Tunísia
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Língua oficial | árabe | ||||
Capital | Túnis | ||||
Presidente | Zine El Abidine Ben Ali | ||||
Área - Total |
89º 163,610 km² |
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População
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81º
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Moeda | Dinar Tunisiano | ||||
Fuso horário | UTC +2 | ||||
Independência
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(de França) | ||||
Hino nacional | Himat Al Hima, Ala Khallidi | ||||
TLD (Internet) | .tn | ||||
Código telefónico | 216 |
A Tunísia (Tūnis - تونس) é um país do norte de África, limitado a norte e a leste pelo Mar Mediterrâneo, através do qual faz fronteira com a Itália, ficando especialmente próxima da ilha de Pantalaria e das ilhas Pelágias, a leste e a sul pela Líbia e a oeste pela Argélia. Capital: Túnis.
Índice |
[editar] História
O território onde está a Tunísia foi colonizado no ano 1000 a.C. pelos fenícios, povo de origem semita que fundam Cartago, importante centro comercial do mar Mediterrâneo até a destruição pelos romanos em 146 a.C. Passou então a fazer parte do Império Romano. Os árabes conquistaram a região no século VII da Era Cristã e transformaram a cidade de Túnis no mais importante centro religioso islâmico do norte da África. Em 1574, a Tunísia é incorporada ao Império Turco-Otomano e permanece administrada por governadores turcos (beis) até 1881, quando se torna protetorado da França. Na Segunda Guerra Mundial, o país, ocupado pelos alemães, é palco de combates. Com o fim do conflito floresce o movimento nacionalista tunisiano.
[editar] Nacionalismo e ditadura
Em 1956, a França concede independência à Tunísia. Habib Bourguiba, o principal líder nacionalista, é eleito para a presidência em 1959, transformando-se posteriormente em presidente vitalício. Em 1964, seu partido torna-se o único legal. A invasão do sul do país pela Líbia, em 1980, é prontamente repelida. Greves e manifestações populares marcam os anos 80 e refletem crescente insatisfação com o governo Bourguiba. Em 1987, o líder é considerado incapaz de governar, sendo substituído pelo primeiro-ministro Zine al-Abidine Ben Ali, que revoga a presidência vitalícia e estabelece a liberdade partidária. Há uma retomada do crescimento econômico, que chega a 4,8% em 1992, com incremento do turismo e das relações com a União Européia (UE). Ben Ali e seu partido vencem as eleições de 1994. O governo, porém, é acusado de perseguir a oposição, que no ano seguinte ganha as eleições em 47 prefeituras. O crescimento do fundamentalismo islâmico preocupa o governo. A condenação do presidente da Liga Tunisiana de Defesa dos Direitos Humanos a cinco anos de prisão, em janeiro de 1998, provoca protestos internacionais. Em maio, o governo anuncia plano de privatização de 50 empresas estatais até o final de 1999.
[editar] Política
Em novembro 2001, o presidente Ben Ali anunciou reformas democráticas: criação de um segundo corpo legislativo para reforçar o poder legislativo, dando ao conselho Constitucional mais poderes para verificar a regularidade de eleições presidenciais e legislativas. Todas as provisões eram parte de uma reforma constitucional adotada pelo referendum popular em maio 2002. A segunda câmara legislativa foi inaugurada em agosto 2005. A forma de Governo da Tunísia é mista.A Assembléia Nacional tem 182 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.A constituição está em vigor desde 1959.
[editar] Subdivisões
[editar] Geografia
[editar] Demografia
A população está compostos fundamentalmente por árabes, os beréberes puros constituem uma minoria próxima aos 90.000 e habitam nas montanhas do interior, ademais, em Tunísia habitam uns 15.000 judeus, assentados sobretudo na capital e na Ilha de Djerba e um reduzido número de estrangeiros procedentes de países como França, Itália, Argélia e Malta, etc.O idioma oficial em Tunísia é o árabe, porém a maioria de seus habitantes, salvo as pessoas de mais idade de algumas localidades, são bilingües e falam também o francês.Em Tunísia o 90% da população pertence ao Islã ortodoxo de orientação sunnita. Em Djerba vivem ibaditas, grupo religioso surgido da disputa pela sucessão do profeta. Existem outras minorias como as cristãs e as judias, que supõe perto do 4% da população da Tunísia. Os cristãos e os judeus sempre têm convivido em paz com os muçulmanos. Na Constituição se reconhece o direito à liberdade de culto.
[editar] Cultura
Como conseqüência do domínio estrangeiro durante muitos anos, em Tunísia não se desenvolveu uma unidade política ou cultural, o que tivesse podido dar origem a uma literatura beréber. Como criações próprias existem contos e poemas épicos transmitidos de forma oral, que apesar de centrar-se em temas árabes, incorporam elementos autóctones introduzidos pelos próprios narradores. A literatura contemporânea têm estado muito mais marcada pelo sinal de luta da liberação. Desde a independência, numerosos temas literários tratam do passado tunisiano ou da atualidade da nação.A música popular têm sua origem em antiquíssimas tradições e se interpreta com flautas, trombetas e uns tambores planos fabricados com pele de cabra. Um instrumento parecido a uma cornamusa acompanha com freqüência as temperamentais danças dos bereberês. A música maluf é uma versão hispano-árabe da música artística oriental muçulmana, introduzida pelos refugiados andaluzes que chegaram a Tunísia no século XVII e é a mais representativa da Tunísia. Os concertos realizam-se organizados num programa e o maluf está composto por uma série de ritmos que se repetem seguindo a mesma ordem, à cada um destes programas lhes chamam nawabh. A música se executa segundo uma antiga tradição com instrumentos como o violino, a harpa, as pandeiretas, a gaita, o tambor, a cítara, pequenos tambores, flauta e daburka. As peças vocais se executam em coro e utilizam tanto o idioma árabe literário como o dialetal.O profundo sentido da tradição têm mantido vivo a arte popular do país, apesar da introdução de técnicas modernas. Como sucede em todo o âmbito islâmico, no artesanato da Tunísia a ornamentação das superfícies desempenha um papel muito importante. Objetos maravilhosamente talhados em ouro, prata ou madeira, as mantas, os magnificos e apreciados tapetes ou qualquer superfície disponível se ressalta com desenhos arabescos ou desenhos geométricos como pode-se apreciar também nos tapetes. Entre as atividades manuais mais antigas encontra-se a fabricação de tapetes e a olaria.
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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[editar] Ver também
[editar] Ligações externas