE, em 1986, a cidade de Madrid tem vindo a desempenhar um papel importante na economia europeia, tornando-se num dos principais focos financeiros do Sul da Europa. O gentílico da cidade de Madrid é madrilenho (madrileños), e o actual presidente da câmara é Alberto Ruiz-Gallardón.
Índice |
[editar] História
Apesar do facto de ter havido ocupação prehistórica no local onde se encontra actualmente a cidade de Madrid, os primeiros dados de ocupação são do século IX, durante o controlo muçulmano, no reinado de Muhammad I. Este mandou construir um pequeno palácio, no sítio onde hoje em dia se encontra o Palácio Real; e foi em volta de este que se começou a desenvolver uma pequena cidadela, al-Mudaina.
Perto do palácio corria o rio Manzanares, o qual foi denominado pelos muçulmanos: المجريط, "a fonte de água". Foi do rio que decorreu o nome da localidade Majerit, que mais tarde se transformou em Madrid. A cidadela foi conquistada em 1085 por Afonso VI de Castela na sua jornada até Toledo. Converteu a mesquita na Igreja de la Almudena.
Depois de grandes problemas e um grande incêndio na cidade, Henrique III de Castela (1390-1406) reconstruiu Madrid e estableceu uma residência para si e para a sua família, fora das muralhas da cidade em El Pardo.
Os reinos de Castela, com capital em Toledo, e de Aragão, com capital em Barcelona, foram fundidos originando o Reino de Espanha, por Carlos V. Em 1561, Filipe II (1527-1598), filho de Carlos I, transferiu as cortes de Sevilha para a cidade de Madrid, tornando-a a capital do reino. Não existiu de facto nenhuma declaração oficial que tornasse a cidade capital do reino, porém tinham controlo sob a cidade de Sevilha que exercia o seu poder sobre o colónias espanholas. Houve contudo um breve período, entre 1601 e 1606, durante o reinado de Filipe III, que a corte estava instalada em Valladolid.
Filipe V decidiu que a cidade de Madrid, sendo um capital europeia, não podia estar no estado em que se encontrava; portanto não tardaram a nascer novos palácios. Contudo foi só no reinado de Carlos III (1716-1788) que Madrid se tornou no grande centro cosmopolita que Filipe V ansiava. É um dos reis mais populares na história da cidade de Madrid. Quando Carlos IV (1748-1819) subiu ao trono, a população de Madrid revoltou-se. No Motim de Aranjuez, liderado pelo filho do rei Fernando VII, o rei foi deposto e Fernando foi coroado rei de Espanha; no entanto o seu reinado foi breve pois em Maio de 1808 as tropas de Napoleão invadiram a cidade. No dia 2 de Maio de 1808, os madrilenhos revoltaram-se contra os franceses; estes tiveram uma reacção brutal que culminou num massacre tendo afectado o seu domínio na Espanha e na Europa.
Depois da guerra de independência em 1814, Fernando VII volta a subir ao trono, mas teve de jurar respeito à Constituição depois da revolta liberal. Deu-se início a um período em que o poder era alternadamente liberal e conservativo, que terminaria com o destronamento de Isabel II (1830-1904). Não conseguiu conter a tensão política que culminou numa revolta que deu origem à Primeira República Espanhola, e com uma eventual tomada de posse pelos monarcas levaria à Segunda República Espanhola e à Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Durante essa guerra Madrid foi uma das cidades mais afectadas, com as suas ruas transformadas em campos de batalha e aviões a bombardear a cidade tendo como alvo os civis.
Durante a ditadura de Francisco Franco, Madrid tornou-se muito industrializada o que suscitou uma vaga maciça de imigração para a cidade. No final do período ditaturial, o grupo nacionalista basco ETA, assassinou em Madrid o chefe de governo de Franco, Luis Carrero Blanco. Tal como todas as acções da ETA, esta também gerou alguma polémica; uns defendem que o assassinato troxe mais instabilidade, outros apoiam o facto de que se Carrero Blaco não tivesse sido morto e tivesse continuado no seu cargo daria continuidade à ditadura após a morte de Franco.
Depois da morte de Franco os vários partidos políticos emergentes aceitaram o desejo do ditador de ser sucedido pelo herdeiro ao trono, Juan Carlos I, na medida em que se assegurava a estabilidade e a democracia.
A prosperidade adquirida na década de 80 levou à consolidação da importante posição que a cidade desempenha na economia, cultura, indústria, educação e tecnologia da Península Ibérica.
[editar] Madrid Contemporânea
Madrid contemporânea segue-se à morte de Francisco Franco e o fim da ditadura. Os anos de regime austero de Franco deixaram Madrid e a Espanha num estado economicamente lastimoso, devido sobretudo à isolação do resto do mundo. Com a sua morte, a Espanha adquiriu um novo papel internacional. A burocracia centralizada em Madrid e a centralidade que precederam Franco resultaram numa maior autonomia das regiões de Espanha, num moderno e bem sucedido sistema.
Madrid está entre as cidades mais importantes da Europa, desempenhando um papel fulcral no sul do continente e na ligação entre a União Europeia e a América Latina. A cidade tem mais de três milhões de habitantes, como qualquer grande metrópole europeia.
[editar] Plaza Mayor
A Plaza Mayor é um dos locais mais emblemáticos de cidade de Madrid. Situada no centro comercial da cidade; é uma praça portificada de planta rectangular completamente rodeada por edifícios. Existem ao todo nove entradas para a praça.
Foi construída durante o período Austríaco. Originalmente o seu nome era Plaza del Arrabal e foi projectada por Juan de Herrera, em 1581, a mando do rei Filipe II, com o fim de remodelar a caótica e aterefada zona. A construção começou só em 1617 durante o reinado de Filipe III. A obra foi deixada ao cargo de Juan Gomez de Mora e foi terminada dois anos mais tarde. Hoje em dia diz-se ser um projecto de Juan de Villanueva, depois de ter reconstruido a praça em 1790 após um grande incêndio. A Plaza Mayor foi cenário de vários eventos tais como: feiras, touradase autos de fé. A estátua que se encontra no meio da praça é de Filipe III e data do ano de 1616.
[editar] Plaza de Colón
A Plaza de Colón em homenagem ao maior navegador ao serviço de Espanha de todos os tempos, Cristovão Colombo. A praça comemora a era dourada de Espanha (séc. XVI - séc. XVII).
[editar] Paseo de la Castellana
O Paseo de la Castellana é uma das principais avenidas da cidade, com seis vias centrais e quatro laterais. Parte da Plaza de Colón passa pelo centro e termina no nó do norte. O seu traçado corresponde ao antigo rio.
[editar] Atocha
Atocha é a zona onde se encontram dois dos mais importantes marcos da cidade de Madrid, o Museu Rainha Sofia e a Estação de Atocha, uma das duas estações mais importantes da cidade. O local oferece ainda inúmeras galerias de arte e restaurantes tradicionais.
[editar] AZCA
É a zona financeira povoada de enormes edifícios tais como a Torre Picasso, Edifício BBVA e a Torre Europa. A Torre Windsor, um dos arranha-céus do local ardeu por completa na noite de 12 de Fevereiro de 2005.[1]. Existem também três enormes edifícios El Corte Inglés.
[editar] Las Cortes
Esta zona é pequena, mas alberga muitos lugares onde se tomam decisões importantes. é neste local que se encontra o Parlamento Espanhol e o Congreso de los Diputados. Inclui ainda um dos três museus mais importantes de Madrid, o Museu Thyssen-Bornemisza, o Banco de Vanessa, o Café del Círculo de Bellas Artes e, por fim o Teatro Zarzuela.
[editar] Gran Vía
Como o nome indica, a Gran Vía é uma das mais importantes avenidas da cidade. É sobretudo uma rua de comércio, no entanto tem vários hotéis, locais de diversão nocturna e grandes cinemas.
[editar] Divisão administrativa
A cidade de Madrid está dividida em 21 distritos, os que comprendem alguns bairros. Os distritos são:
1. Centro 2. Arganzuela 3. Retiro 4. Salamanca 5. Chamartín 6. Tetuán 7. Chamberí |
8. Fuencarral 9. Moncloa 10. Latina 11. Carabanchel 12. Usera 14. Moratalaz |
15. Ciudad Lineal 16. Hortaleza 17. Villaverde 19. Vicálvaro 20. San Blas 21. Barajas |
[editar] Demografia
Madrid atrai muitos imigrantes de todo o globo. Nove em cada dez habitantes são espanhóis; os outros 10% provém da América Latina, Europa e Norte de África.
Os maiores grupos de imigrantes são: equatorianos (83 9679, marroquinos (51 300), colombianos (37 218) e peruanos (32 791). Existem também outras comunidades importantes tais como a chinesa, guiniense, romena e filipina.
[editar] Clima
O clima de Madrid pode ser definido como mediterráneo continental com um regime de chuvas estepário. Os invernos são frios com geadas frequentes e neve ocasional. Os verões são cálidos e secos com temperaturas máximas que muitas vezes superam os 35°C. As precipitações são escasas, mas bem distribuidas em todo o ano.
A temperatura média máxima anual é de 19,5°C e a mínima anual de 9,5°C. Janeiro é o mes mais frio com temperaturas que oscilam entre 2-10°C e julho o mais quente (18-32°C). A quantidade prómedio de chuva recolhida num ano é de 435 mm.
[editar] Atrações turísticas e culturais
A mais importante atracção turística e cultural da cidade de Madrid é o chamado Triângulo de Ouro da Arte, no Paseo del Prado, incluindo o Museu do Prado, o Museu Thyssen Bornemisza e o Museu Rainha Sofia. Há ainda locais dignos de visita tais como a Plaza Mayor, a Gran Vía, a Casón del Buen Retiro, o Palácio Real de Madrid, o Templo de Debod, o Mosteiro de las Descalzas Reales, a Puerta del Sol e o Parque del Buen Retiro.
Madrid acolhe ainda uma das maiores praças de touros do mundo, Las Ventas [2].
Todos os anos, no mês de Fevereiro, é organizada na Feria de Madrid, uma exposição de Arte Contemporânea (ARCO)[3]. Reunem-se diversos artistas de Espanha e de todo o mundo para apresentar ao público as suas obras.
[editar] Outros edifícios relevantes
- Torre España
- Farol de Moncloa
- Puerta de Europa
[editar] Transportes
[editar] Aeroporto
Madrid é servida pelo Aeroporto Internacional de Barajas[4]. Barajas é o eixo principal da linhas aéreas Iberia. É um dos principais aeroportos da Península Ibérica para a Europa e para o resto do mundo. O volume de passageiros actual é de 40 milhões por ano, estando assim presente na lista dos vinte aeroportos mais agitados do mundo. Com um crescimento anual de 10%, uns quarto e quinto terminais estão em processo de construção. É esperada uma redução dos atrasos e o dobro da capacidade do aeroporto. Duas novas pistas de aterragem-descolagem estão também a ser construídas fazendo de Barajas um aeroporto de quatro pistas.
[editar] Rede Ferroviária Nacional
A rede ferroviária espanhola (Renfe) opera a maior parte dos caminhos-de-ferro de Espanha. Em Madrid, os principais terminais são Atocha e Chamartín.
A jóia da coroa da rede de comboios espanhola é o comboio de alta velocidade da próxima década, Alta Velocidad Española AVE[5]. Actualmente, prevê-se a constução de 7 000 km centrados em Madrid. Os principais objectivos são de juntar as cidades provinciais mais importantes: Sevilha, Toledo e Lleida que será ligada a Barcelona.
[editar] Metro
Serve os mais de três milhões habitantes de Madrid e é uma das redes em maior expansão em todo o mundo. Tem uma ligação à rede que serve a zona sul da cidade, a Metrosur, e é actualmente o segundo maior sistema de metropolitano da Europa Oeste, o primeiro é o de Londres.
[editar] Desporto
Madrid é a cidade de um dos maiores clubes do mundo, o Real Madrid; e também do Atlético de Madrid.
Madrid é também palco de competições motorizadas no Circuito del Jarama, que anteriormente acolhia o Grande Prémio de Espanha.
[editar] Teatros e Centros Culturais
- Teatro Real
- Auditório Nacional de Música
- Teatro Monumental
- Teatro de la Zarzuela
- Centro Cultural de la Villa
- Teatro de la Abadía
- Círculo de Bellas Artes
- Teatro Espanhol
- Teatro de la Comedia
- Café Central
[editar] Ligações externas
- Comunidad de Madrid - governo, transportes, emprego, etc. (em espanhol)
- Madrid: Travel Guide
- Novo urbanismo de Madrid (em espanhol)
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